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CBF antecipa Brasileirão para salvar audiência da Globo

Por solicitação da Globo, que para a CBF é uma ordem, teremos dois jogos do Brasileirão às 22 horas desta quarta-feira, antecipados da escala do fim de semana: Atlético x São Paulo, no Mineirão, e Vasco x Corinthians, em Itaquera. Às 22 horas, repita-se. E o pessoal que se vire para voltar para casa lá pela meia noite.

A grade global estava reservada para o primeiro jogo das finais da Libertadores, mas a ausência de um time brasileiro empurra a decisão da mais importante competição de clubes das Américas para a TV por assinatura. Diferentemente da Uefa, a Conmebol não negocia competentemente os direitos de transmissão de suas competições.

Quem compra os direitos da Liga dos Campeões da Europa é obrigado a mostrar a final. Quem compra os direitos da Copa América, da Libertadores não é obrigado a nada. Se obrigações existem, são negociadas por fora do contrato, como estão provando as investigações do FBI sobre cartolas e agentes que operam no futebol das Américas.

Clássicos como Atlético Mineiro x São Paulo e Vasco x Corinthians disputados  numa quarta-feira, terminando quase de madrugada, representam prejuízo econômico e, neste caso concreto, igualmente prejuízo técnico, como disseram ao repórter Rafael Valente, da Folha, o são-paulino Milton Cruz e o atleticano Eduardo Maluf.

O coordenador técnico do São Paulo lembrou que o time  jogou no domingo e, depois do clássico de hoje, só voltará a campo daqui a dez dias:

– Não achei boa a mudança. Sempre é melhor jogar uma vez por semana, com tempo de recuperação e preparação. Às vezes a tabela não permite, mas neste caso era possível.

O diretor do Alético Mineiro lamenta a maratona que terá pela frente após o descanso forçado:

– Isso sim é um prejuízo. Vamos ter dez dias sem partidas, mas depois virá uma sequência de jogos nas quartas e domingos, até o final de agosto. Vamos dar quatro dias de folgas aos jogadores após o jogo no Mineirão por causa dessa maratona.

Isto é Romário em estado puro

Duas ou três coisas ditas por Romário ao repórter Rafael Andery, que você pode ler na revista Serafina que está nas bancas com a Folha de S.Paulo deste domingo, 26 de julho, ou simplesmente clicando aqui:

“Essa geração é uma merda. Tem o Neymar, o Neymar e o Neymar.”

“Tudo tem um limite. E o futebol brasileiro chegou ao seu.”

“Eu não tenho meia palavra, não levo três minutos pra falar uma coisa que pode ser falada em cinco segundos.”

Rafael Andery lhe lembra, a certa altura da conversa, que, como jogador, ele jamais tocaria a bola para um companheiro se tivesse 0,1% de chance de fazer um gol, e Romário não desconversa:

“Não daria o gol nem para a Ivy. Ela teria que esperar a próxima.”

Ivy, de 10 anos, é filha caçula e xodó de Romário, tem síndrome de Down e acompanhou a entrevista em Brasília.