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Não foi fácil, mas o Chile está na final da Copa América

Vargas 1 a 0 296       Vargas garante a vitória por 2  a1 sobre o Peru e coloca o Chile na decisão do título

Foi o melhor jogo desta Copa América, muito mais difícil do que os chilenos esperavam. O Peru não entregou os pontos nem depois de ficae com dez em campo, logo aos 19 minutos, quando José Argote mostrou o segundo cartão amarelo a Zambrano e tirou-o do jogo.

Muito simpático aos anfitriões, o árbitro venezuelano foi rigoroso demais com os visitantes.Enquanto o jogo era de 11 contra 11, o Peru tinha chegado mais perto de abrir o placar. Com um homem a mais, o Chile retomou passou a ditar o ritmo da partida, embora sem a volúpia ofensiva de outras jornadas.

Aos 41, novamente beneficiados pela arbitragem, os chilenos finalmente fizeram 1 a 0.

Aléxis Sanchez fez boa jogada, entrando em diagonal na área de Gallese pelo lado esquerdo, e tocou com categoria para o gol. No caminho, Aránguiz fez um corta-luz, a bola bateu no poste esquerdo de Gallese e voltou para Vargas, impedido e meio atrapalhado, tocar de leve para o gol.

Estava decidido o jogo?

Talvez, se aos 3 minutos do segundo tempo um novo erro da arbitragem não tivesse beneficiado os peruanos. Vargas fez mais um para o Chile, desta vez em posição legal, mas Argote erradamente marcou o impedimento assinalado pelo bandeirinha.

Os peruanos redobraram a disposição de procurar o empate. E, aos 15, chegaram ao 1 a 1 com um gol contra de Medel.

Demorou pouco a alegria do Peru. Três minutos depois, com um chute forte e venenoso de muito longe, Vargas surpreendeu Gallese e fez 2 a 1 para o Chile.

Foi tudo. Agora os chilenos vão torcer pelo Paraguai amanhã contra a Argentina, guardando forças, porém, para a grande final do sábado.

É o Chile de Sampaoli contra o Santo Guerrero

Sampaoli: "Não podemos perder a bola"

Sampaoli elogia ataque peruano: “Não podemos perder a bola”

Um Paolo Guerrero, mesmo ajudado por Pizarro, Farfán e Cueva, não bastará ao Peru para tirar hoje do Chile de Aránguiz, Vidal, Valdivia, Alexis Sánchez e Vargas, no Estádio Nacional de Santiago, o sonho de chegar à final da Copa América, provavelmente contra a Argentina, e vencê-la.

Chegar à final, a esta altura da Copa América, não será tão difícil assim para os chilenos, haverão de concordar até os peruanos mais sensatos. Conquistar o caneco, que o Chile jamais conquistou, é que é o xis do problema.

Pelo futebol mostrado até agora nesta edição da mais antiga competição entre seleções de futebol em todo o mundo, nenhuma equipe merece mais o título do que o Chile que Jorge Sampaoli vem cuidadosamente azeitando desde 2012.

O problema dos chilenos é que o time da Argentina lhes é tecnicamente superior e tem um tal de Lionel Messi.

O estilo ofensivo e corajoso, às vezes temerário, adotado a partir de 2007 por Marcelo Bielsa e retrabalhado nos últimos anos por seu pupilo Sampaoli, implica em riscos defensivos que os argentinos não costumam perdoar.

Basta, no entanto, de levar este papo como se peruanos, hoje, e paraguaios, amanhã, não estivessem também buscando nos campos chilenos o caneco ou, pelo menos, a participação na grande final marcada para o sábado, 4 de julho.

Uma olhada no vídeo  em que a Federação Peruana de Futebol propagandeia seu otimismo nos mostra que os chilenos enfrentarão às 20h30, em seu Estádio Nacional, 11 guerreiros dispostos a provar que favoritismo não decide jogo.

Sampaoli sabe o que vem pela frente:

– O Peru tem um quarteto ofensivo muito difícil de enfrentar, com Guerrero, Farfán, Cuevas e Pizarro, e dois volantes bastante aguerridos. Não podemos perder a bola e permitir que ela chegue aos atacantes deles.

Tradução: o Chile, como tem feito até agora, vai brigar pela bola o mais próximo possível da meta de Gallese; o Peru vai apostar nos contra-ataques, esperando que eles se encerrem nos pés do seu Santo Guerrero.