A provocação dos torcedores são-paulinos nas redes sociais não resistiu a três minutos de jogo no Allianz Parque. O #Mito falhou em dose dupla: apertado pela marcação ao tentar sair da área com a bola dominada, Rogério Ceni acabou dando a bola na medida para Robinho e voltou devagar demais para tentar a defesa no chute por cobertura do palmeirense. A bola quase raspou no travessão para cair dentro do gol.
Estava desenhado o que seriam os 87 minutos restantes. O Palmeiras se sentiu aliviado, esqueceu o tabu de mais de um ano sem vencer um grande rival paulista e continuou dominando o meio de campo e o jogo desta quarta-feira. Era nitidamente superior com 11 contra 11 em campo. Aos sete minutos, as coisas ficaram ainda mais fáceis: Rafael Toloi chutou Dudu em lance longe da bola e foi expulso.
Daí em diante, o jogo virou um baile verde, mais ao estilo Iron Maiden do que Beatles, como é do gosto de Oswaldo de Oliveira. Muricy Ramalho teve de tirar Pato para cobrir com Edson Silva o rombo na zaga tricolor e o que era fácil ficou facílimo para os palmeirenses. Rafael Marques fez 2 a 0 pouco depois e 3 a 0 no comecinho do segundo tempo.
A uns 15 minutos do fim, o São Paulo ficou com dez: Michel Bastos deu um carrinho violento em Arouca e também foi expulso.
O Palmeiras quebrou em grande estilo o incômodo tabu e, mesmo em fase de formação, já pode pensar no título paulista. O São Paulo viverá dias acalorados até a próxima quarta-feira, quando enfrentará o San Lorenzo em Buenos Aires precisando, no mínimo, de um empate para continuar na briga por uma vaga nas oitavas de final da Liberdadores. É o que importa de verdade.