Com a autoridade de quem preside a Federação Baiana de Futebol pela segunda vez consecutiva e, portanto, carrega alguma responsabilidade pelo rebaixamento do Bahia e do Vitória para a Segundona do Brasileirão, o cartola Ednaldo Rodrigues vem se destacando como uma espécie de porta-estandarte da campanha pelo fim dos pontos corridos na nossa mais importante competição futebolística.
Até aí, tudo bem. É direito seu. Não deixa de ser curioso, porém, ler no blog Dois Toques, editado por Camila Mattoso e Marcus Alves no site da ESPN, a informação de que “diz ter recebido um retorno positivo do diretor executivo de esportes da Rede Globo, Marcelo Campos Pinto” e comemora:
– Recebi do Marcelo uma resposta em relação ao que propusemos. Ele analisou e disse ser interessante uma abertura de debate sobre o assunto. A federação deu o passo dela. Fizemos a proposta e não queremos cobrar de ninguém uma posição definitiva sobre isso. Fico feliz que seja feita uma análise e que se encontre uma proposta que deixe o campeonato mais atrativo. Hoje ele não tem apelo, o torcedor perdeu o interesse.
Marcelo Campos Pinto, como sabe muito bem todo o mundo do futebol, é contra o Campeonato Brasileiro por pontos corridos desde que a fórmula foi adotada. Aliás, desde antes da adoção da fórmula.
Realmente, é muito baixa a média de público do Brasileirão de 2003, quando foi disputado por pontos corridos pela primeira vez, até 2014: 14.211 pagantes por jogo. Mais baixa, porém, foi nas 12 edições anteriores, entre 1991 e 2002: 12.481 pagantes por jogo.