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Gol de Marquinhos dá vitória e vantagem ao Cruzeiro

Marquinhos 1 a 0Marquinhos vibra com gol que deixa o Cruzeiro mais perto das semifinais da Libertadores

Era tudo o que o Cruzeiro queria em Buenos Aires na noite desta quinta-feira, 21: aos 36 minutos do segundo tempo, o garoto Gabriel Xavier ganhou a bola de graça numa saída errada do River e tocou para o gol, Barovero salvou, mas  Marquinhos aproveitou o rebote e fez 1 a 0.

Estava garantida uma ótima vantagem para o jogo de volta no Mineirão, quarta-feira que vem, dia 27.

No primeiro tempo, embora o Cruzeiro tenha começado bem, o jogo pendeu um pouco mais para o River, menos nervoso e mais consciente. Fábio fez uma grande defesa numa bola enfiada para Teo Gutiérrez entrar livre na área. Foi a grande chance dos argentinos em todo o jogo.

No segundo tempo, o Cruzeiro voltou melhor, com os nervos dominados, chegou muito perto de abrir o placar aos 18 minutos na primeira boa jogada criada por Gabriel Xavier, que rolou a bola para Willian ajeitar à sua feição e tocar para o gol no contrapé de Barovero. Vangioni salvou o gol em cima da na linha.

Estava provado que o Cruzeiro poderia bater o River no Monumental de Nuñez e cuidar em casa de garantir a vaga nas semifinais das Libertadores.

Mais uma Marcelo Oliveira mostrou que sabe o que está fazendo. Ao trocar o garoto Arrascaeta, em noite muito apagada, pelo garoto Gabriel Xavier, abriu os caminhos para a vitória.

Cruzeiro joga em busca da solidez perdida

Leandro Damião: "Não podemos ficar recuados"

Leandro Damião: “Não podemos nos afobar”

Ao remontar o Cruzeiro em 2015, o técnico Marcelo Oliveira não foi ajudado pela sorte: depois de perder meio time para o mercado, ficou também sem Dedé, no estaleiro desde o fim do ano passado. O zagueiro poderia finalmente se firmar diante de sua desconfiada torcida e dar equilíbrio à defesa que ainda não foi vazada em casa nos jogos da Libertadores, mas nem sempre tem correspondido fora.

E é da defesa que o bicampeão brasileiro mais precisará no jogo desta noite, contra o River Plate. Se não levar gol em Buenos Aires, o Cruzeiro mandará em vantagem o jogo de volta, no Mineirão, daqui a uma semana. É verdade que a dupla Bruno Rodrigo e Manoel tem se saído bem melhor do que Léo e Paulo André, mas ainda não passa a devida confiança ao resto do time.

Em compensação, o goleiro Fábio está pegando tudo. Não se pode, porém, deixar apenas em suas mãos a responsabilidade por um bom resultado neste primeiro jogo entre argentinos e brasileiros na briga por uma das quatro vagas nas semifinais da Libertadores.

Como prega e exige o próprio Marcelo, a tarefa de defender é de todos. O Cruzeiro tem de voltar a se locomover mais agrupado em campo.

É o modelo que deu certo nas duas últimas temporadas, é uma exigência universal do futebol de nossos dias e é a receita para não deixar os zagueiros no confronto direto com os atacantes adversários e não isolar Leandro Damião na linha de frente.

Na verdade, é o que falta a este Cruzeiro para retomar a solidez mostrada pelos times de 2013 e 2015, mesmo que ainda seja cedo para compará-los em qualidade técnica. E é o que permitirá ao Cruzeiro Também procurar o ataque no Monumental de Nuñez, como bem lembrou Leandro Damião, já em Buenos Aires:

– Não devemos pensar só em defender. Quando tivermos a posse de bola, todo mundo também tem de atacar. O River Plate é um time muito tradicional na Libertadores. Temos de tentar jogar como fizemos contra o São Paulo, mas não podemos nos afobar. É preciso lembrar sempre que a vaga é decidida em dois jogos.

Cruzeiro x São Paulo: entre a dança e o balanço

Marcelo x MiltonNão é fácil a vida de técnico no país do futebol.

Chega, arruma o time, ganha os canecos em jogo, perde as estrelas que fez brilhar e tem de rearrumar o desarrumado como se fosse simples continuar tocando a bola em frente sem um Éverton Ribeiro, um Ricardo Goulart, um Lucas Silva, um Dedé, ainda que provisoriamente, e companhia menos ilustre.

E o tempo para remontar a equipe com os substitutos dos que foram embora carregando consigo canecos e faixas de campeão?

É só aproveitar o intervalo entre um jogo e outro do Campeonato Mineiro, da Libertadores, do Campeonato Brasileiro e, daqui a pouco, da Copa do Brasil.

É pouco?

É o que têm Marcelo Oliveira e seus companheiros de profissão empregados nos grandes clubes do Brasil.

Que o Cruzeiro não é mais aquele já dissemos neste blog há quase dois meses, como você pode verificar clicando aqui.

Nem por isso o Cruzeiro em formação desmerece a atenção da torcida e, menos ainda, a dos adversários.

É um time que pode perfeitamente descontar hoje a derrota para o São Paulo por 1 a 0 no primeiro jogo das oitavas de final e assim garantir, no Mineirão, a classificação para as quartas da Libertadores.

Se continuar na Libertadores, Marcelo Oliveira continuará no emprego. Se dançar no Mineirão, vai balançar na Toca da Raposa.

Não é justo, mas é a realidade do futebol brasileiro.

O são-paulino Milton Cruz, que recebe (recebe?) salário de interino e vem tendo aproveitamento superior ao de 99,9% dos efetivos, vive experiência parecida.

Vencendo, continuará no comando técnico do time. Perdendo no jogo das 19h30 a vaga nas quartas de final da Libertadores, muito provavelmente ganhará um novo chefe na continuação do Campeonato Brasileiro.

Não é fácil a vida de técnico no país do futebol.

Cruzeiro vai brigar pelo título da Libertadores

Ufa! O Cruzeiro venceu o cansaço e bateu por 2 a 0 o Universitário Sucre no Mineirão, garantindo o primeiro do Grupo 3 e a classificação para as oitavas de final da Libertadores.

Como o futebol é o reino das surpresas, o Mineros de Guayana, que tinha conseguido um único ponto nos cinco jogos anteriores, venceu o Huracán por 3 a 0 e salvou o Universitário Sucre, que também vai para as oitavas.

Ou seja: mesmo que tivesse perdido nesta terça, 21, o Cruzeiro estaria nas oitavas.

Agora, fora das finais do Campeonato Mineiro, Marcelo Oliveira terá tempo para treinar o time e prepará-lo devidamente para as fases mais duras da Libertadores. O Cruzeiro entra na briga pelo título da Libertadores.

Libertadores: o bestial Marcelo pode virar uma besta

Marcelo: Cruzeiro tem de ganhar - Imagem: Beneclick

Marcelo: Cruzeiro tem de ganhar – Imagem: Beneclick

Bobo ele não é, tanto que caiu fora do Vasco ligeirinho em 2012, bem antes de se tornar irreversível o rebaixamento para a Segundona, e foi dar forma ao Cruzeiro bicampeão brasileiro que hoje joga, pela sobrevivência na Libertadores, contra o Universitario Sucre, o líder do Grupo 3.

Neste 21 de abril, data historicamente importante para todos os brasileiros, mais significativa ainda para os mineiros, o mineiríssimo Marcelo Oliveira corre um sério risco, formulado há décadas pelo Brasileiro Otto Glória em uma de suas passagens pelo futebol português: “Quando o time ganha,  o técnico é bestial. Quando o time perde, o técnico é uma besta.”

Os 90 minutos de bola em movimento no Mineirão, no começo da noite, podem encerrar a admiração da torcida cruzeirense e transformar seu bestial treinador numa besta de passado e DNA atleticanos. Faz parte do torcedor essa absurda intolerância ante os resultados negativos.

Não é só por isso que Marcelo Oliveira se sente obrigado a vencer o jogo das 20h30 e fechar em primeiro lugar a briga no Grupo 3 por duas vagas nas oitavas de final da Libertadores. Uma derrota ou até mesmo um empate põem em risco a classificação, pois o Huracán, um ponto atrás do Cruzeiro, jogará no mesmo horário contra o fraquinho Mineros de Guayana.

Marcelo sabe muito bem os riscos que corre 48 horas depois de perder para o Atlético a vaga nas finais do Campeonato Mineiro:

– Falei com os jogadores que agora é uma questão de honra fazer um jogo forte aqui. Esse absurdo de jogar domingo e na terça vai recair sobre a comissão técnica e o técnico. Então, é questão de honra, de briga, poder fazer uma boa partida.

Mais do que fazer uma boa partida, porém, o Cruzeiro tem de vencer.

Fábio pede atenção ao Cruzeiro na Libertadores

Fábio

Fábio: “Não existe adversário fácil”

Foto: Washington Alves/Lightpress

A fase não é das melhores. Marcelo Oliveira ainda tenta remontar o Cruzeiro depois de perder mais da metade do time campeão brasileiro de 2014. Os resultados colhidos até agora na Libertadores nem de longe empolgam os torcedores: 0 a 0 com o Universitario Sucre na Bolívia, outro 0 a 0 com o Huracán em Belo Horizonte e, enfim, 2 a 0 sobre o Mineros na Venezuela.

Como o Grupo 3 é fraquinho de doer, a pífia campanha do campeão brasileiro bastou-lhe para garantir, até aqui, o primeiro lugar, embora igualado em pontos, cinco para cada um, com  o Universitario Sucre. Separa-os um golzinho de saldo – os brasileiros fizeram dois, os bolivianos fizeram um.

O adversário desta noite será o mais fraquinho de todos, o venezuelano Mineros, que tem só um ponto depois de três rodadas e muito provavelmente dará adeus logo mais a qualquer chance de continuar na Libertadores. O Cruzeiro tem de vencer e deveria golear para recuperar no Mineirão a magia do bom futebol exibido nas duas últimas temporadas.

O treino de ontem deixou a impressão de que o zagueiro Léo, o volante Willians e o atacante Willian voltarão ao time, uma boa notícia para a torcida ainda assustada com a derrota para o Tombense ali mesmo, no Mineirão, onde o Cruzeiro venceu apenas um dos seis jogos disputados em 2015, tendo empatado os outros quatro.

Ressabiado, o goleiro Fábio, única estrela de primeira grandeza que o Cruzeiro segurou nesta temporada, pede cuidado com o fraquinho Mineros e invoca o Tombense como argumento:

– Temos de vencer, mas nós vimos na rodada passada do Campeonato Mineiro que não existe adversário fácil.