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Vasco empata e fica devendo a Dewson e a Doriva

Desta vez, o pênalti à brasileira castigou o São Paulo e beneficiou duplamente o Vasco no Morumbi. Aos 43 minutos do primeiro tempo, o árbitro Dewson Fernando Freitas da Silva deu pênalti numa bola que bateu no braço de Matheus Reis e ainda expulsou o lateral tricolor. Nenê bateu e empatou o jogo que o São Paulo vencia desde os 50 segundos com um gol de Luís Fabiano.

No segundo tempo, com 11 contra 10 em campo, o Vasco dominou o jogo, virou para 2 a 1, com um gol de Rodrigo, que falhara escandalosamente no lance em que o São Paulo abriu o placar tão mal a bola rolou no Morumbi, e, ajudado por outros resultados da rodada,  poderia ficar a apenas dois pontos de sair do Z-4 se não tivesse desperdiçado muitas chances de fazer o terceiro até, aos 43, permitir que Rodrigo Caio  empatasse.

De qualquer jeito, o Vasco deve agradecer a Dewson Fernando Freitas da Silva e reconhecer a gratidão de Doriva, que deixou o comando técnico do time ao final da oitava rodada do Brasileirão com apenas três pontos, mas já lhe deu quatro de troco – três no Ponte 0 x 1 Vasco e um neste São Paulo 1 x 2 Vasco de hoje.

É dos trintões que Eurico gosta mais

Cada vez mais ameaçado pelo fantasma do rebaixamento, o Vasco finalmente contratou dois reforços capazes de contribuir tecnicamente para a salvação do time:

Nenê e Eurico: esbanjando confiança - Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

Nenê e Eurico: autoconfiança – Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

O meia Nenê, como é conhecido o jundiaiense Anderson Luiz de Carvalho, que acaba de fazer 34 anos e passou os últimos 12 perambulando pelo mundo da bola, tendo jogado pelos espanhóis Mallorca, Alavés, Celta de Vigo e Espanyol, pelos franceses Monaco e PSG, pelo catariano Al-Gharafa e, não muito, pelo inglês West Ham.

Chegou ao clube inglês em fevereiro, entrou em campo oito vezes, tendo jogado menos de 130 minutos ao todo, saiu no final da temporada europeia e desembarcou em São Januário esbanjando autoconfiança em entrevista acompanhada com atenção pelo onipresente Eurico Miranda:

– Tenho habilidade, gosto de driblar, meu passe é bom e gosto de fazer gol também.

O último gol que Nenê marcou um foi em novembro de 2014, ainda pelo Al-Gharafa.

Eurico e Jorge Henrique: pesando em títulos - Foto: Carlos Gregório Jr./Vasco.com.br

Eurico e Jorge Henrique: título? – Foto: Carlos Gregório Jr./Vasco.com.br

Jorge Henrique, de sobrenome Souza, 33 anos, atacante por vocação, polivalente por necessidade, também cigano da bola, mas com circulação restrita aos campos brasileiros, tendo vestido em pouco mais de uma década as camisas de Náutico, Atlético Paranaense, Santo André, Ceará, Santa Cruz, Botafogo, Corinthians e Internacional.

Estava no Inter desde a metade de 2013 e, nesta temporada, participou de 22 jogos e marcou um gol. Menos personalista, prometeu acabar com a fama de indisciplinado e também mostrou confiança ao lado de Eurico:

– Conquistei títulos por onde passei e espero que não seja diferente no Vasco. A primeira missão é ajudar a tirar o time da situação incômoda no Brasileiro, mas um clube com a grandeza do Vasco tem de pensar sempre em títulos importantes.

Com a dupla Nenê e Jorge Henrique, o Vasco de Eurico completa uma dúzia de trintões em seu elenco. Experiência para encarar o sufoco não vai faltar. Fôlego, talvez.

PS: Em meio a tantos veteranos, o Vasco desistiu de abrir vaga no elenco para o jovem Antônio Wellington Batista da Silva, aquele cearense de 23 anos vindo do Gonçalense de quem falamos aqui em 25 de julho na nota É de Sabão que o Vasco está precisando?  Sabão foi dispensado na terça-feira e vai disputar a Série B do Brasileirão pelo Macaé. Melhor assim.