Arquivo da categoria: Copa do Mundo de 2018

Dunga chama quatro corintianos, há quem peça cinco

Dunga:

Dunga: “Na Seleção, os 23 são titulares”

Agora são quatro corintianos entre os 23 de Dunga, que fez questão de proclamar ao anunciar os convocados para os jogos contra a Argentina e o Peru, próximos adversários do Brasil nas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018:

– Na Seleção, os 23 são titulares.

Dunga talvez esteja certo ao juntar Cássio a Gil, Elias e Renato Augusto, chamados anteriormente por ele, mas corre o risco de engrossar o coro, crescente, dos que pedem mais um corintiano na Seleção – o técnico Tite.

Confira a lista completa de Dunga:

Goleiros:

Jefferson – Botafogo

Alisson – Internacional

Cássio – Corinthians

Laterais

Danilo – Real Madrid

Daniel Alves – Barcelona

Filipe Luís – Atético de Madrid

Marcelo – Real Madrid

Zagueiros

David Luiz – PSG

Miranda – Internazionale

Marquinhos – PSG

Gil – Corinthians

Volantes e meias

Luiz Gustavo – Wolfsburg

Fernandinho – Manchester City

Elias – Corinthians

Renato Augusto – Corinthians

Oscar – Chelsea

Lucas Lima – Santos

Willian – Chelsea

Kaká – Orlando City

Atacantes

Douglas Costa – Bayern de Munique

Neymar – Barcelona

Hulk – Zenith

Ricardo Oliveira – Santos

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Até quando, Conmebol?

Já sabemos todos que Argentina x Brasil, pela terceira rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa de 2018, acontecerá em 12 de novembro no Estádio Monumental de Nunez.

Todos?

Menos a Conmebol, “que organiza o processo de classificação para a Copa do Mundo na América do Sul”. O site da confederação continua desinformando, em seu português tosco, no texto Eliminatórias Sul-Americanas: seguintes rodadas de novembro:

Finalizadas as duas primeiras rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas, as seleções sul-americanas já pensam na terceira e quarta jornada que se disputarão entre 9 e 17 de novembro da seguinte maneira:

– 3ª JORNADA

Chile – Colômbia

Argentina – Brasil

Equador – Uruguai

Bolívia – Venezuela

Peru – Paraguai

E, na página específica sobre o jogo, ainda se :

Temporada Regular | Rodada 3 – A DATA DA PARTIDA NÃO ESTÁ DISPONÍVEL

O problema não é só a língua. Em espanhol , a desinformação continua:

Temporada Regular | Fecha 3 – LA FECHA DEL PARTIDO NO ESTA DISPONIBLE

Argentina x Brasil: CBF diz uma coisa, Conmebol diz outra

Notícia no site da CBF, desde as 12h52 de ontem, 14 de outubro:

Estão definidos as datas, locais e horários dos jogos válidos pelas 3ª e 4ª rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 da Rússia. 

O Brasil enfrentará a Argentina no dia 12 de novembro (quinta-feira), às 22h de Brasília, no Estádio Monumental de Nunez, em Buenos Aires. 

O outro adversário será o Peru, no dia 17 de novembro (terça-feira), às 22h de Brasília, na Arena Fonte Nova, em Salvador.

Notícia  no site da Conmebol, conferido agora, às 11h41 desta quinta-feira, 15 de outubro, mantidos os costumeiros erros de linguagem da versão em português :

As seleções do Uruguai, Equador e Chile dividem o topo das Eliminatórias da Conmebol rumo à Rússia 2018 que iniciou em 8 de outubro.

Nas duas jornadas destacaram partidas de alto nível, individualidades de notável envergadura física-técnica e aguardamos o futuro imediato: em novembro, nos dias 13 e 17,voltará esta mágica rota rumo à nação de Yuri Gagarin e Laika…

Na página Conmebol Eliminatórias, continua, sempre em maiúsculas, a anotação sobre a data de Argentina x Brasil:

A DATA DA PARTIDA NÃO ESTÁ DISPONÍVEL

A única interferência do blog nos textos é o destaque em vermelho nas datas ‘informadas’ por cada entidade.

Atualização

Finalmente, na tarde desta quinta-feira, dia 15, a Associação de Futebol Argentino enviou um comunicado à Fifa, com cópias para a Conmebol e a CBF, informando que o jogo contra o Brasil, pelas Eliminatórias, será no dia 12 de novembro, às 21 horas, no Estádio Monumental do River Plate.

Em seu site, ao exibir o documento  assinado pelo presidente Luís M. Segura e enviado a Markus Kattner, que substitui interinamente Jérôme Valcke na Fifa, a AFA faz graça que este blog reproduz no original:

El Clásico sudamericano tiene día, horario y sede. ¿Ya sabés dónde jugamos? Mirá…

Assim falou Romário

Romário: “É preciso agradecer ao FBI"

Romário: “É preciso agradecer ao FBI”

Pitacos de Romário em entrevista ao correspondente Éric Frosio, publicada hoje pelo jornal L’Équipe (para ler em francês, pagando € 0,99, clique aqui):

♦ Platini colaborou muitos anos com esta máfia na Fifa. Não digo que ele é corrupto, mas foi contaminado pelo sistema. Se for eleito, poderá manter tudo isto e a Fifa vai continuar sendo a merda que vemos hoje.

♦ É preciso agradecer ao FBI pelo trabalho que tem questionado os dirigentes da Fifa.

♦ O Brasil não tem nenhum jogador digno de vestir a camisa 9.

♦ As outras seleções são ainda piores do que o Brasil. Portanto, tenho certeza de que vamos nos classificar para a Copa.

Onde e quando será Argentina x Brasil?

A CBF está divulgando que o  próximo jogo do Brasil nas Eliminatórias, contra a Argentina, está marcado para o dia 13 de novembro e acredita que será em Buenos Aires.

A Associação de Futebol Argentino diz que o jogo será no dia 12 e não garante que seja em Buenos Aires.

Conmebol e Fifa, em seus sites, não informam nem a data nem o local do jogo. O site da Conmebol proclama, em maiúsculas, com destaque em negrito:

A DATA DA PARTIDA NÃO ESTÁ DISPONÍVEL

Para que não fiquem dúvidas sobre o responsável pela bagunça, a Conmebol esclarece em seu site que papel desempenha nas Eliminatórias Sul-Americanas:

Apesar de ser um torneio da FIFA, é a CONMEBOL que organiza o processo de classificação para a Copa do Mundo na América do Sul.

Organiza?

O problema do Brasil é a williandependência

Willian: destaque do Brasil nos 3 a 1 sobre a Venezuela

Willian: destaque do Brasil nos 3 a 1 sobre a Venezuela em Fortaleza

Willian acabou com qualquer veleidade venezuelana de vir a aprontar alguma graça no Castelão logo no primeiro minuto do jogo. Contou com a colaboração do goleiro Baroja, como estava no script. Baroja sempre colabora com os adversários.

O 1 a 0 deu tranquilidade à Seleção, mas não serviu para lhe dar um mínimo de fluência em campo. O Brasil foi melhor durante quase todo o primeiro tempo, mas mostrou um futebol de soluços, marcado por quatro ou cinco boas arrancadas, algumas tentativas frustradas de bola em profundidade, pouca troca de passes e muita pressa em se livrar da bola.

O que fez a diferença, além de mais uma boa atuação de Willian, foi a disparidade técnica entre os dois times.

Aos 41, Willian fez 2 a 0, desta vez com a colaboração efetiva do companheiro Oscar, que espertamente deixou passar a bola rolada da esquerda para o meio da área pelo lateral Filipe Luis. Willian dominou a bola e, com mais precisão do que força, colocou-a no canto direito de Baroja.

Willian 2 x 0 Venezuela. Parecia que a fatura estava liquidada, tanto que um venezuelano lhe foi pedir a camisa 19 antes que ele descesse para o vestiário no intervalo.

E o Brasil voltou um pouco mais elétrico. Aos 16, depois de uma tabela com Ricardo Oliveira, Oscar invadiu a área venezuelana pela meia esquerda e poderia ter feito 3 a 0 se não optasse por cortar para dentro a bola que deveria ter chutado de canhota.

O castigo veio, três minutos depois, no terceiro escanteio cobrado pelos venezuelanos com algum perigo para a defesa brasileira. O estreante Alisson já tinha feito uma boa defesa numa bola cabeceada por Seijas, mas, aos 19 minutos, também de cabeça, Christian Santos diminuiu a vantagem brasileira para 2 a 1.

Vaiado pela torcida, Oscar foi substituído por Lucas Lima. O Brasil ganhou novo ritmo, passou a mostrar a fluência ofensiva que não tinha e fez 3 a 1 aos 28 minutos – gol de Ricardo Oliveira, aproveitando cruzamento de Douglas Costa após receber boa bola de Lucas Lima.

Douglas Costa já estava marcado para sair. Saiu e entrou Kaká, pedido em coro pela animada gente cearense que não chegou a lotar o Castelão.

Não foi uma noite brilhante, mas a Seleção sai do Ceará de bem com a torcida.

Ou agora vão dizer que o problema do Brasil é a williandependência?

Por incrível que pareça, é um jogo de Copa do Mundo

Equador x Bolívia @1310@ Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito: Equador e Bolívia sofrem entre poças d’água

Entre o sonho e o caneco, são 25 jogos.

É o caminho que tem de percorrer uma seleção sul-americana até a conquista do título mundial.

São 18 jogos nas Eliminatórias, se o time se classificar entre os quatro primeiros, e mais sete na fase final da Copa do Mundo.

Para chegar à Rússia em 2018, no entanto, algumas seleções vão penar em certos campos da América do Sul.

É que se está vendo agora no Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito, onde o Equador recebe a Bolívia em jogo pela segunda rodada das Eliminatórias .

Como se pode jogar futebol entre tantas poças espalhadas por todo o campo?

Brasil x Venezuela: parece moleza, mas não é bem assim

O jogo de amanhã, dia 13, no Castelão, é para tranquilizar o mais aflito dos torcedores brasileiros, mostra a história das Eliminatórias Sul-Americanas:

Em 14 confrontos com a Venezuela, o Brasil venceu 13 e empatou o outro.

A Venezuela nunca marcou um gol na Seleção em campos brasileiros.

Nos dez últimos jogos como visitante nas Eliminatórias, a Venezuela venceu apenas um – 2 a 0 sobre o Paraguai, em 11 de setembro de 2012, em Assunção.

A história recente não é tão tranquilizadora para os brasileiros:

O único empate conseguido por aqui pelos venezuelanos aconteceu há praticamente seis anos, em 14 de outubro de 2009, na última vez que as duas seleções se enfrentaram nas Eliminatórias. Sob o comando de Dunga, embora já tivesse derrotado a Venezuela em San Cristóbal por 4 a 0, o Brasil não saiu do 0 a 0 em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Nas duas últimas edições da Copa América, o Brasil empatou com a Venezuela em 2011, também por 0 a 0, e deu duro para vencer por 2 a 1 em 2015.

Semaninha cruel para as grandes seleções

A quarta-feira, 8 de outubro, derrubou três dos quatro finalistas da última Copa do Mundo:

♦ Em Dublin, a Alemanha, campeã do mundo, foi derrotada por 1 a 0 pela Irlanda em jogo da fase de qualificação para a Eurocopa 2016.

♦ Em Buenos Aires, a Argentina, vice-campeão do mundo, perdeu por 2 a 0 para o Equador na rodada de abertura das Eliminatórias Sul-Americanas da próxima Copa.

♦ Em Santiago, o Brasil, quarto colocado na Copa do Mundo de 2014, foi batido pelo Chile por 2 a 0 em seu primeiro jogo nas Eliminatórias para 2018.

Terceira colocada na Copa do Mundo de 2014, a Holanda não jogou, mas vai ter de visitar o Cazaquistão no sábado precisando desesperadamente da vitória para não perder de todo a a escassa esperança de ir à Eurocopa na França.

Brasil esquece no segundo tempo o que fez no primeiro

Dunga: "o jogo foi muito parelho”

Dunga, após Chile 2 x 0 Brasil: “o jogo foi muito parelho”

É difícil entender por que o Brasil desistiu de fazer no segundo tempo a marcação mais à frente que lhe dera maior posse de bola e obrigara tantas vezes o Chile a se encolher em seu campo para procurar o ataque quase sempre em bolas esticadas para a direita nos espaços  abertos pelos avanços do lateral Marcelo.

Foi até surpreendente ver o Brasil de Dunga bem agrupado, sem espaços vazios entre as linhas de defesa e ataque, insistindo  em tocar a bola de pé em pé, só muito raramente apelando para os chutões dos zagueiros.

É verdade que por muito pouco o Chile não fez 1 a 0 num chute venenoso de Alexis Sánchez que desviou no poste direito de Jeferson, mas o Brasil atacou bastante, sempre liderado tecnicamente por Willian, e maior sucesso poderia ter alcançado se Oscar, fazendo o papel que é de Neymar, não estivesse tão acanhado em campo.

No segundo tempo, curiosamente, Oscar se soltou mais, mas o Brasil resolveu se prender na defesa e apostar nos contra-ataques. Jorge Sampaoli, ainda no primeiro tempo, tinha substituído por Mark González e o Chile passou a atacar também pelo setor de Daniel Alves.

Como tantas vezes vimos nos amistosos depois da Copa do Mundo e nos jogos da Copa América, a Seleção foi se dividindo em setores estanques e cedendo espaços entre suas linhas para a livre e insinuante movimentação do bom time chileno.

A impressão, desde que a bola voltou a rolar no Estádio Nacional, era de que o gol chileno poderia sair a qualquer momento. E saiu aos 27 minutos com um toque de primeira do esperto Vargas em bola esticada na cobrança de uma falta lá do Pacífico.

Os 2 a 0, aos 44 minutos, com assinatura de Aléxis Sanchez após uma após uma tabelinha com Vidal entre brasileiros mais ou menos atarantados à frente da área foi mera consequência do que se viu durante todo o segundo tempo.

A Seleção desistiu de jogar, achando que o 0 a 0 seria bom negócio, o Chile resolveu se impor.

Vamos torcer para que os 45 minutos iniciais do Brasil em Santiago não tenham sido ilusão passageira.

O problema é que Dunga achou que “o jogo foi muito parelho”:

– O gol mudou tudo – disse, na entrevista coletiva.

Parece que não viu o segundo tempo. O jogo mudou e, por isso, o Chile chegou ao gol – aos gols, aliás.