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Infelizmente, ‘L’Équipe’ errou

L'Équipe

A edição impressa de L’Équipe , um dos principais jornais esportivos do mundo, dedica toda a capa deste sábado ao registro dos ataques terroristas que, na sexta-feira, 13 de novembro, causaram a morte de pelo menos 120 pessoas em Paris.

Infelizmente, a realidade é ainda mais trágica do que os números registrados pelo jornal francês na chamada de capa – e atualizados em sua edição digital  ao longo da madrugada:

O HORROR – Ataques terroristas ocorreram ontem nos arredores do Stade de France, em Saint-Denis, e em Paris. À meia-noite e meia, o balanço era de pelo menos 40 mortos.

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Assim falou Romário

Romário: “É preciso agradecer ao FBI"

Romário: “É preciso agradecer ao FBI”

Pitacos de Romário em entrevista ao correspondente Éric Frosio, publicada hoje pelo jornal L’Équipe (para ler em francês, pagando € 0,99, clique aqui):

♦ Platini colaborou muitos anos com esta máfia na Fifa. Não digo que ele é corrupto, mas foi contaminado pelo sistema. Se for eleito, poderá manter tudo isto e a Fifa vai continuar sendo a merda que vemos hoje.

♦ É preciso agradecer ao FBI pelo trabalho que tem questionado os dirigentes da Fifa.

♦ O Brasil não tem nenhum jogador digno de vestir a camisa 9.

♦ As outras seleções são ainda piores do que o Brasil. Portanto, tenho certeza de que vamos nos classificar para a Copa.

Todos queremos o Vasco de volta

Muro de São Januário 146Pichação nos muros de  São Januário na madrugada após Vasco 1 x 3 Cruzeiro

Foi há 58 anos. Eu tinha nove, mas me lembro bem do 14 de junho de 1957 e, em homenagem à imensa maioria vascaína que trabalha neste Benebol.com, vamos reviver sucintamente aquele dia de glória do campeão carioca em campos da França:

Dois dias depois de vencer por 3 a 1 o anfitrião Racing, o Vasco decidiu com o Real Madrid, que havia se sagrado campeão europeu duas semanas antes, o título do Torneio de Paris.

Resultado: depois de sair perdendo por 1 a 0, com um gol de Di Stefano no comecinho do jogo, o Vasco reagiu e venceu por 4 a 3, com dois gols de Válter Marciano, um de Vavá e um de Livinho, ficando com o caneco disputado no Parc des Princes.

Assim L’Équipe descreveu a reação vascaína ao gol relâmpago do Real:

E então, de maneira brusca, o Real desapareceu literalmente. Seriam as camisas de um vermelho pálido ou os calções de um azul triste que enfraqueciam a soberba equipe espanhola? Não; é que, antes, apareceram subitamente do outro lado os corpos maravilhosos, apertados nas camisas brancas com a faixa preta, de onze atletas de futebol, de onze diabos negros que tomaram conta da bola e não a largaram mais.

Durante a meia hora seguinte, a impressão incrível, prodigiosa que se teve foi de que o grande Real Madrid campeão da Europa, o intocável Real vencedor de todas as constelações europeias estava aprendendo a jogar futebol.

O quadro é bem diferente do que se viu ontem em São Januário no Vasco 1 x 3 Cruzeiro, né?

E aquele Vasco de Orlando, Válter, Sabará, Vavá e Pinga não pode contar com Paulinho e Bellini, que estavam a serviço da Seleção nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1958.

Por todas estas lembranças não tenho como discordar de quem pichou durante a madrugada os muros de São Januário com um pedido: “QRO MEU VASCO DE VOLTA”.

Eu também.