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Pato aqui ou Pato acolá?

Alexandre Pato 1Pato: finalmente na posição certa?Imagem: Beneclick

Um empate em Montevidéu pode até não ser um completo desastre tricolor na Libertadores, desde que o Corinthians colabore amanhã, vencendo o San Lorenzo no Itaquerão, e seja enfim derrotado na semana que vem – pelo próprio São Paulo, no Morumbi.

Somente a vitória sobre o Danubio, acompanhada pela decida contribuição corintiana amanhã, dará alguma tranquilidade ao São Paulo, que, mesmo assim, precisará de pelo menos um pontinho na última rodada da fase de grupos para ir às oitavas sem depender do saldo de gols.

Vencer hoje é o que importa. É uma pena que Milton Cruz não possa contar com Wesley e Denílson e tenha de alterar o setor que funcionou bem nos 3 a 0 sobre o Red Bull pelo Paulistão, mas tudo indica que ele manterá o esquema que dá mais liberdade a Ganso e bota Pato no lugar certo, como analisa tão bem o craque Tostão na Folha de hoje (se você for assinante do jornal ou do UOL, pode ler aqui):

  • “Por causa da grave contusão de Alan Kardec e da incerteza em relação a Luis Fabiano, as notícias são de que o São Paulo procura, desesperadamente, um centroavante e que Pato teve de ser improvisado na posição. Por ser veloz e finalizar bem, o único lugar em que Pato é efetivo é como centroavante. Quando recua para receber a bola, o que mais gosta, é confuso e erra demais.”
  • “Os técnicos, desde os dos times italianos, decidiram que Pato não é centroavante. Mano Menezes o colocou mais recuado, ao lado de Guerrero, e Muricy fez o mesmo, ao escalá-lo próximo a Luís Fabiano ou a Alan Kardec. A formação do último jogo, com Pato de centroavante, Ganso, mais próximo, pelo centro, e Michel Bastos, pelos lados e entrando em diagonal para finalizar, tem mais chance de funcionar bem, desde que não se formem dois compartimentos sem comunicação, um com os três da frente, e o outro, mais atrás…”

Nada mais a declarar.

Estrelas brilham no Morumbi e no Maracanã

Fred 1Na noite das estrelas tricolores, Fred fez os dois gols do Flu – Imagem: Beneclick

No Morumbi, o São Paulo fez 3 a 0 no Red Bull, gols de Rogério Ceni, Pato e Ganso.

O São Paulo já faz companhia ao Corinthians nas semifinais do Paulistão.

No Maracanã, embora tenha jogado melhor e procurado mais a vitória, o Botafogo perdeu por 2 a 1 para o Fluminense, gols de Fred, o 300º e o 301º na carreira de goleador, 150 deles com a camisa tricolor.

Para chegar à final do Campeonato Carioca, o Botafogo precisa vencer o Flu no segundo jogo das semifinais por um golzinho de diferença. O Flu joga pelo empate.

Lá e cá, a noite teve a assinatura das estrelas em todos os gols tricolores.

O São Paulo só não queria perder. Perdeu.

Muricy Ramalho tinha prometido um futebol ofensivo, mas o São Paulo quis muito pouco e volta de Buenos Aires sem nada.

Quase nada, haverá de replicar o são-paulino mais otimista se é que ainda há otimismo na torcida para contrabalançar o fastio que estrelas como Ganso e Pato mostram em campo.

Nem a derrota por 1 a 0 tira o São Paulo do segundo lugar no Grupo 2 da Libertadores, agora empatado em pontos com o próprio San Lorenzo, cada um com seis após quatro jogos, mas à sua frente na tabela de classificação graças ao saldo de dois gols.

Os argentinos estão zerados, fizeram três gols e levaram três até agora. O São Paulo fez cinco gols, quatro ao golear o Danubio no Morumbi.

Assim, São Paulo e São Lorenzo, atual campeão da Libertadores, vão brigar até o fim pela segunda vaga do grupo nas oitavas de final.

Desde o começo do jogo no Nuevo Gasometro, contrariando a exigência do treinador, o São Paulo se mostrou mais temeroso do que as circunstâncias pediam. Marcou o San Lorenzo muito atrás e cedeu um enorme corredor pela esquerda de sua defesa que os argentinos exploraram com frequência, embora com pouca eficácia.

Nos primeiros 25 minutos, pelo meio da área, Toloi já ensaiava o repertório de bobagens que redundariam no gol do atacante Cauteruccio exatamente aos 25 do segundo tempo.

Ainda na metade do primeiro, depois de algumas broncas de Muricy, o time adiantou-se e acertou a marcação, mas passou a errar os passes em todas as manobras de ataque. Trocava bolas entre as duas intermediárias, mas não entrava na área do goleiro Torrico.

Aliás, está virando marca registrada: o São erra sempre o último passe, quase sempre o penúltimo, muitas vezes o antepenúltimo.

O jogo continuou nesta toada durante o segundo tempo, antes e depois da lesão que tirou Alan Kardec de campo. O 0 a 0 parecia bom demais para os são-paulinos.

Os argentinos, ao contrário, mostravam vontade, mais vontade do que bola, o suficiente para garantir a vitória com o gol de Cauteruccio após estender um lençol desmoralizante diante do apalermado Toloi.

O São Paulo volta sem nada de Buenos Aires. Com quase nada, conceda-se aos são- paulinos otimistas. Difícil será encontrá-los.