Arquivo da categoria: Histórias

Vingança é a esperança do Shakhtar

Os 7 a 1 que a Alemanha enfiou no Brasil nas semifinais da Copa do Mundo enchem de esperança o treinador Mircea Lucescu, técnico romeno que dirige o Shakhtar Donetsk desde 2004, num bom resultado daqui a pouco contra o  Bayern de Pep Guardiola por uma vaga nas quartas de final da Copa dos Campeões da Europa. Ele já usou o argumento antes do 0 a 0 em casa no primeiro confronto com o time de Munique pelas oitavas, lembra o espanhol Luis Miguel Hinojal na edição digital de El País: “No Bayern jogam seis campeões do mundo. Temos 13 brasileiros sonhando com a vingança”.

Embora Bernard não se dê bem com ele, Lucescu é fã assumido do futebol brasileiro, tanto que guarda em casa, como preciosíssimo troféu, a camisa que Rei Pelé lhe deu após os 3 a 2 sobre a Romênia na Copa do Mundo de 1970. Com direito aos cinco gols daquele jogo, dois marcados pelo Rei, confira a cena no final deste vídeo  postado no site do Shakhtar.

O antigo atacante romeno, que fala fluentemente português, garante que nunca lavou a vestimenta real.

E por falar em Guga…

Era 8 de junho 1997, dia em que Guga conquistaria pela primeira vez o título em Roland Garros. Rolava na mesma época o Torneio da França, ensaio para a Copa do Mundo do ano seguinte. Ainda não havia a Copa das Confederações.  Estávamos em Lyon para acompanhar o Brasil x Itália que acabaria em 3 a 3. Imagine-se a balbúrdia de uns cinqüenta jornalistas brasileiros em torno do televisor que, na sala de imprensa do Estádio Gerland, exibia a vitória de Guga sobre o espanhol Sergi Bruguera em Roland Garros. Foi quando um coleguinha francês se aproximou e, impressionado com a animação dos brasileiros, quis saber:

– Há muito interesse pelo tênis no Brasil?

Sempre ligado em tudo, mas pouco íntimo da língua francesa, Oldemário Touguinhó, um dos maiores repórteres esportivos de nossa história, perguntou o que o francês havia perguntado e mandou a resposta, imediatamente traduzida para o interessado:

– Há um interesse enorme. Meu filho não pode sair de tênis novo no Rio que sempre o afanam.