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O São Paulo só não queria perder. Perdeu.

Muricy Ramalho tinha prometido um futebol ofensivo, mas o São Paulo quis muito pouco e volta de Buenos Aires sem nada.

Quase nada, haverá de replicar o são-paulino mais otimista se é que ainda há otimismo na torcida para contrabalançar o fastio que estrelas como Ganso e Pato mostram em campo.

Nem a derrota por 1 a 0 tira o São Paulo do segundo lugar no Grupo 2 da Libertadores, agora empatado em pontos com o próprio San Lorenzo, cada um com seis após quatro jogos, mas à sua frente na tabela de classificação graças ao saldo de dois gols.

Os argentinos estão zerados, fizeram três gols e levaram três até agora. O São Paulo fez cinco gols, quatro ao golear o Danubio no Morumbi.

Assim, São Paulo e São Lorenzo, atual campeão da Libertadores, vão brigar até o fim pela segunda vaga do grupo nas oitavas de final.

Desde o começo do jogo no Nuevo Gasometro, contrariando a exigência do treinador, o São Paulo se mostrou mais temeroso do que as circunstâncias pediam. Marcou o San Lorenzo muito atrás e cedeu um enorme corredor pela esquerda de sua defesa que os argentinos exploraram com frequência, embora com pouca eficácia.

Nos primeiros 25 minutos, pelo meio da área, Toloi já ensaiava o repertório de bobagens que redundariam no gol do atacante Cauteruccio exatamente aos 25 do segundo tempo.

Ainda na metade do primeiro, depois de algumas broncas de Muricy, o time adiantou-se e acertou a marcação, mas passou a errar os passes em todas as manobras de ataque. Trocava bolas entre as duas intermediárias, mas não entrava na área do goleiro Torrico.

Aliás, está virando marca registrada: o São erra sempre o último passe, quase sempre o penúltimo, muitas vezes o antepenúltimo.

O jogo continuou nesta toada durante o segundo tempo, antes e depois da lesão que tirou Alan Kardec de campo. O 0 a 0 parecia bom demais para os são-paulinos.

Os argentinos, ao contrário, mostravam vontade, mais vontade do que bola, o suficiente para garantir a vitória com o gol de Cauteruccio após estender um lençol desmoralizante diante do apalermado Toloi.

O São Paulo volta sem nada de Buenos Aires. Com quase nada, conceda-se aos são- paulinos otimistas. Difícil será encontrá-los.

Chegou o dia da verdade

Ganso e Rogério CeniGanso e Rogério: pela sobrevivência na LibertadoresFoto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Este 1º de abril de 2015 pode ficar para sempre marcado na história do São Paulo.

Ao que parece, bem menos modificado do que sugeriam tantos analistas nos últimos dias, o time comandado por Muricy Ramalho e liderado em campo pelo eterno Rogério Ceni enfrenta o San Lorenzo em Buenos Aires num jogo absolutamente decisivo para as suas pretensões na Libertadores. A transmissão para o Brasil, a partir das 19h45, será da FOX Sports.

Se perder para o atual campeão, o São Paulo terá muitas dificuldades para se classficar.

Se vencer, terá praticamente garantida a classificação para as oitavas de final.

Se empatar, continuará  dependerá apenas dos seus resultados nas próximas duas rodadas da fase de grupo para continuar vivo na Libertadores.

Este 1º de abril de 2015 também pode ficar para sempre marcado na história Paulo Henrique Ganso.

Chegou o dia verdade para o meia que tem jeito de craque, carrega a bola como craque, passa como craque, dribla como craque, mas não tem exibido em campo a confiança que sobra a Rogério Ceni e é a marca definidora do craque.

A temporada começa (ou termina) na quarta

Muricy (2)Muricy, sempre combativo, anda abatido com o São PauloImagem: Beneclick 

Os números até que não são ruins: o São Paulo lidera, com folga, o Grupo A do Paulistão, tem quase 75% de aproveitamento e se classificou com boa antecedência para as quartas de final, e é o segundo colocado no Grupo 2 da segunda fase da Libertadores, com 66,6% de aproveitamento, dependendo apenas do próprio esforço para ir às oitavas.

A bolinha que o time está jogando é o problema. O São Paulo comandado por Muricy Ramalho já começou mal outras temporadas e soube reverter o início ruim em conquistas significativas – como o tri brasileiro em 2008, por exemplo. Desta vez, porém, a torcida  não parece acreditar numa reviravolta.

O São Paulo tem jogado muito mal, mesmo nas muitas vitórias sobre os pequenos, tropeçou diante dos grandes no Paulistão e na Libertadores, venceu até agora somente um adversário significativo –  por pífio 1 a 0, no Morumbi. Foi o San Lorenzo de Almagro, que o recepcionará em Buenos Aires na quarta disposto a lhe fechar de vez o caminho para a classificação na mais importante competição entre clubes das Américas.

A desconfiança da torcida e a má vontade de boa parte da cartolagem tricolor parecem abater o sempre combativo Muricy, que também anda com problemas de saúde e não tem mostrado nesta temporada a força interna indispensável à mobilização mental de um time fragilizado pelas críticas e incapaz de reagir por conta própria.

Para complicar a vida dos são-paulios, o San Lorenzo –  atual campeão da Libertadores e terceiro colocado no Grupo 2, três pontos atrás do São Paulo – está voltando a jogar bem e assumiu no fim de semana a liderança do Campeonato Argentino ao golear o Lanús por 4 a 0 embora com apenas dez jogadores durante boa parte da partida.

A vida do São Paulo em 2015 e talvez até o emprego de Muricy Ramalho vão se decidir no jogo das 19h45 desta quarta-feira. Ou o São Paulo consegue pelo menos um empate no Nuevo Gasómetro e continua vivo na Libertadores ou encerra a temporada sem ao menos tê-la iniciado.