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EUA e México decidem vaga na Copa das Confederações

Klinsmann:

Klinsmann: “É hora de dar tudo”

As seleções dos Estados Unidos, campeã da Copa Ouro em 2013, e do México, campeã em 2015, disputarão hoje, no Rose Bowl, estádio em que o Brasil ganhou o tetra mundial, a vaga de representante da Concacaf na Copa das Confederações.

O jogo é encarado com otimismo pelo alemão Jurgen Klinsmann, treinador da seleção norte-americana, que disse ao site da Fifa (leia a entrevista em espanhol  ou em inglês) :

– Trabalhamos durante toda a semana para que o grupo de jogadores esteja em sintonia e compreenda como é importante esta chance de conquistar um troféu diante de 90 mil torcedores contra um grande rival. É hora de dar tudo. Se fizermos isso, estou certo de que venceremos.

O sérvio Bora Milutinovic, que comandou o México na Copa do Mundo de 1986 e os Estados Unidos em 1994 e conhece muito bem o futebol internacional, não acha que a força de vontade dos norte-americanos possa decidir o jogo desta noite em Los Angeles:

– Todos conhecemos a  mentalidade norte-americana. Eles sempre querem ser os melhores do mundo e trabalham para isso. Acontece que o futebol mexicano tem mais talentos e isso equilibra a balança.

Na entrevista ao site da Fifa (em espanhol  ou em inglês), Milutinovic aposta no México “por uma razão muito clara”:

– Neste momento, o México tem mais qualidade em suas fileiras. O time dos  Estados Unidos não é mais aquele de anos passados. E o que ganha um jogo é a qualidade dos jogadores. A história não joga, a camisa não joga. Se um time tem mais qualidade e sabe disso, forçosamente é o favorito.

A conferir, a partir das 22 horas (do Brasil).

O vencedor será o quinto time garantido na Copa das Confederações de 2017, juntando-se a Rússia, anfitriã, Alemanha, campeã mundial, Chile, campeão da Copa América, e Austrália, campeã da Copa da Ásia.

Os mexicanos terão um ilustre torcedor no Rose Bowl: recém contratado para levar sua seleção à Copa do Mundo de 2018, o colombiano Juan Carlos Osorio estará dando força ao interino Tuca Ferretti.

Atualização

Já na madrugada brasileira do domingo, 11 de outubro, depois do 1 a 1 nos 90 minutos, a prorrogação de 30 minutos no Rose Bowl se encerra com a vitória mexicana por 3 a 2.

O México, que será então comandado por Juan Carlos Osorio, vai à Copa das Confederações de 2017.

Tudo muda quando Neymar entra no jogo

Neymar em EUA 1 x 4 BrasilNeymar brilha em Foxborough: dois gols em  apenas 45 minutos – Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Era um joguinho chato. O Brasil começou bem, com participação muito animada do meia Willian, mas foi se acomodando, acomodando e, como esta seleção norte-americana não incomoda ninguém, tratou apenas de fazer o tempo passar depois que Hulk fez 1 a 0 aos 9 minutos. E assim foi levando até o fim do primeiro tempo.

No segundo tempo, Dunga mudou tudo. Na verdade, precisou de apenas duas mudanças para tudo mudar desde o recomeço do jogo. Firmino entrou no lugar de Hulk, o que não influiu muito no andamento da partida, e Neymar entrou no lugar de Willian. Neymar é Neymar. Com ele em campo, o Brasil é e será sempre outro.

Foi que se viu no segundo tempo e infelizmente não se poderá ver no dia 8 de outubro, quando o Brasil estreará, em Santiago, nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 enfrentando o anfitrião Chile.

No Gillette Stadium de Foxborough, logo aos 3 minutos do segundo tempo, Neymar sofreu pênalti e fez 2 a 0 para o Brasil. Aos 18, mal entrara em campo para substituir Douglas Costa, Rafinha Alcântara aproveitou uma jogada iniciada por Lucas, que substituíra Lucas Lima, e Neymar e fez 3 a 0.

Estava animado o joguinho que ficou tão chato na segunda metade do primeiro tempo.

E, animado como sempre, Neymar tratou de fazer 4 a 0 aos 21 minutos. Foi o seu 46º gol pela Seleção, dez a menos do que Romário, 20 a menos do que Zico, 21 a menos do que o fenômeno Ronaldo.

Não existe amistoso para Neymar, sabe bem o alemão Jürgen Klinsmann, goleador de outros tempos que hoje comanda competentemente a seleção norte-americana e ganhou um carinhoso abraço antes do garoto brasileiro entrar no jogo.

Neymar joga para a História.

Danny Williams ainda diminuiu o vexame norte-americano para 4 a 1, mas o gol de honra no último minuto do jogo não aliviou sequer a fisionomia fechada, quase carrancuda, do sempre afável Klinsmann desde que Neymar estragara sua noite.

Lá em Santiago do Chile, Jorge Sampaoli pode sorrir. Suspenso, por conta de problemas na Copa América, Neymar não poderá jogar contra os chilenos em outubro.