Arquivo da categoria: Histórias

Tite já tem programa para as férias

Submetido a uma série de perguntas enviadas por internautas a pedido do Estadão, Tite teve o seguinte diálogo virtual como a corintiana Lívia Karina:

– Como você vai aproveitar as férias?

– Já pedi para o pessoal da informática pegar os melhores momentos de cada jogo que a gente fez no ano. Vou ficar fazendo churrasco em casa e curtindo alguns jogos emblemáticos que a gente fez para relembrar a temporada.

Não falta muito para que Tite, ótimo meia em seus tempos de boleiro, resolva seguir como técnico o conselho que Neném Prancha dava aos goleiros:

…deve dormir com a bola. Se for casado, dorme com as duas.

Dona Rose não vai gostar.

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Valbuena se diz ‘mais do que desapontado’ com Benzema

Valbuena, sobre Benzema: "Achei uma falta de respeito"

Valbuena, sobre Benzema: “Achei uma falta de respeito”

O que Mathieu Valbuena, meia do Lyon, conta aos repórteres Gérard Davet e Fabrice Lhomme em reportagem publicada hoje pelo jornal francês Le Monde (clique aqui  para ler) sobre a chantagem de que foi vítima para que não fossem divulgados vídeos íntimos de suas relações com a esposa não deixa nada bem o colega Karim Benzema, que teria insistido com ele para que cedesse aos chantagistas:

Durante nossas conversas, eu disse a Karim: ‘Você viu Djibril, que passou pelo mesmo em 2008’. Ele me respondeu: ‘Ele pagou?’. Eu lhe disse: ‘Sim, ele pagou’. Ele: ‘E vazou?’. Eu disse a ele que não, e ele repetiu muitas vezes que eu estava lidando com bandidos da pesada. Ele disse: ‘O vídeo é quente. Eu sei como é:  família e tudo… Deve ser difícil’. E  me disse também: ‘Se você não quer, deixe rolar, não tem problema. Depois, eu posso te apresentar ao meu amigo’. Eu fiquei mais do que desapontado. Achei uma falta de respeito. Você não pode se comportar assim com ninguém. No fim, quando estava indo embora, Karim me disse: ‘O que eu faço? Dou seu número a ele? Dou o número dele a você?’

Para tentar entender as estranhas razões do comportamento do atacante do Real Madrid, acusado formalmente por promotores franceses de ter participado da chantagem ao companheiro de seleção francesa, vale a pena ler um texto do espanhol Diego Torres publicado na edição brasileira de El País em 7 de novembro – Benzema, refém das suas origens.

Imagem do dia: Daniel Alves em família

Daniel Alves em família @1611@

Baiano de Juazeiro, o lateral Daniel Alves da Silva tem sido acompanhado nos treinos da Seleção Brasileira em Salvador por três torcedores muito queridos: Maria Lúcia, sua mãe, Domingos, seu pai, e Lucivânia, sua irmã, que amanhã estarão na Fonte Nova torcendo por ele no jogo contra o Peru. Especialmente emocionado com a presença do pai, que o levou a se interessar pelo futebol e acompanhar a Seleção desde criancinha, Daniel fez até uma promessa um tanto exagerada para um jogador que completou 32 anos no dia 6 de maio:

– Eu pretendo que ele ainda me veja jogar por muitos e muitos anos mais.

Foto: RAFAEL RIBEIRO/CBF

Lucas Lima enquadra emoção do primeiro gol

Emocionado com o primeiro gol marcado pela Seleção, Lucas Lima passou o sábado recolhendo o autógrafo de todos os companheiros do 1 a 1 com a Argentina na camisa que usou no Monumental de Núñez:

– Vou fazer um quadro para pendurar lá em casa. Sempre sonhei com esse momento. Vai ficar eternizado.

Alex volta a alegrar os palmeirenses

Alex: muitos gols e títulos com a camisa do Palmeiras

Alex: muitos gols e títulos com a camisa 10 do Palmeiras

Os palmeirenses têm hoje uma boa chance de esquecer as chateações dos últimos dias e relembrar tempos de alegria: a partir das 17 horas, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, Alexsandro de Souza estará autografando sua biografia.

Alexsandro de Souza, que ganhou festa oficial de despedida dos campos em 28 de março, como você pode relembrar em O adeus de um craque incomparável, publicado no mesmo dia neste blog, jogou 141 vezes, marcou 78 gols, e foi campeão da Copa do Brasil de 1998, da Libertadores da América de 1999 e do Torneio Rio-São Paulo de 2000 com a camisa 10 do Palmeiras.

Título do livro de Marcos Eduardo Neves, publicado pela Editora Planeta: Alex, a biografia. Poderia ser: Alex, o craque.

“Estamos falando de um jogador único”

“Descomunal”, “imparable”, “el mayor espectáculo del mundo”, “Neymaravilla”, “una obra de arte”, “un gol de colecionista”, “magia brasileña”.

É a imprensa espanhola falando de Neymar e do golaço que fechou a vitória do Barcelona por 3 a 0 sobre o Villarreal.

Houve até quem o chamasse, em manchete, de “Neymardinho”, alusão um tanto forçada a Ronaldinho Gaúcho, um antigo craque brasileiro que também brilhou em campos da Espanha com a camisa do Barça.

O treinador Luis Enrique sintetiza:

– Estamos falando de um jogador único, especial.

Você sabe quem é Wendell Lira?

Wendell Lira: na briga com Messi

Wendell Lira: na briga com Messi

Clique aqui para ver uma de suas obras e volte para ver algumas as informações sobre este goiano de 26 anos que chegou a disputar a Serie C do Campeonato Brasileiro pelo Tombense, de Minas.

Wendell Silva Lira é cria das divisões de base do Goiás, contemporâneo do zagueiro Rafael Toloi e do lateral Douglas, que hoje está no Barcelona, e fez este golaço pelo Goianésia aos 27 minutos da vitória por 2 a 1 sobre o Atlético Goianiense pela nona rodada do Campeonato Goiano no dia 11 de março.

O jogo foi visto por 389 pagantes.

Você pode conferir mais informações e imagens do jogo no GloboEsporte.com.

Atualmente, Wendell Lira está desempregado, mas é o único brasileiro na lista de candidatos em 2015  ao Prêmio Puskas, concedido anualmente pela Fifa ao autor do gol mais bonito do ano.

Um tal de Lionel Messi também está na briga.

Aliás, dos dez indicados, cinco são rapazes latino-americanos: além da dupla já citada, o argentino Tévez, o uruguaio Gonzalo Castro  e o costarriquenho Esteban Ramírez.

Você pode votar em seu gol preferido até 30 de novembro, quando a Fifa anunciárá os três finalistas.

 

Valdívia não é Romário

Valdívia:

Valdívia: “Quando não faço o gol, eu acho que não jogo bem”

Um dos destaques na vitória por 2 a 1 sobre o Sport na noite deste sábado, como tem sido em quase todos os jogos do Internacional, Valdívia saiu do Beira-Rio discordando dos elogios recebidos com um argumento muito peculiar:

Quando não faço o gol, eu acho que não jogo bem.

O mato-grossense Wanderson Ferreira de Oliveira, que está completando 21 anos neste domingo, é um meia veloz e habilidoso, conhecido nos campos de futebol como Valdívia graças à semelhança física com o meia chileno, mas se parece mais com o brasileiro Romário ao desdenhar dos elogios à sua boa atuação na vitória que, pelo menos temporariamente, mantém o Inter com chances de ainda chegar ao G-4 no Brasileirão.

Matador preciso e refinado, com mais de mil gols contabilizados na carreira, o atacante Romário podia limitar suas andanças à grande área e cercanias para decidir jogos, fáceis ou difíceis, do seu time e da Seleção. Quando resolvia trabalhar em todo o campo de ataque, o que era raro, transformava-se em craque completo, incomparável.

Quando voltou à Seleção em 26 de fevereiro de 1997, encerrando um distanciamento de dois anos e meio após a conquista do tetra nos Estados Unidos, Romário de Souza Faria multiplicou-se por todo o extenso gramado do Serra Dourada, fez e desfez, mandou no jogo, levando o público de 49.546 pagantes ao delírio na vitória sobre a Polônia por 4 a 2, com dois gols de Giovanni e dois do fenômeno Ronaldo.

Por pura coincidência, nos encontramos depois do jogo no elevador do hotel em que estávamos hospedados. Ainda entusiasmado com a exibição do mais atrevido Baixinho de nosso futebol, comentei:

– Que partida, Romário! Você estraçalhou.

– Mas não fiz gol – lamentou-se o craque.

Alguns meses depois, numa longa conversa antes de um jogo do Torneio da França em Lion, voltei a comentar aquela noite em Goiânia e Romário logo me interrompeu:

– Benevides, põe uma coisa em sua cabeça: eu nunca entro em campo para jogar bem. Entro em campo para fazer gol.

O meia Valdívia, com cinco gols marcados neste Brasileirão, não pode se dar a esse luxo.

Ibrahimovic, 34, conecta o futebol de hoje ao século 20

Ibrahimovic, 34 @310@Ibrahimovic: outubro é o mês dos craques Foto: Official Zlatan Ibrahimovic/Instagram

É verdade que ele mal entrou em campo na Copa do Mundo de 2002, decepcionou em 2006 e nem sequer conseguiu classificar a sua Suécia em 2010 e 2014, mas Zlatan Ibrahimovic não se abate facilmente.

Quando perdeu para a seleção portuguesa de Cristiano Ronaldo, que ele costuma tratar com superior indiferença, a chance de vir ao Brasil, que ele tanto admira, para disputar a Copa de 2014, fez questão de proclamar, mais marrento do que o rival lusitano:

– Uma coisa é certa: uma Copa do Mundo sem mim não vale a pena ser vista.

Tanto valia que ele mesmo apareceu por aqui para ver alguns jogos.

O craque boquirroto, companheiro dos brasileiros Thiago Silva, David Luiz, Marquinhos, Maxwell, Thiago Motta e Lucas Moura no Paris Saint-Germain, festeja seus 34 anos neste sábado, na véspera de defender a liderança do Campeonato Francês no Parque dos Príncipes contra o Olympique de Marselha.

Um dos mais criativos e surpreendentes atacantes do século 21, fã declarado do fenômeno Ronaldo e do futebol brasileiro, o grandalhão Ibrahimovic, filho de um bósnio mulçumano e de uma croata católica, nascido e criado num bairro pobre de Malmö, ídolo do Ajax, da Juventus, da Internazionale, do Milan, do Barcelona, como agora é do PSG, nos conecta neste sábado com o século 20 para relembrar um dos mais deliciosos mistérios do futebol: outubro é o mês dos craques.

Foi em outubro que nasceram supercraques como Pelé (dia 23), Garrincha (28) e Maradona (30) e craques como os brasileiros Didi (8), Falcão (16) e Careca (5), os uruguaios José Leandro Andrade (1º) e Darío Pereyra (20), o argentino Omar Sívori (2), o alemão Fritz Walter (31), o russo Lev Yashin (22), o inglês Bobby Charlton (11), o francês Raymond Kopa (13), o espanhol Francisco Gento (21), o holandês Marco Van Basten (31), o liberiano George Weah (1º) e o croata Zvonimir Boban (8).

E não tão craques assim, mas jogadores importantíssimos para suas seleções, também nasceram em outubro Niels Liedholm (8), compatriota de Ibrahimovic, vice-campeão do mundo, autor do primeiro gol contra o Brasil na final da Copa de 1958 e, anos mais tarde, treinador de Paulo Roberto Falcão e Toninho Cerezo na Roma; e Carlos Caetano Bledorn Verri, o nosso Dunga (31), destaque e capitão da Seleção que ganhou em 1994 o tetra mundial e a admiração do aniversariante de hoje pelo futebol brasileiro.