Muricy, sempre combativo, anda abatido com o São Paulo – Imagem: Beneclick
Os números até que não são ruins: o São Paulo lidera, com folga, o Grupo A do Paulistão, tem quase 75% de aproveitamento e se classificou com boa antecedência para as quartas de final, e é o segundo colocado no Grupo 2 da segunda fase da Libertadores, com 66,6% de aproveitamento, dependendo apenas do próprio esforço para ir às oitavas.
A bolinha que o time está jogando é o problema. O São Paulo comandado por Muricy Ramalho já começou mal outras temporadas e soube reverter o início ruim em conquistas significativas – como o tri brasileiro em 2008, por exemplo. Desta vez, porém, a torcida não parece acreditar numa reviravolta.
O São Paulo tem jogado muito mal, mesmo nas muitas vitórias sobre os pequenos, tropeçou diante dos grandes no Paulistão e na Libertadores, venceu até agora somente um adversário significativo – por pífio 1 a 0, no Morumbi. Foi o San Lorenzo de Almagro, que o recepcionará em Buenos Aires na quarta disposto a lhe fechar de vez o caminho para a classificação na mais importante competição entre clubes das Américas.
A desconfiança da torcida e a má vontade de boa parte da cartolagem tricolor parecem abater o sempre combativo Muricy, que também anda com problemas de saúde e não tem mostrado nesta temporada a força interna indispensável à mobilização mental de um time fragilizado pelas críticas e incapaz de reagir por conta própria.
Para complicar a vida dos são-paulios, o San Lorenzo – atual campeão da Libertadores e terceiro colocado no Grupo 2, três pontos atrás do São Paulo – está voltando a jogar bem e assumiu no fim de semana a liderança do Campeonato Argentino ao golear o Lanús por 4 a 0 embora com apenas dez jogadores durante boa parte da partida.
A vida do São Paulo em 2015 e talvez até o emprego de Muricy Ramalho vão se decidir no jogo das 19h45 desta quarta-feira. Ou o São Paulo consegue pelo menos um empate no Nuevo Gasómetro e continua vivo na Libertadores ou encerra a temporada sem ao menos tê-la iniciado.