Imagem: Beneclick
Poucas horas depois da conquista do título brasileiro de 2003, perguntei ao maior craque do melhor Cruzeiro de todos os tempos:
– O Alex teria vaga naquele time?
E Tostão me respondeu, de pronto:
– Ele teria de jogar na minha posição ou na do Dirceu e acho que está no mesmo nível da gente. Como jogávamos com um volante, o Piazza, dois meias, o Dirceu Lopes e eu, dois pontas e um centroavante, poderíamos também tentar uma mudança tática para encaixar o Alex sem tirar um de nós dois.
Haverá elogio maior ao regente daquele Cruzeiro campeão de 2003?
Os craques sempre se rendem ao talento incomum deste meia que, em três passagens anteriores pelo Palmeiras, brilhara com igual intensidade e por isso será homenageado hoje à noite, em reconhecimento raro no nosso futebol, com um jogo oficial de despedida no Allianz Parque. Devidamente autorizado por Ademir da Guia, a quem se achou no dever de pedir permissão, Alex vestirá a camisa 10.
Basta conferir uma pequena parte da lista de craques que confirmaram presença na festa para entender a importância de Alex na história do nosso futebol: além do próprio Ademir, estarão lá Djalminha, Edmundo, Evair, Felipe, Gamarra, Júnior, Leonardo, Marcos, Rivaldo, Zico e Zinho.
Os muito palmeirenses que me perdoem, mas, dentre os vários textos que já escrevi sobre este craque marcado por certa aura intelectual, hoje acentuada pelo ar grave que lhe impõem os óculos de grau e pela lúcida atuação como um dos líderes do Bom Senso, reproduzo, a seguir, A bola pequenina do craque Alex, publicado no site NoMínimo uns quatro meses antes de ele se sagrar campeão brasileiro de 2003. Continuar lendo →