Arquivo da categoria: Copa América

Copa América vai festejar os 100 anos nos EUA

Atenção, atenção: a alta cartolagem da Conmebol e da Concacaf reuniu-se nesta sexta-feira em Miami e confirmou a realização da edição de 100 anos da Copa América no ano que vem nos Estados Unidos.

Em comunicado conjunto, as confederações informam que a competição terá “uma estrutura totalmente nova para cuidar das operações e das finanças do torneio”.

Tradução: o pessoal que já foi pego pelo FBI está fora.

Os tempos são outros, prometem Conmebol e Concacaf: “Uma melhor estrutura de controle vai proporcionar uma maior prestação de contas e transparência do evento”.

E mais: “Todas as partes envolvidas na Copa América Centenário concordaram em formar um novo Comitê Executivo, composto por dois representantes da Conmebol, dois representantes da Concacaf  e um representante de futebol da U.S. Soccer, para gerenciar operações e finanças do torneio no dia a dia.”

Antes mesmo da reunião em Miami, as confederações já tinham prometido que, “conjuntamente com o operador local do torneio, vão identificar novos sócios para vender os direitos comerciais utilizando um processo novo e transparente”.

Novos processos e transparência são promessas para o futuro. Por enquanto, nem o FBI sabe quem vai operar localmente o torneio. Talvez desconfie.

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Seleção não terá Neymar

O Tribunal Arbitral do Esporte negou hoje o pedido da CBF para livrar Neymar de cumprir nos jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 a suspensão que lhe foi imposta na Copa América.

Portanto, o Brasil enfrentará o Chile, no dia 8, e a Venezuela, no dia 13, sem sua maior estrela.

O vaivém da bola só não abala o prestígio de Tévez

Tévez: reencontro com o Boca na semana que vem

Tévez: após frustração com a seleção, reencontro com o Boca 

Era hoje, mas foi adiado para a semana que vem, não se sabe ainda em qual dia, o reencontro de Carlito Tévez com sua gente na Bombonera.

A torcida do  não se incomoda de esperar mais um pouco pelo ídolo que curte suas merecidas férias depois de um ano de conquistas com a Juventus, campeã da Itália e vice-campeã da Europa, e quase um mês de frustração com a seleção argentina que perdeu para o Chile a Copa América.

Tévez já disse, certa vez:

– Quanto à Seleção, a questão é simples. Para mim, não há nada mais lindo do que jogar com a camiseta celeste e branca.

Pois foi o que lhe negou Tata Martino nos campos do Chile.

Em toda a Copa América, Tévez jogou apenas 18 minutos do 2 a 2 com o Paraguai, 12 do 1 a 0 sobre o Uruguai, 22 do 1 a 0 sobre a Jamaica, os três  pela primeira fase, e outros 22 do 0 a 0 com a Colômbia pelas quartas de final, o suficiente para, na decisão por pênaltis, garantir a classificação da Argentina para semifinal contra os paraguaios.

Somadas as quatro participações, não dá um jogo inteiro.

Tata Martino só não fez pior do que o antecessor Alejandro Sabella, que nem sequer o trouxe ao Brasil para disputar a Copa do Mundo de 2014 – para desgosto e irritação de 90% dos argentinos, segundo as pesquisas divulgadas na época.

Até por isso, embora frustrado, Tévez volta agora ao futebol argentino sem um arranhão sequer em sua imagem de ídolo. Muito pelo contrário, é cada vez mais ídolo.

Enquanto isso, Lionel Messi é criticado nos bares, nas ruas, nas filas e principalmente nos jornais, sites, rádios e tevês.

É por essas e outros que Claudio Ibrahim Vaz Leal, o Filósofo de Bagé que foi campeão do mundo em 1994 com o codinome de Branco, ensina aos seus discípulos: “O futebol é como as marés, vai e vem”.

Imagem da véspera: tristeza argentina, alegria chilena

Reprodução

                                                                                                                                                             Reprodução

A cena é de ontem, 4 de julho, mas ocupa neste domingo metade da primeira página da edição impressa do jornal argentino Clarín.

Diz tudo sobre a tristeza de uma seleção que completou  22 anos sem conquistar um título sequer tanto quanto mostra a alegria que é ser campeão pela primeira vez na história.

Que Messi, que nada! Chi Chi Chi le le le!!!

Aléxis Sánchez campeão 047x            Após bater pênalti decisivo, Aléxis Sánchez festeja o título da Copa América

Aléxis Sánchez foi o cara da decisão.

Jogou bem os 90 minutos, quase garantiu o título de campeão no finzinho do primeiro tempo da prorrogação após uma furada estrondosa de Mascherano no meio do campo que lhe abriu o caminho até o chute por cima do gol argentino, e matou o goleiro Romero no pênalti decisivo ao rolar a bola de mansinho no canto oposto a que ele se jogou.

O primeiro título da seleção chilena em mais de um século de tentativas deve-se ao futebol coletivo e corajoso posto em prática pelo argentino Jorge Sampaoli, mas principalmente ao talento e à disposição de jogadores como Aléxis Sánchez, Vidal, Bravo, Isla, Aránguiz, Medel, Valdivia e  Vargas.

Cafu, Jairzinho, Zetti e Mauro Galvão tinham razão: o Chile é merecidamente o campeão da Copa América e Messi, que tudo já conquistou nos campos com a camisa do Barcelona, continuará em jejum com a camisa da Argentina.

Nem adianta a gente fingir que não gostou.

Globo tira a Copa América do ar

É ou não é inacreditável que a Globo, detentora dos direitos, não mostre a final da Copa América entre Chile e Argentina protagonizada por estrelas mundiais como Claudio Bravo, Vidal, Aléxis Sánchez, Mascherano,  Pastore, Agüero, Di Maria e um certo Lionel Messi?

E isso porque a emissora gosta tanto de um mata-mata quando José Maria Marín gostava de uma medalhinha…

Uma das coisas que Galvão Bueno mais tem criticado ultimamente é a desatualização do futebol brasileiro.

Que tal dar uma forcinha, lá na Globo, para que os brasileiros possam se atualizar vendo o futebol que a emissora paga para esconder?

E os craques brasileiros apostam no Chile

El Mercurio publica hoje, em duas páginas, uma ampla enquete com estrelas do futebol mundial que, em sua maioria, apontam a Argentina como favorita no confronto com o Chile pelo título da Copa América.

Há uma unânime exceção: os quatro brasileiros ouvidos pelo jornal chileno estão com o Chile.

Vamos aos palpites do ilustre quarteto:

♦ Cafu: “Está em casa, com sua torcida, e será muito difícil que perca a oportunidade de ganhar a Copa pela primeira vez”.

♦ Jairzinho: “Merece ser campeão pelo futebol que mostrou até agora. Não pode perder em casa esta oportunidade histórica”.

♦ Zetti: “É uma equipe muito coesa, bem posicionada no campo de ataque e joga em casa”.

♦ Mauro Galvão: “O time do Chile trabalha junto há mais tempo. O conjunto vai se dar melhor do que as individualidades argentinas”.

A unanimidade transparece mais torcida do que prognóstico.

Hoje é dia de todos os Messi

Messi colagem final CALionel Messi: o grande trunfo da Argentina para encerrar o  jejum de exatos  22 anos 

Se ainda estivesse em campo, o vascaíno Carlos Drummond de Andrade diria que hoje jogarão Messi.

A concordância poética traduz melhor do que o rigor gramatical a multiplicidade do craque que pode conquistar o título da Copa América no Estádio Nacional de Santiago e, assim, encerrar o jejum de mais de duas décadas anos vivido pela seleção argentina.

Lionel Messi era um garotinho de seis anos quando a seleção principal da Argentina conquistou um título pela última vez, coincidentemente num 4 de julho, derrotando o México por 2 a 1 na final da Copa América de 1993 em Guayaquil.

Outro torcedor ilustre e bom conhecedor dos caminhos e descaminhos do mundo da bola, o botafoguense Neném Prancha dizia, nunca se sabe o quanto copidescado por João Saldanha ou Sandro Moreyra: um craque é “que nem sorveteria, tem várias qualidades”.

Estava falando de Messi, é claro, embora tenha morrido no Rio 11 anos antes do nascimento do craque em Rosário.

Mais do que Mascherano, Pastore, Agüero e Di Maria, estrelas de primeira grandeza da trupe comandada por Tata Martino, é o múltiplo Messi que carregará, a partir das 17 horas, o peso de repetir o feito de Fernando Redondo, Diego Simeone e Gabriel Batistuta há exatos 22 anos.

O peso jamais encolhe o futebol do melhor jogador do mundo, uma cracaço que enxerga o jogo em 360 graus, povoa todas as faixas do campo de ataque, rouba a bola ao adversário com incrível precisão, alterna a arrancada irresistível e o toque refinado, distribui assistências como se estivesse chupando um chicabom do sorveteiro Nelson Rodrigues.

E faz gols, muitos gols, embora nesta Copa América tenha feito apenas um, e de pênalti, no 2 a 2 da estreia contra o Paraguai.

Os chilenos devem imaginar o risco que estarão correndo se ele resolver se reencarnar novamente em artilheiro logo hoje que a Argentina precisa tanto de gols.

E não vamos falar do Chile, anfitrião que jamais conquistou o título da Copa América e adversário da Argentina logo mais? Ora, o Chile não tem Messi.

Messi só existe um.

Ramón Díaz, sobre a final: “O Chile não tem chance”

Ramón Díaz aposta na Argentina: 'um dos melhores times dos últimos tempos'

Ramón Díaz aposta na Argentina

Se o jogo pelo terceiro lugar na Copa do Mundo já é um espetáculo deprimente, imagine-se o que será este Peru x Paraguai de hoje na Copa América até agora salva pelo bom futebol dos chilenos e dos argentinos que amanhã brigarão pelo título.

O jogo das 20h30 em Concepción é tão desinteressante que, na entrevista coletiva de ontem, o argentino Ramón Díaz, treinador da seleção paraguaia, preferiu falar de seus compatriotas. E, depois de perder para eles por 6 a 1 nas semifinais, palpitou sobre a final:

– Se a Argentina jogar como jogou contra nós, o Chile não tem chance. Pela qualidade dos jogadores, pelo tempo de trabalho, acredito que o resultado será amplo para a Argentina. Respeitando o campeonato que fez o Chile, eles vão enfrentar um dos melhores times que vi nos últimos tempos.

O Brasil já tem o seu Robben?

Douglas Costa: elogios - Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Douglas Costa: elogios – Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Nós não vimos nada disso em sua participação na Copa América, mas o brasileiro Douglas Costa, que está trocando o Shakhtar Donetsk pelo Bayern comandado por Pep Guardiola, leva na bagagem uma referência ultra elogiosa de Mircea Lucescu.

Veja só o que disse seu ex-treinador a  Philip Röber, do site da Uefa:

– O Douglas já não tem mais como evoluir aqui. Vejo-o ocupando a posição do Robben. Ele tem apenas 24 anos e pode atingir o nível do Robben nas próximas temporadas. É um jogador muito forte, um canhoto que também pode atuar pela direita. Além disso, é implacável e imarcável quando fecha para o meio. Está no mesmo nível de James Rodríguez.

É de pelo menos um jogador assim que a Seleção Brasileira está urgentemente precisando!