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Como se fosse uma decisão

No Itaquerão, após Corinthians 6 x 1 São Paulo, Ralf recebe a taça de campeão brasileiro

Após Corinthians 6 x 1 São Paulo, Ralf recebe a taça de campeão brasileiro

Enganou-se quem acreditou, como este blogueiro, que a ausência do trio Gil-Elias-Renato Augusto e o clima de festa no Itaquerão favoreceriam o São Paulo em sua luta para continuar no G-4.

O Corinthians, ainda mais reserva do que se prenunciava, não perdoa. Joga sempre como se fosse decisão. Tite não permite poupança de energia em campo. E, sem perder a vibração, o Corinthians decide as paradas com a frieza de campeão.

Não tem Elias, Jadson nem Renato Augusto?

Bruno Henrique vai lá e faz Corinthians 1 x 0 São Paulo.

Malcom e Vagner Love não estão em campo?

Romero faz 2 a 0.

O primeiro tempo está acabando, Gil também não veio?

Pouco importa: Edu Dracena faz 3 a 0.

Vamos ao segundo tempo.

Danilo, o polivalente camisa 12, no exercício mais uma vez da titularidade, como diria Tite nos velhos tempos, se dá ao luxo de fazer uma assistência, de letra, para o talismã Lucca marcar o seu: 4 a 0.

E como o talismã estava esperando a bola cruzada por Romero, o tricolor Hudson achou melhor cortar o caminho e tocá-la logo para as redes de Denis: 5 a 0.

Será que o São Paulo não vai esboçar nenhuma reação? Não diziam por aí que Paulo Henrique Ganso e até Alexandre Pato eram os responsáveis pela apatia que tantas vezes o São Paulo de Milton Cruz, Juan Carlos Osorio e Doriva mostrou em campo? Nenhum deles está em Itaquera.

E o São Paulo reagiu muito de leve, com um gol de Carlinhos um pouco depois da metade do segundo tempo. Diminuiu o vexame: 5 a 1.

Teremos mais?

Sim, claro. O Corinthians não sossega. Pênalti de Reinaldo em Romero. Cristian bate e faz 6 a 1.

Acabou? Não. O São Paulo também tem um pênalti a seu favor. Alan Kardec cobra, Cássio defende.

Algum titular do Corinthians tinha de mostrar serviço.

Acabou a festa. É hora de o capitão Ralf receber a taça.

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Seleção escapa de desastre na Argentina

Willian, Lucas Lima e Neymar: Brasil melhora no segundo tempo - Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Willian, Lucas Lima e Neymar: Brasil reage no fim – Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Rola a bola no Monumental de Núñez. O Brasil começa no sistema 10-Neymar. E tome bola esticada da linha de defesa para o ataque e sempre retomada pela Argentina, que explora a avenida Filipe Luís e vai criando pela direita de seu ataque sucessivas chances de finalização contra Alisson.

Até os 15 minutos,  é como se o Brasil não tivesse meio de campo.

Como tem sido comum nos últimos jogos da Seleção, com exceção do bom primeiro tempo contra o Chile na abertura destas Eliminatórias, há um enorme vazio entre a linha do meio do campo e a entrada da área que a Argentina explora muito bem em suas manobras ofensivas.

Já são 25 minutos de jogo. Como é mesmo o nome do goleiro argentino?

E quem é aquele moço espigado, não tão moço assim, que veste a camisa 9 do Brasil e ainda não teve nenhum contato com a bola?

Passam-se mais dez minutos e, de tanto evoluir livremente pelo lado esquerdo da defesa brasileira, a Argentina faz 1 a 0: Higuaín, como se fosse ponta, cruza para Lavezzi, como se fosse centroavante, tocar para as redes. Alguém viu Filipe Luís por aí? Procurando-o, David Luiz nem viu Lavezzi.

Daqui a pouco, acaba o primeiro tempo e a gente vai continuar sem saber quem é o moço da camisa 9 amarela e como é o nome do goleiro argentino.

Acabou. E quase a Argentina faz 2 a 0 logo aos 2 minutos do segundo. Daniel Alves impediu o primeiro arremate de Banega, o poste direito de Allisson salvou o segundo. É como já disse um certo Francisco: o papa é argentino, mas Deus é brasileiro.

É preciso, porém, que Neymar ajude. Ninguém ganha jogo sozinho, nem a Divina Providência.

Aos 8, o capitão finalmente aparece no jogo e arrisca de fora da área um chute que assusta Romero. Pelo menos, a gente já sabe o nome do goleiro argentino.

Aos 11, Dunga tira o moço da camisa 9 e bota em campo Douglas Costa, com a 7.

Os céus reconhecem o esforço brasileiro para mudar as coisas. Um minuto depois, Neymar estica a bola para Daniel Alves na direita. O lateral cruza com veneno e Douglas Costa cabeceia no travessão. A bola sobra para Lucas Lima, que, de canhota, emenda para o gol: 1 X 1.

– Eu chutei para o chão procurando dificultar o goleiro – explicaria, mais tarde, o craque santista.

Agora, sim. Aos poucos, o jogo fica mais equilibrado.

Com um cartão amarelo, Lucas Lima é substituído por Renato Augusto aos 18 minutos. O meio de campo do Brasil, mais consistente, passa a tocar a bola, a Argentina se encolhe um pouco, Willian finalmente aparece nas jogadas de ataque.

Depois do primeiro tempo desastroso, o 1 a 1 acabou sendo um bom negócio para a Seleção, mais uma vez prejudicada, nos últimos minutos, por repetidas mancadas de David Luiz, que recebeu o cartão vermelho após duas faltas violentas e estará fora do jogo contra o Peru na terça-feira em Salvador. Talvez não seja má notícia.

Que Messi, que nada! Chi Chi Chi le le le!!!

Aléxis Sánchez campeão 047x            Após bater pênalti decisivo, Aléxis Sánchez festeja o título da Copa América

Aléxis Sánchez foi o cara da decisão.

Jogou bem os 90 minutos, quase garantiu o título de campeão no finzinho do primeiro tempo da prorrogação após uma furada estrondosa de Mascherano no meio do campo que lhe abriu o caminho até o chute por cima do gol argentino, e matou o goleiro Romero no pênalti decisivo ao rolar a bola de mansinho no canto oposto a que ele se jogou.

O primeiro título da seleção chilena em mais de um século de tentativas deve-se ao futebol coletivo e corajoso posto em prática pelo argentino Jorge Sampaoli, mas principalmente ao talento e à disposição de jogadores como Aléxis Sánchez, Vidal, Bravo, Isla, Aránguiz, Medel, Valdivia e  Vargas.

Cafu, Jairzinho, Zetti e Mauro Galvão tinham razão: o Chile é merecidamente o campeão da Copa América e Messi, que tudo já conquistou nos campos com a camisa do Barcelona, continuará em jejum com a camisa da Argentina.

Nem adianta a gente fingir que não gostou.

Tévez garante a Argentina nas semifinais

Tévez: o pênalti da classificação argentina

Tévez: depois do 0 a 0 no jogo, o pênalti da classificação argentina

A Argentina mandou no jogo no começo ao fim, embora mais uma vez nesta Copa América não tenha conseguido manter no segundo tempo o ritmo forte e impetuoso do primeiro.

E só por isso a Colômbia conseguiu se safar nos 90 minutos, devendo principalmente ao goleiro Ospina o 0 a 0 que levou para os pênaltis a decisão da terceira vaga nas semifinais.

Na metade do primeiro tempo, José Pekerman já se deu conta de que a encrenca era maior do que havia imaginado e tratou de recuar as linhas para evitar a catástrofe que  Messi, em noite de muita dedicação e pouca inspiração, e companhia iam progressivamente semeando. Trocou Téo Gutierrez por Cardona.

De pouco adiantou povoar mais o meio de campo colombiano, pois a Argentina continuou forçando o jogo no ataque e, se não fossem dois milagres de Ospina no mesmo lance, salvando com o pé um toque rasteiro de Agüero e com as mãos o toque de cabeça de Messi, teria liquidado a fatura já no primeiro tempo.

No segundo, os argentinos acertaram duas vezes as traves de Ospina, que fez pelo menos mais um milagre. A Colômbia continuou se defendendo, mas pelo menos conseguiu ultrapassar o campo de defesa e, embora raramente, chegar ao gol de Romero, que só foi aparecer de verdade ao defender a cobrança de Zúñiga na decisão por pênaltis, vencida pela Argentina por 5 a 4.

Tévez, que substituiu Agüero aos 27 do segundo tempo, cobrou o pênalti da classificação.

Não são muitas as seleções pelo mundo afora que têm um Tévez no banco de reservas.

A Argentina tem.