Embromação Futebol Clube

Com exceção de Robinho, que ajudou o Santos a derrotar  o Marília por 4 a 1 no último sábado, os escolhidos de Dunga terão perdido três rodadas dos seus campeonatos estaduais quando retornarem ao Brasil após o amistoso com o Chile no domingo, em Londres.

E daí? Quase nada se alterou por aqui.

É certo que os campeonatos deveriam ter sido paralisados nas datas reservadas pela Fifa para jogos entre seleções, o que é feito em praticamente todo o mundo da bola, mas o futebol brasileiro não está nem aí para esses luxos da civilização.

No Brasil, a bola não para, embora nem sempre corra redondinha.

É fácil entender por que somente 4.907 torcedores pagaram ingresso ontem no Moisés Lucarelli para ver a Ponte Preta vencer por 3 a 1 e encerrar a invencibilidade do Santos na temporada.  Ou por que, também ontem à noite, apenas 2.781 pagantes prestigiaram no Maracanã o Flu 3 x 0 Cabofiiense, estreia  do técnico Ricardo Drubscky no comando técnico tricolor.

É o chamado futebol profissional administrado pela CBF e pelas federações, que faturam milhões com os prejuízos crescentes dos clubes.

Para os clubes, os campeonatos estaduais não funcionam mais nem como caça níqueis, principalmente nos centros futebolísticos mais importantes.

Se você se dispuser a conferir o topo da tabela de classificação das longuíssimas primeiras fases dos campeonatos de São Paulo, RioMinas  e Rio Grande do Sul, verá que, entre os 12 grandes times, se imiscuem hoje somente dois pequenos: o Madureira, no Rio; e a Caldense, em Minas.

No mais, é o óbvio de sempre, o que deveria dispensar tantos jogos. Os grandes ocupam as primeiras posições em todos eles.

Para que tantos jogos que não valem nada?

O futebol brasileiro, para sobreviver, precisa enxugar o calendário. É preciso treinar mais e jogar menos, melhorar a qualidade do espetáculo e o caixa dos clubes. Basta de embromação.

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