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Nas águas do otimismo

Com a autoridade de quem tem um ouro e dois bronzes olímpicos, além de seis ouros em Mundiais, Cesar Cielo faz uma aposta otimista na natação brasileira para a Rio-16:

– Podemos conquistar cinco ou seis medalhas.

Foi o que disse o nadador, há pouco, ao anunciar a Unicred como seu novo patrocinador.

Ainda em recuperação da lesão no ombro que o tirou das provas finais do Mundial de Kazan, Cielo já está treinando em São Paulo, em ritmo não muito forte, e promete voltar à sua melhor forma até dezembro.

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Bolt e Phelps, os donos da festa na Rio/2016

Bolt e Phelps 278x

Os céus estarão fechados, já anunciou o prefeito, mas não faltará festa em terra e águas do Rio na Olimpíada de 2016.

Em terra, devidamente coberta por piso sintético, como exigem as regras do atletismo, voará o jamaicano Usain Bolt, bicampeão olímpico dos 100m, dos 200 m e dos 4x100m, que promete o conquistar triplo tri no Rio.

Que ninguém duvide: há pouquinho, já tarde da noite em Pequim, Bolt mais uma vez deixou o norte-americano Justin Gatlin para trás na corrida que lhe deu o tetracampeonato mundial dos 200m.

Desta vez, como ele prometera, a vantagem foi bem maior do que o centésimo de segundo que lhe valeu no domingo o tri dos 100m. Hoje, Bolt conquistou o ouro com a marca de 19s55. Justin Gatlin ganhou a prata em 19s74.

E ainda há um ouro no Mundial de Atletismo à espera do multicampeão jamaicano – o do revezamento 4x100m.

O Rio pode preparar a festa. Sem álcool, por favor.

Foi por dirigir bêbado e em alta velocidade nas ruas da sua Baltimore em outubro do ano passado que Michael Phelps, o maior campeão olímpico de todos os tempos, não pode disputar, agora no começo de agosto, o Mundial de Natação em Kazan.

Nem por isso o dono de uma coleção de 18 medalhas de ouro olímpico deixou de mostrar que também está disposto a fazer festa em águas cariocas – evidentemente, as águas bem tratadas das piscinas de competição.

Enquanto outras feras da natação lutavam por medalhas em Kazan, Phelps foi pulverizando os tempos lá alcançados. Numa simples competição doméstica disputada em San Antonio, no Texas, ganhou as provas dos 100m e dos 200m borboleta e dos  200m medley com tempos sempre melhores do que os obtidos pelos campeões mundiais nas piscinas da Rússia.

O Rio pode preparar a festa. Em dose dupla.

Usain Bolt e Michael Phelps vêm aí.

Por pouco, muito pouco, praticamente nada

Você tem ideia do que é um centésimo de segundo?

É o tempo que faltou para o nadador Felipe França conquistar mais uma medalha para o Brasil na prova dos 50m peito no Mundial de Kazan.

O brasileiro nadou a prova dos 50m peito em 26s87 e o bronze foi para o norte-americano Kevin Cordes, com 26s86.

O que se pode fazer em um centésimo de segundo?

Na era da fotografia analógica, os fotógrafos usavam no escurinho do laboratório uma fórmula muito especial para chegar ao tempo exato de exposição do filme aos preparados químicos: ‘papagaio um’, ‘papagaio dois’… iam contando cada segundo em voz alta.

Divida o tempo de dizer ‘papagaio um’ por 100 e você terá noção da distância que separou Felipe França de Kevin Cordes na piscina de Kazan. Para ter uma ideia mais aproximada, pode dividir o tempo de dizer ‘pa’ por 25. É o que tirou o brasileiro do pódio.

Bi mundial, Ana Marcela sonha com pódio olímpico

Ana Marcela: ouro nos 25km

Ana Marcela: ouro nos 25km 

A brasileira Ana Marcela Cunha, que havia ficado com bronze na prova dos 10km, conquistou a medalha de ouro nos 25km disputados neste sábado no Mundial de Esportes Aquáticos de Kazan.

A baiana de 23 anos é agora bicampeã mundial da mais longa e dura prova das maratonas aquáticas.

Dona de sete medalhas em Mundiais,  Ana Marcela sonha com o pódio olímpico no Rio:

– Agora é pensar em 2016.

Poliana perde título, mas garante vaga olímpica

A brasileira Poliana Okimoto, campeã mundial da Maratona Aquática em 2013, ficou apenas em oitavo lugar na prova disputada nesta terça feira em Kazan, na Rússia.

Ana Marcela Cunha, que era a vice-campeã mundial, ficou com o bronze em Kazan, nadando os 10km em 1:58:26.5. O ouro é da francesa Aurelie Muller e a prata da holandesa Sharon van Rouwendall.

Apesar da frustração, Ana Marcela e Poliana garantiram no Mundial de Kazan suas vagas na Olimpíada de 2016, no Rio.