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Desta vez, o Fla não repudiou a arbitragem

Quase a três: pertinho do juiz, Samir agarra Paulo André

Quase a três: pertinho do juiz, Samir agarra Paulo André

Ainda não foi comentado em nota oficial pelos dirigentes do Flamengo o pênalti escandaloso cometido por Samir, ao agarrar e prender o cruzeirense Paulo André aos 20 minutos do primeiro tempo, e ignorado pelo árbitro Marcelo Aparecido de Souza, que estava a três ou quatro metros do lance.

O placar do Maracanã ainda registrava: Flamengo 0 x 0 Cruzeiro.

No domingo, dia 6, o primeiro gol rubro-negro nos 3 a 1 sobre o Fluminense fora marcado por Sheik depois de receber um passe de mão do companheiro Wallace. O árbitro Ricardo Marques não viu. Não viu o passe, claro, pois o gol ele validou.

Depois dos 2 a 0 sobre o Cruzeiro nesta quinta-feira, continua valendo a nota distribuída na segunda, dia 7, em que o Flamengo, embora beneficiado na véspera, manifestou “total descontentamento e repúdio a respeito da arbitragem nos jogos do Campeonato Brasileiro de 2015”?

Os cruzeirenses concordam.

Cruzeiro joga em busca da solidez perdida

Leandro Damião: "Não podemos ficar recuados"

Leandro Damião: “Não podemos nos afobar”

Ao remontar o Cruzeiro em 2015, o técnico Marcelo Oliveira não foi ajudado pela sorte: depois de perder meio time para o mercado, ficou também sem Dedé, no estaleiro desde o fim do ano passado. O zagueiro poderia finalmente se firmar diante de sua desconfiada torcida e dar equilíbrio à defesa que ainda não foi vazada em casa nos jogos da Libertadores, mas nem sempre tem correspondido fora.

E é da defesa que o bicampeão brasileiro mais precisará no jogo desta noite, contra o River Plate. Se não levar gol em Buenos Aires, o Cruzeiro mandará em vantagem o jogo de volta, no Mineirão, daqui a uma semana. É verdade que a dupla Bruno Rodrigo e Manoel tem se saído bem melhor do que Léo e Paulo André, mas ainda não passa a devida confiança ao resto do time.

Em compensação, o goleiro Fábio está pegando tudo. Não se pode, porém, deixar apenas em suas mãos a responsabilidade por um bom resultado neste primeiro jogo entre argentinos e brasileiros na briga por uma das quatro vagas nas semifinais da Libertadores.

Como prega e exige o próprio Marcelo, a tarefa de defender é de todos. O Cruzeiro tem de voltar a se locomover mais agrupado em campo.

É o modelo que deu certo nas duas últimas temporadas, é uma exigência universal do futebol de nossos dias e é a receita para não deixar os zagueiros no confronto direto com os atacantes adversários e não isolar Leandro Damião na linha de frente.

Na verdade, é o que falta a este Cruzeiro para retomar a solidez mostrada pelos times de 2013 e 2015, mesmo que ainda seja cedo para compará-los em qualidade técnica. E é o que permitirá ao Cruzeiro Também procurar o ataque no Monumental de Nuñez, como bem lembrou Leandro Damião, já em Buenos Aires:

– Não devemos pensar só em defender. Quando tivermos a posse de bola, todo mundo também tem de atacar. O River Plate é um time muito tradicional na Libertadores. Temos de tentar jogar como fizemos contra o São Paulo, mas não podemos nos afobar. É preciso lembrar sempre que a vaga é decidida em dois jogos.