A Libertadores é que é o x do problema

Com exceção do Corinthians, que não saiu do 0 a 0 com o Red Bull, os aspirantes brasileiros ao título da Libertadores de 2015 que jogaram pelos campeonatos estaduais no fim de semana venceram seus compromissos: o São Paulo quase todo reserva bateu a Ponte Preta, de virada, por 2 a 1; o Atlético Mineiro goleou a URT por 4 a 0; o  Internacional sofreu, mas venceu o Brasil de Pelotas por 2 a 0.

E daí?

Vencer os jogos contra os pequenos nos campeonatos estaduais é bem fácil, encarar a Libertadores é que é o x do problema.

Nesta terça, em Montevidéu, o Corinthians, líder do Grupo 2, com duas vitórias em dois jogos, pegará o Danúbio, lanterninha que ainda não saiu do zero. Pode ser uma moleza. Pode.

Na quarta, o São Paulo receberá no Morumbi o San Lorenzo, atual campeão, e vai precisar mostrar o futebol que ainda está devendo para desempatar de vez a briga pela segunda vaga no Grupo 2. Parada difícil.

E o Internacional enfrentará o Emelec no Equador em jogo que pode valer a liderança ou empurrar o perdedor para o fundão do Grupo 4. Disputadas duas rodadas, os quatro times do grupo têm os mesmos três pontos. Outra parada difícil.

Ainda na quarta, o Atlético Mineiro, lanterninha do Grupo 1, tendo perdido os dois primeiros jogos, terá de vencer o Santa Fé na Colômbia para continuar respirando na competição. Parada dificílima.

Na quinta-feira, o Cruzeiro, que fez apenas dois pontos nos dois primeiros jogos, chegará à liderança isolada do fraquinho Grupo 3 se vencer na Venezuela o lanterna Mineros por dois gols ou mais de diferença. Parada aparentemente fácil. Aparentemente.

A situação incômoda em que estão quatro das cinco equipes brasileiras nesta fase de grupos que ainda não chegou sequer à metade é reveladora, em parte, do estágio atual do nosso futebol, mas também de um calendário perverso impingido pela Conmebol. A Libertadores começa nos primeiros dias de fevereiro, quando os times brasileiros estão encerrando a (curta) fase de preparação para a temporada. É um absurdo.

Os clubes precisam discutir não apenas o calendário nacional, mas também o continental. Os clubes têm de mandar no futebol.

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