Arquivo diário: 25 de julho de 2015

Dupla frustração para as meninas do vôlei

Em Omaha, no Nebraska, as brasileiras foram derrotadas por 3 sets a zero e deram antecipadamente às norte-americanas o título do Grand Prix de Vôlei.

Em Toronto, no Canadá, as brasileiras foram derrotadas por 3 sets a zero e cederam às  norte-americanas a medalha de ouro do Pan-Americano.

Por mais forte que seja o vôlei feminino do Brasil, bicampeão olímpico, não é fácil dividir a seleção em duas para encarar competições tão difíceis.

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Tudo começou com Formiga

Formiga: terceiro ouro em Pan

Formiga: terceiro ouro pan-americano

Miraildes Maciel Mota é uma baiana de 37 anos que o mundo da bola conhece como Formiga.

É a única jogadora em todo o mundo que participou de todas as cinco Olimpíadas em que o futebol foi incluído. Duas vezes conquistou a prata, em Atenas/2004 e em Pequim/2008. Certamente vai tentar o ouro em 2016. Afinal, Formiga é eterna.

Há pouquinho, acabou de conquistar o terceiro ouro em Jogos Pan-Americanos, tantos quantos tem o futebol feminino do Brasil.

Conquistou seu terceiro ouro pan-americano em festa de gala: o Brasil goleou por 4 a 0 a Colômbia numa noite irrepreensível de Formiga e  companheiras.

Foi ela que abriu a goleada, fazendo 1 a 0, de cabeça, logo aos 6 minutos. Nada mais justo. Não foi com ela que começou em Santo Domingo no ano de 2003 esta história que se converteu em tri na noite deste sábado de julho de 2015 em Toronto?

E justiça fará o Olimpo se lhe der a medalha de ouro quando ela se despedir da seleção brasileira no Rio/2016.

Basquete faz festa para o ouro em Toronto

Basquete: muita alegria pelo ouro

Basquete: após Brasil 86 x 71 Canadá, muita alegria pelo ouro 

Sem os jogadores que atuam na NBA, o Brasil garantiu em Toronto o quarto ouro nas últimas cinco edições dos Jogos Pan-Americanos ao derrotar, há pouco, o Canadá por 86 a 71.

É o primeiro título do treinador Ruben Magnano depois de cinco anos de trabalho com a seleção brasileira, conquista que ele comemorou discretamente:

– Saímos do Brasil falamos falando do sonho de ganhar uma medalha. Estou feliz, principalmente com o jogo sólido e coletivo mostrado pela equipe durante toda a competição.

O Brasil começou o jogo contra o Canadá com toda disposição e fechou o primeiro quarto em 26 a 13 e o primeiro tempo em 48 a 29, mas permitiu uma certa reação dos anfitriões no segundo e fechou a vitória com uma diferença de 15 pontos, o que não impediu o time de fazer uma enorme festa no pódio.

É de Sabão que o Vasco está precisando?

Não são poucos os torcedores que pedem há algum tempo uma boa limpeza no Vasco.

Parece que finalmente a diretoria resolveu agir e vai levar Sabão para São Januário.

Parece também que os cartolas não entenderam bem a ideia da torcida.

Sabão é o apelido de Antônio Wellington Batista da Silva, cearense de 23 anos que foi campeão em 2014 da Terceirona do Rio com a camisa do Gonçalense Futebol Clube, tendo marcado cinco gols nos 16 jogos de que participou – um no São Cristóvão, um no Audax, um na Portuguesa, dois no Olaria.

O Vasco quer contratá-lo. Sabão já está até treinando em São Januário.

Para quem tem Gilberto, para quê Sabão? A limpeza que a torcida pede não é o placar em branco.

Brasileirão: tudo é possível no Sul

É difícil imaginar uma zebra pastando hoje à noite no gramado do Independência, de modo que se pode dar de barato:  o Atlético Mineiro será ainda mais líder do Brasileirão ao final do jogo das 21 horas contra o Figueirense, que concentrará esforços na esperança de se afastar das cercanias do Z-4, muito provavelmente em vão.

Bem mais complicado é arriscar um palpite sobre o jogo anterior, das 19h30, em Porto Alegre.

O Grêmio precisa vencer para retornar ao G-4. Uma vitória gremista em casa não seria nenhuma surpresa se o time não viesse oscilando tanto em seus últimos compromissos e, sobretudo, se o adversário não fosse o consistente Sport que voltou para o G-4 na 14ª rodada de lá não quer sair.

Em seis jogos fora de casa, o Sport não venceu nenhum, foi derrotado uma vez e empatou cinco. Na Arena Grêmio, o empate pode lhe bastar para se manter no pelotão da frente, ainda em quarto lugar. Será preciso, porém, que amanhã o Palmeiras não vença o Vasco em São Januário.

Se fosse para apostar, eu cravaria palpite triplo em Grêmio x Sport. Como o dinheiro anda curto, talvez palpite duplo: Grêmio e empate.

Dureza à vista nas Eliminatórias

Não ficou nada confortável para a Seleção Brasileira o calendário das Eliminatórias nos últimos meses de 2015: estreia contra o Chile lá, respiro diante da Venezuela aqui, dureza contra a Argentina lá, recompensa diante do Peru aqui.

Terminado o sorteio em São Petersburgo, Dunga parecia mais conformado do que animado:

– As Eliminatórias nunca foram fáceis.

Nem tão difíceis.

Por que o Corinthians é quase líder e o Santos está no Z-4

Cássio treina para voltar contra o Coritiba - Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Cássio treina para voltar contra o Coritiba – Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Você sabia que o Corinthians, vice-líder do Brasileirão com tantos pontos e tantas vitórias quanto o líder Atlético Mineiro, marcou menos gols do que o Santos, guardião da porta de entrada do Z-4?

O Corinthians fez 16 gols até agora, média de 1,14 por jogo. O Santos fez 17. O que justifica a enorme distância entre um e outro na ordem de classificação é a defesa: o Corinthians sofreu oito gols, média de 0,57 por jogo. O Santos já levou 22 gols, média de 1,57.

E há quem diga que a melhor defesa é o ataque… O corintiano Tite discorda:

– Prefiro ver o saldo de gols. Se foram poucos gols tomados e poucos feitos, isso significa desequilíbrio. Manter equilíbrio é meu objetivo.

O Corinthians faz o dobro do que leva, mas ofensivamente ainda está em débito com a torcida, tanto que oito times têm mais gols no Brasileirão.

Em compensação, quando entrar em campo amanhã para enfrentar o Coritiba no Couto Pereira, o Corinthians estará completando quase um mês sem levar gol. O último time a marcar gol no Corinthians foi o Figueirense, em 27 de junho, na nona rodada do Brasileirão.

O Corinthians venceu por 2 a 1 e, de lá para cá, jogou outras cinco vezes, tendo vencido quatro e empatado uma, sem sofrer um golzinho sequer. E, no meio do caminho, ainda tomou um susto ao perder o goleiro Cássio, que se machucou e foi substituído por Walter nos 3 a 0 sobre o Flamengo.

O susto durou pouco. Walter entrou bem, foi destaque no jogo seguinte, o 1 a 0 sobre o Atlético Mineiro em Itaquera e, segundo muitos corintianos, deveria continuar no time, pois o titular não tem sido ultimamente o paredão quase inexpugnável de outras temporadas.

Não é o que vai acontecer, embora Tite procure esconder o jogo, dizendo que só hoje, sábado, decidirá quem estará no gol amanhã em Curitiba. O treinador já fez até os agradecimentos de praxe ao reserva que cumpriu bem a missão de substituir Cássio:

– Enalteço muito o Walter, que entrou em um jogo difícil e correspondeu. Não precisa essa história de ritmo de jogo. Para quem treina forte, a única diferença do treino com o jogo é a parte emocional.

Está claro: desfalcada do zagueiro Gil, suspenso, a melhor defesa do campeonato terá seu camisa 1 de volta. Cássio sabe que não pode ceder espaço ao reserva e fez tudo para voltar logo. Se o ataque fizer mais um, ele quer se garantir atrás.

Assim não é possível fazer futebol

O lucro do Palmeiras com a bilheteria neste Brasileirão é até agora de R$ 12,2 milhões, apenas R$ 310 mil a menos do que o lucro somado de 12 outros clubes – que convém enumerar, em ordem decrescente de valor: Flamengo, Atlético Paranaense, Fluminense, Vasco, Avaí, Joinville, Figueirense, Chapecoense, Ponte Preta, Goiás, Santos e Coritiba.

Os ganhos da Federação Paulista de Futebol com o Brasileirão, de cerca de R$ 1,7 milhão, são superiores à soma do obtido por dez dos 20 clubes que disputam o campeonato.

Somente o Palmeiras e o Corinthians, com R$ 6,4 milhões, tiveram um lucro maior na bilheteria do que as oito federações que mandam nos 20 clubes do Brasileirão.

Os dados, que revelam algo importante sobre o futuro do futebol brasileiro, foram levantados pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas e podem ser conferidos aqui.

E vai começar o grande espetáculo

A grande festa de lançamento da Copa do Mundo de 2018 acontecerá neste sábado, 25 de julho, em São Petersburgo, mas a bola já está rolando desde março na Ásia e em parte das Américas para peneirar um pouco as dezenas de seleções que entraram no baile sabendo que sairiam do salão antes que a orquestra começasse a tocar.

No total, 206 seleções disputam o título mundial de 2018. Mal comparando: a ONU tem 193 Países-membros.

Disputam é modo de dizer, pois só 31 chegarão à Rússia para brigar de verdade, entre 14 de junho e 15 de julho, pela Copa do Mundo.

A 32ª vaga está reservada à anfitriã, claro.

Hoje, serão sorteados os grupos e a ordem dos jogos das Eliminatórias que realmente valem nos seis continentes governados pela Fifa.

Cada confederação continental tem direito a um determinado número de vagas na fase final. Na Rússia, estarão 14 seleções da Europa, cinco da África, quatro ou cinco da Conmebol, quatro ou cinco da Ásia, três ou quatro da Concacaf e uma ou nenhuma da Oceania.

Até que se definam as seleções da fase final, aquela que é universalmente tratada como a Copa do Mundo, terão sido disputadas 851 partidas eliminatórias durante dois anos e oito meses.

Se acontecer mais uma vez o que vem acontecendo desde a Copa de 1990, sete seleções se juntarão à Rússia em junho de 2018: Alemanha, Argentina, Brasil, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos e Itália.

Em tempos de tanta descrença em nosso futebol, é o que muita gente quer.