
Charles Chibana: saudação militar no pódio do Pan
Não são poucos os atletas brasileiros que têm batido continência à bandeira e/ou ao hino nacionais ao subir ao pódio no Pan-Americano de Toronto.
O brigadeiro Carlos Amaral, diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa contou ao repórter Daniel Brito, do UOL, que quase foi às lágrimas quando viu um de seus atletas fazer o gesto pela primeira vez ao receber a medalha de ouro:
– Continência é uma saudação militar. Não é uma obrigação prestar continência no Hino ou à Bandeira ali no pódio, mas não posso negar que fiquei muito emocionado quando vi o Charles Chibana batendo continência no pódio. De casa, eu bati continência para ele, foi emocionante, vibrante demais, um grande gesto patriótico.
O gesto, um tanto inusitado para os civis que acompanham as competições esportivas, tem uma explicação óbvia: não são poucos os atletas brasileiros treinados e financiados pelas Forças Armadas.
Em Toronto, dos 590 atletas que representam o Brasil, 123 são do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica.
Eles e elas competem em várias modalidades: Atletismo, Badminton, Ciclismo, Esgrima, Golfe, Judô, Lutas associadas, Natação, Pentatlo moderno, Taekwondo, Tiro com arco, Tiro esportivo e Triatlo.
Handebol, Levantamento de peso e Vela só têm representantes femininas.
Boxe, Hóquei sobre grama, Maratonas aquáticas e Vôlei de praia só têm representantes masculinos.
O Programa de Atletas de Alto Rendimento, do Ministério da Defesa, garante a todos eles soldo, 13º salário, plano de saúde, atendimento médico, odontológico, fisioterápico e alimentação, além de alojamento, local para treinamento e comissão técnica especializada.
A defesa nacional está, pois, assegurada, pelo menos em campos, quadras, pistas, piscinas, mares, ringues e tatames.