A felicidade verde vai custar caro ao Santos

Dorival e Marcelo: finalíssima da Copa do Brasil valeu mais do que o título

Dorival e Marcelo: final da Copa do Brasil valeu mais do que o título

O Palmeiras ganhou na madrugada desta quinta-feira mais do que o título de campeão da Copa do Brasil.

Provavelmente ganhou um grande técnico, pois, num futebol tão imediatista e apegado apenas aos resultados, não era de estranhar que o perdesse se não tivesse conquistado o caneco.

Sim, ele já está lá. É Marcelo Oliveira, campeão brasileiro em 2013 e 2014 com o Cruzeiro e agora campeão do Brasil com o Palmeiras.

Marcelo também ganhou mais do que o título que, em três oportunidades anteriores, deixara escapar na finalíssima. Ganhou a chance de fazer um Palmeiras mais ao seu feitio, que goste da bola aos pés e saiba variar o ritmo ao longo das partidas.

Chegou-se a vislumbrar um Palmeiras com tais características em alguns poucos jogos desta temporada, mas foi ilusão passageira que logo se desfez nas etapas mais duras do Brasileirão e da Copa do Brasil.

O jogo apressado, de bolas longas e muitos cruzamentos, ganhará variações na próxima temporada, pois certamente o Palmeiras se reforçará para disputar o título da Libertadores com jogadores capazes de dar mais estabilidade à defesa,  consciência ao meio de campo e opções ao técnico no banco.

Campeão da Copa do Brasil, com a perspectiva de faturar bem com os jogos da Libertadores e até – por que não? – de chegar ao Mundial de Clubes no final de 2016,  o Palmeiras ganhou fôlego para fazer novos investimentos.

Um Lucas Lima seria o suficiente para refigurar criativamente o time.

Não adianta, porém, sonhar o impossível. Marcelo Oliveira e Alexandre Mattos que tratem de encontrar soluções no campo do possível.

Ficou muito difícil até para o Santos segurar o craque no Brasil.

O Santos perdeu no Allianz Parque mais do que o título.

Disputar a Libertadores seria a chance de manter um mínimo de viabilidade econômica no próximo exercício. Muito provavelmente o clube vai ter de se desfazer de seu maior craque para salvar o caixa em 2016.

Parte do obrigatório voto de pobreza será debitando na conta de Dorival Júnior, que optou por poupar os titulares nas últimas rodadas do Brasileirão e concentrar todas as forças na decisão da Copa do Brasil.

É verdade que o Santos estaria no G-4 do Brasileirão se tivesse vencido os jogos contra o Coritiba e o Vasco que seus reservas perderam, mas ficou também claro na derrota para o Palmeiras que o time titular já não tinha força para dar conta dos compromissos nas duas frentes – tanto que David Braz,  Gabigol e Thiago Maia, sem condições físicas, não suportaram ficar em campo até o fim.

Talvez Dorival e sua comissão técnica devessem ter optado por mesclar titulares e reservas mais cedo no Brasileirão, como fizeram outras equipes, mas agora é fácil palpitar. O que faltou ao Santos nesta temporada foi um elenco mais numeroso.

Falta investimento no futebol profissional ao clube que toca com tanta competência as divisões de base.

É incrível como, graças a um trabalho persistente e bem feito, o clube tem facilidade para revelar talentos e enorme dificuldade para administrar o futebol como negócio, arrecada pouco na bilheteria, não amplia a base pagante de sócios torcedores e não motiva eventuais patrocinadores.

Por tudo isso, mais uma vez o Santos vai ser obrigado a desmontar uma equipe que em campo se mostrou capaz de fazer a felicidade de seus torcedores nos próximos tempos. Não será fácil o ano de 2016 para os santistas.

Hoje a felicidade é verde.

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