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Mano e Cruzeiro: um jogo de perdedores

Pelo que tem falado nos últimos dias, Mano Menezes está mais propenso a substituir Cuca no comando técnico do Shandong Luneng do que a honrar o contrato com o Cruzeiro na próxima temporada brasileira.

O clube chinês estaria disposto a pagar a multa contratual de R$ 7 milhões para tirar do Cruzeiro o treinador que o comandou o time nas últimas 15 rodadas do Brasileirão, levando-o a oito vitórias, seis empates e uma única derrota, o que representa um aproveitamento de 66,% dos 45 pontos disputados. Ou seja: uma campanha de vice-campeão.

A disposição que Mano vem mostrando para mudar de emprego, já devidamente comunicada à diretoria cruzeirense, comprova que romper contrato não é exclusividade dos clubes em nosso futebol.

Nem por isso o Cruzeiro tem moral para chiar. No Brasileirão que chegará ao fim neste domingo, demitiu Marcelo Oliveira, técnico do bi de 2013/2014, e Vanderlei Luxemburgo antes de acertar o rumo com Mano.

O Cruzeiro, que parecia pronto para começar bem a próxima temporada, vai perder muito se tiver de mudar de técnico.

E será que, além de um bom dinheiro, Mano Menezes tem algo a ganhar trocando o futebol brasileiro pelo futebol chinês?

Parece um jogo sem ganhadores.

Discretamente, os chineses estão chegando

Estreia nesta sexta-feira, 10, na Taça BH Sub-17, contra o Cruzeiro, o Shandong Luneng/Desportivo Brasil, time binacional cultivado pelos chineses que, mal começaram a gostar do futebol, já entenderam que este é um negócio global.

O time principal do Shandong Luneng, em atividade na China, é treinado por Cuca e tem Diego Tardelli como destaque, mas algumas de suas equipes de base mesclam uns poucos chineses e muitos brasileiros e jogam em várias divisões do futebol paulista, sempre com a denominação binacional.

Não faz muito tempo, o clube chinês comprou da Traffic o Desportivo Brasil e todas as suas instalações em Porto Feliz, que incluem um moderno centro de treinamento, e passou a marcar presença nos campos paulistas.

 Afundados em dívidas e corroídos pela má gestão, os grandes clubes do Brasil não podem sequer sonhar com o mercado externo e nem se dão conta de que logo, logo terão de enfrentar internamente a força dos investidores estrangeiros.

É hora de abrir os olhos. Os discretos chineses estão chegando. E não serão os únicos.