Era hoje, mas foi adiado para a semana que vem, não se sabe ainda em qual dia, o reencontro de Carlito Tévez com sua gente na Bombonera.
A torcida do não se incomoda de esperar mais um pouco pelo ídolo que curte suas merecidas férias depois de um ano de conquistas com a Juventus, campeã da Itália e vice-campeã da Europa, e quase um mês de frustração com a seleção argentina que perdeu para o Chile a Copa América.
Tévez já disse, certa vez:
– Quanto à Seleção, a questão é simples. Para mim, não há nada mais lindo do que jogar com a camiseta celeste e branca.
Pois foi o que lhe negou Tata Martino nos campos do Chile.
Em toda a Copa América, Tévez jogou apenas 18 minutos do 2 a 2 com o Paraguai, 12 do 1 a 0 sobre o Uruguai, 22 do 1 a 0 sobre a Jamaica, os três pela primeira fase, e outros 22 do 0 a 0 com a Colômbia pelas quartas de final, o suficiente para, na decisão por pênaltis, garantir a classificação da Argentina para semifinal contra os paraguaios.
Somadas as quatro participações, não dá um jogo inteiro.
Tata Martino só não fez pior do que o antecessor Alejandro Sabella, que nem sequer o trouxe ao Brasil para disputar a Copa do Mundo de 2014 – para desgosto e irritação de 90% dos argentinos, segundo as pesquisas divulgadas na época.
Até por isso, embora frustrado, Tévez volta agora ao futebol argentino sem um arranhão sequer em sua imagem de ídolo. Muito pelo contrário, é cada vez mais ídolo.
Enquanto isso, Lionel Messi é criticado nos bares, nas ruas, nas filas e principalmente nos jornais, sites, rádios e tevês.
É por essas e outros que Claudio Ibrahim Vaz Leal, o Filósofo de Bagé que foi campeão do mundo em 1994 com o codinome de Branco, ensina aos seus discípulos: “O futebol é como as marés, vai e vem”.