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Um domingo para entrar na história do Brasileirão

Além de definir o vice-campeão de 2015 e os três times que vão fazer companha ao Joinville na Segunda Divisão no ano que vem, os jogos da última rodada do Campeonato Brasileiro carregam a possibilidade de alguns feitos históricos:

♦ Bastará o empate com o Avaí para transformar o Corinthians no mais bem sucedido campeão brasileiro desde que o título por pontos corridos passou a ser disputado por 20 times em 2006. Hoje, o Corinthians tem 80 pontos, como o Cruzeiro campeão do ano passado.

♦ Se vencer em casa, como é provável, o Corinthians se tornará o campeão de melhor aproveitamento na era dos pontos corridos, com 72,8%, novamente superando o Cruzeiro, que em 2003 obteve 72,5% dos pontos que disputou em 46 rodadas.

♦ A vitória sobre a Chapecoense fará do Atlético Mineiro vice-campeão brasileiro pela quinta vez. As outras foram em 1977, 1980, 1999 e 2012.

♦ Sem os ídolos Rogério Ceni e Luís Fabiano, forçados por contusão a se despedir da camisa tricolor de fora dos campos, o São Paulo tem de pelo menos empatar com o Goiás para completar com o Corinthians e o Palmeiras o Trio de Ferro paulistano na Libertadores de 2016.

♦ Se derrotar o Coritiba e o Figueirense não vencer o Flu nem Avaí vencer o Corinthians, o Vasco escapará do terceiro rebaixamento para a Segunda Divisão depois de ter vivido 34 rodadas no Z-4.

♦ No ano em que perdeu um GreNal por 5 a 0 e venceu o Vasco por 6 a 0, o Internacional precisará  – precisaria, é melhor dizer – golear o Cruzeiro no Beira-Rio por 7 a 0 para garantir a classificação à Libertadores se der empate no jogo Goiás x São Paulo.

♦ Tendo vencido fora de casa apenas o Palmeiras, o Sport pode subir para o quinto lugar se derrotar a Ponte Preta em Campinas e o Inter não vencer o Cruzeiro. É a melhor classificação de uma equipe do Nordeste no Brasileirão disputado em pontos corridos, só alcançada uma vez – pelo Vitória, em 2013, com os mesmos 59 pontos que o Sport teria agora.

Prepare-se para viver emoções históricas a partir das 17 horas.

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Muito chororô na despedida de Luís Fabiano

Luís Fabiano por Rubens Chiri @0412@

         São Paulo 3 x 2 Figueirense: adeus, Fabuloso – Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

O CT da Barra Funda transformou-se num vale de lágrimas tricolores no final da manhã desta sexta-feira.

Foi a despedida de Luis Fabiano, pego de surpresa pela presença de amigos, torcedores, companheiros e dirigentes que foram lhe prestar uma última e comovente homenagem.

Com a voz embargada, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva até trocou as bolas:

– Estou profundamente emocionado. Entre as bênçãos que Deus me deu, agradeço ser o presidente no momento em que Luis Fabiano se despede dos campos, mas nunca do São Paulo.

Na verdade, Luis Fabiano não está deixando os campos. Embora haja outros interessados, parece que vai para o Tianjin Songjian, time Segunda Divisão do futebol chinês que, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, tem a ambição de ascender à Primeira na próxima temporada.

E gostaria de ter ficado no São Paulo, como deixou entendido na entrevista coletiva ao responder por que está saindo:

– Não sei, sinceramente. Não houve nenhuma conversa. O tempo foi passando, diante de muitos problemas as coisas de renovação foram ficando para trás. O tempo passou, estou aqui me despedindo, não sei por que, mas isso é normal. É coisa que foi passando e aconteceu.

E ainda acrescentou:

– Estou morrendo um pouquinho. Vai ser complicado, mas a vida continua.

Ele quer voltar, porém, e talvez por isso tenha chorado em alguns momentos da homenagem prestada pelos são-paulinos, como o capitão Rogério Ceni, que lhe disse:

– Foi uma honra trabalhar contigo desde a primeira vez.  Muito obrigado por tudo. Você foi um dos três maiores centroavantes que eu vi vestir a camisa do São Paulo.

Sem perguntar quem foram os outros dois, Luis Fabiano prometeu a todos:

– A gente vai se ver em breve. Espero nunca me desligar do São Paulo.

Com 212 gols marcados em 352 jogos, tratado carinhosamente pela torcida como Fabuloso, Luís Fabiano é o terceiro maior artilheiro do São Paulo em todos os tempos, superado apenas por Serginho e Gino Orlando, mas curiosamente conquistou apenas dois títulos com a camisa tricolor, nenhum de grande expressão: o Torneio Rio-São Paulo de 2001 e a Copa Sul-Americana de 2012.

Agora com quase 35 anos, que completará em 2 de fevereiro, Luís Fabiano desembarcou pela primeira vez no Morumbi em 2001, emprestado pelo Rennes, voltou para a França em 2002 e, após seis meses lá, foi definitivamente contratado pelo São Paulo. Saiu em 2004, transferido para o Porto, deixando saudades na torcida. Em 160 jogos, tinha marcado 118 gols.

Voltou para o São Paulo em 2011, depois de uma temporada no Porto e seis no Sevilla, para viver um relação de altos e baixos com a torcida que, nos últimos dias, esqueceu todas as tristezas e tem lhe dado sucessivas mostras de carinhoso reconhecimento. Nos 192 jogos desta sua segunda vida tricolor, fez mais 94 gols.

O último abriu o caminho para os dramáticos 3 a 2 sobre o Figueirense no domingo passado e ajudou a escancarar as portas da Libertadores, bastando ao São Paulo empatar com o Goiás na última rodada do Brasileirão para disputar o título continental em 2016.

Saiu do Morumbi aclamado pela torcida tricolor. Com uma lesão no joelho direito, não estará em campo no Serra Dourada.

Garante, porém, que irá a Goiás com os companheiros. É em Goiânia que o velho ídolo começará a vida de torcedor.

São Paulo faz hora-extra para escapar de vexame

Luís Fabiano despede-se do Morumbi com gol e vitória: "Foi bom enquanto durou"

Luís Fabiano despede-se do Morumbi: “Foi bom enquanto durou”

Eram 45 minutos do segundo tempo quando Alan Kardec, de cabeça, empatou o jogo para o São Paulo, “timinho sem vergonha” segundo a torcida que foi ao Morumbi.

Luís Fabiano, em sua despedida do Morumbi, tinha feito 1 a 0 aos 10 minutos do primeiro tempo, mas o garoto Clayton empatou para o Figueirense aos 27.

No segundo, aos 29, Carlos Alberto virou o placar: São Paulo 1 x 2 Figueirense.

A impaciência da torcida tricolor virou bronca. Começou o coro: “timinho sem vergonha”.

E não é que, aos 49, com um chute de fora da área, o volante Thiago Mendes revirou a história, fazendo 3 a 2 para o São Paulo?

O gol fora do horário normal de expediente mantém vivo o sonho de disputar a Libertadores de 2016. Sem depender dos resultados alheios, o São Paulo precisa apenas de uma vitória sobre o Goiás na última rodada para fechar o Brasileirão no G-4.

A vitória sofrida reabriu o sorriso  de Luís Fabiano, saudado pela torcida em coro festivo ao sair de campo:

– Foi bom enquanto durou – repetia o atacante que não mais jogará no Morumbi com a camisa do São Paulo, mas prometeu voltar um dia para atuar nos bastidores.

Uns lutam pela sobrevivência, outros estão de brincadeira

Luís Fabiano @2811@Contra o Figueirense, despedida de Luís Fabiano: último jogo pelo São Paulo no Morumbi

São três jogos neste sábado, cada um num horário, todos valendo muito na reta final do Brasileirão, seja no topo da tabela de classificação, seja no fundão:

Às 17 horas, no Morumbi: São Paulo x Figueirense

Será o último jogo de Luís Fabiano diante da torcida tricolor e deveria ser a despedida oficial de Rogério Ceni em seu estádio. Ainda sentindo dores no pé direito, o goleiro não jogará, mas vai reforçar a torcida do São Paulo, que tem de vencer para se segurar no G-4. Dois pontos fora da zona de rebaixamento, o Figueirense precisa da vitória quase impossível ou, no mínimo, de um empate para continuar na trilha da salvação. Desde 2005, o time catarinense não vence o São Paulo.

Às 19h30, no Maracanã: Fluminense x Internacional

O time carioca já está fazendo hora extra no campeonato, sem receber adicional, é claro. Nem se concentrou para o jogo. Recém casado, o artilheiro Fred curte a lua-de-mel longe dos campos. Para os colorados, porém, vencer é a única chance de continuar brigando pela última vaga no G-4. Com 56 pontos, como o São Paulo, o Inter não pode desperdiçar a chance de vencer um adversário desligados de suas obrigações.

Às 21 horas, na Ressacada: Avaí x Ponte Preta

Primeiro dos quatro situados abaixo da linha de rebaixamento, o Avaí pode até cair para a Segundona nesta rodada se perder hoje em casa. A Ponte está em Santa Catarina a passeio.

Como todos os interessados nos jogos de hoje continuarão dependendo de resultados de amanhã, fica mais uma vez muito claro que a penúltima rodada do Brasileirão, como a última, deveria ser inteiramente disputada no mesmo horário.

Não é coisa que preocupe a CBF.

Também é óbvio que todos os times deveriam entrar em campo com a força máxima.

Não é coisa que preocupe os dirigentes dos clubes.

São Paulo bate Sport e volta à luta contra o Santos

Michel Bastos: em resposta às vaias, o gol

Michel Bastos: em resposta às vaias, o gol

O Palmeiras vai chorar até o final do Brasileirão os três pontos perdidos em casa para o Sport na rodada passada. Foi a única vitória do time pernambucano como visitante.

Neste sábado, no Morumbi, o Sport voltou à rotina de tombar fora de casa – desta vez, sem Diego Souza, por elásticos 3 a 0 diante do São Paulo.

Poucos foram os são-paulinos que se animaram a ver o jogo, alguns apenas para vaiar parte do time, que merecia tratamento mais carinhoso pois jogou o suficiente para merecer os 3 a 0, gols de Ganso e Luís Fabiano no primeiro tempo e de Michel Bastos, um dos vaiados, no segundo.

O São Paulo está momentaneamente no G-4, com 53 pontos, e, para de lá não sair nesta 33ª rodada, torce por uma vitória do Palmeiras sobre o Santos ou pelo menos um empate, amanhã na Vila Belmiro.

Afinal, o outro time que pode ultrapassá-lo é o Internacional, que para tal precisaria golear o Goiás por dez gols de diferença.

A bola está com o Santos dos artilheiros Ricardo Oliveira e Gabigol. Depois de tirar o São Paulo da Copa do Brasil, vai ter de enfrentá-lo, rodada a rodada, pela vaga no G-4 do Brasileirão.

Ricardo Oliveira faz a diferença

Do dia 13 até ontem, 28 de outubro, Ricardo Oliveira participou de cinco jogos: Brasil 3 x 1 Venezuela, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo; Santos 3 x 1 Goiás e Figueirense 0 x 0 Santos, pelo Brasileirão; São Paulo 1 x 3 Santos e Santos 3 x 1 São Paulo, pela Copa do Brasil.

Marcou seis gols.

E dê-se ao artilheiro santista um duplo desconto: contra o Figueirense, o único dos cinco jogos em que passou em branco, entrou em campo aos 25 minutos do segundo tempo; contra a Venezuela, foi substituído por Hulk aos 35 do segundo tempo.

No mesmo período, o São Paulo de Luis Fabiano, Alan Kardec e Alexandre Pato também jogou cinco vezes: perdeu por 2 a 0 para o Fluminense, empatou por 2 a 2 com o Vasco e venceu o Coritiba por 2 a 1, pelo Brasileirão; e perdeu duas vezes para o Santos por 3 a 1 na Copa do Brasil.

Marcou seis gols, portanto.

Isso talvez explique alguma coisa sobre a eliminação do Tricolor nas semifinais da Copa do Brasil e o quinto lugar no Brasileirão, uma posição atrás do Santos.

Vasco empata e fica devendo a Dewson e a Doriva

Desta vez, o pênalti à brasileira castigou o São Paulo e beneficiou duplamente o Vasco no Morumbi. Aos 43 minutos do primeiro tempo, o árbitro Dewson Fernando Freitas da Silva deu pênalti numa bola que bateu no braço de Matheus Reis e ainda expulsou o lateral tricolor. Nenê bateu e empatou o jogo que o São Paulo vencia desde os 50 segundos com um gol de Luís Fabiano.

No segundo tempo, com 11 contra 10 em campo, o Vasco dominou o jogo, virou para 2 a 1, com um gol de Rodrigo, que falhara escandalosamente no lance em que o São Paulo abriu o placar tão mal a bola rolou no Morumbi, e, ajudado por outros resultados da rodada,  poderia ficar a apenas dois pontos de sair do Z-4 se não tivesse desperdiçado muitas chances de fazer o terceiro até, aos 43, permitir que Rodrigo Caio  empatasse.

De qualquer jeito, o Vasco deve agradecer a Dewson Fernando Freitas da Silva e reconhecer a gratidão de Doriva, que deixou o comando técnico do time ao final da oitava rodada do Brasileirão com apenas três pontos, mas já lhe deu quatro de troco – três no Ponte 0 x 1 Vasco e um neste São Paulo 1 x 2 Vasco de hoje.

Nas semifinais, Santos x São Paulo e Palmeiras x Grêmio

Pato: gols e aplausos no Morumbi

Alexandre Pato: gols e aplausos no Morumbi

O Sobrenatural de Almeida Rodrigues não apareceu em nenhum dos campos em que rolou a bola na noite desta quarta-feira, 23, e assim se desenharam mais fortemente na rodada inaugural das quartas de final as semifinais que se esboçaram desde que foram sorteados os confrontos: Santos x São Paulo e Palmeiras x Grêmio são os jogos que devem definir os finalistas da Copa do Brasil.

No Orlando Scarpelli, Gabigol fez 1 a 0 para o Santos, que vai precisar apenas de um empate na Vila, quinta-feira que vem, para se garantir nas semifinais. O Figueirense já era.

No Beira-Rio,  Alex fez 1 a 0 para o Internacional depois que Lucas Barrios já tinha perdido um pênalti, mas Rafael Marques entrou no segundo tempo para empatar o jogo. O 1 a 1 dá ao Palmeiras a chance de se classificar na próxima quarta-feira com um reles 0 a 0.

No Maracanã, o Flu até que tentou, mostrando um pouco do futebol que sumiu nas últimas rodadas do Brasileirão, mas não saiu do 0 a 0 com o Grêmio. No jogo de volta, em Porto Alegre, dificilmente os gremistas deixarão escapar a vaga nas semifinais. Basta-lhe um golzinho.

No Morumbi, a diferença técnica entre os dois times decidiu a parada: São Paulo 3 x 0 Vasco. Alexandre Pato fez o primeiro e o segundo, Luis Fabiano fechou a conta. Nem o Sobrenatural de Almeida Rodrigues mudará as coisas no jogo em São Januário. O São Paulo já está nas semifinais.

Osorio chama o time à responsabilidade

Juan Carlos Osorio: desafio aos atletas

Juan Carlos Osorio: desafio aos atletas

Juan Carlos Osorio parece decidido a repassar ao time as cobranças que lhe são feitas desde que assumiu o comando técnico do São Paulo.

Depois de atribuir o futebol ruim na derrota por 3 a 0 para o Santos à “ausência de jogadores de qualidade”, o treinador disse hoje, no CT do clube, o que espera desta temporada quando puder contar com Carlinhos, Breno, Lucão, Rodrigo Caio e Luís Fabiano:

– Podemos competir na Copa do Brasil e pela quarta vaga no Campeonato Brasileiro.

Em seguida, tratou de ressalvar:

– Honestamente, acho que depende de como os atletas vão assumir esse desafio.

E passou a bola:

– Sempre assumo a responsabilidade da escalação, mas creio que há o momento em que os jogadores têm de assumir a responsabilidade do campo.