Com os salários atrasados, o atacante Keirrison, uma promessa que jamais vingou em nosso futebol, comunicou aos dirigentes do Coritiba na sexta-feira, depois de treinar a semana inteira, que não jogaria no sábado contra o Figueirense.
Se nos últimos anos não tem jogado nem quando é pago, imagine-se de graça…
Direito dele, já que o clube não tem cumprido o dever elementar de pagar em dia os salários de seus empregados.
O diretor Valdir Barbosa, no entanto, estrilou em entrevista à Gazeta do Povo, depois do 1 a 1 no outo Pereira:
– Fizemos a quitação dos salários, mas ele deve ter ido verificar o saldo e ainda não tinha caído. Aí pediu para não concentrar, dizendo que não estaria pronto para o jogo.
Barbosa ainda se achou no direito de dar uma lição ao jogador:
– Não quer jogar, não vai jogar, mas ele tem um contrato para cumprir. Tinha que ter jogado, independentemente do salário estar em dia ou não, e depois ter procurado o que fazer.
Direitos trabalhistas não são a especialidade do diretor de futebol do Coritiba. Deveres do empregador, então, nem pensar…