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A evolução, segundo Oswaldo e Doriva

De Oswaldo de Oliveira após a derrota por 2 a 1 para o Figueirense:

– É um time evoluindo, se adaptando, com altos e baixos.

O Palmeiras é o 15ª colocado no Brasileirão, com seis pontos, uma vitória, três empates e duas derrotas, tendo marcado seis gols e sofrido seis.

De Doriva, pós a derrota por 2 a 0 para o Atlético Paranaense:

– Acredito que houve evolução, temos de continuar evoluindo para buscar a primeira vitória.

O Vasco é o penúltimo colocado, com três pontos, três empates, três derrotas, tendo marcado apenas um gol e sofrido nove.

O Vasco de Doriva continua sem vencer no Brasileirão

Nilmar: um gol e homenagem a Romário

Nilmar: um gol e homenagem a Romário em São Januário

E o Vasco de Doriva fecha a participação na terceira rodada do Brasileirão com o terceiro empate seguido. Desta vez, pelo menos fez um golzinho.

Em São Januário, saiu perdendo para o Internacional por 1 a 0, com um gol de Nilmar aos 45 minutos do primeiro tempo, mas chegou ao 1 a 1 aos 35 do segundo, gol do volante Lucas.

O Inter, quase todo reserva, já se virava em campo com dez contra 11, mas o Vasco fazia por merecer pelo menos o empate após criar e  desperdiçar chances inacreditáveis para fazer o gol.

Partiu do único titular colorado uma surpreendente homenagem a um antigo e incomparável goleador vascaíno: Nilmar comemorou 1 a 0 fazendo uma solene reverência à estátua de Romário  em São Januário.

A alguns pode ter parecido ironia. Foi uma homenagem emocionada, explicou o craque colorado ao sair de campo:

– Romário sempre foi o meu maior ídolo no futebol. Se eu jogasse 1% do que ele jogou…

Doriva tem de vencer o Internacional

Doriva: semana complicada

Doriva: semana complicada

A cinco dias de fazer 43 anos, Dorival Guidoni Júnior, paulista da pequena Nhandeara, está vivendo no Rio de Janeiro as primeiras agruras como treinador de futebol e precisa conduzir o seu Vasco a uma vitória sobre o Internacional às 18h30 deste sábado, dia 23, para não sair de São Januário de mal com a torcida que, há três semanas, o saudava como comandante do campeão carioca.

Depois de quatro empates seguidos, dois pelo Brasileirão, dois pela Copa do Brasil, três deles por 0 a 0, não falta vascaíno disposto a apupar o ‘retranqueiro’ que deu forma ao Ituano campeão paulista de 2014 e a este Vasco que, depois do título carioca, tem como aspiração mais viável em 2015 escapar do retorno à Segundona em 2016.

Doriva vai fazendo competente sua parte no esforço para manter o Vasco pelo menos naquela parte cinzenta da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro em que não estão os candidatos a uma vaga na Libertadores nem os condenados ao rebaixamento. Com alguma sorte, dá até para sonhar com uma vaga na Copa Sul-Americana.

Ele não escolheu o time que está treinando, não bate nem desperdiça pênaltis, não chuta a gol e, portanto, pode se dar por satisfeito quando vê o Vasco dominando os jogos, embora o domínio não se reflita no placar. E seu trabalho conta até agora com o reconhecimento do presidente Eurico Miranda, que tem muitos defeitos, mas não o de se intrometer no dia a dia dos treinamentos.

Doriva é o 12º treinador a tentar dar um jeito no Vasco de 2010 para cá – e o segundo a conquistar um caneco; o outro foi Ricardo Gomes, campeão da Copa do Brasil em 2011.

Por que diabos, então, Doriva vive seus primeiros dias de agruras como treinador empregado em um grande clube?

Como não é bobo, o jovem treinador já deve ter sacado que as limitações do elenco vascaíno, exceção feita ao goleiro Martín Silva e a alguns jovens promissores que ele pouco tem escalado nos jogos importantes, vão afligi-lo até o fim da temporada e progressivamente aumentarão a impaciência dos nunca pacientes torcedores vascaínos.

Se não bastassem os problemas caseiros, o técnico do Vasco ainda teve de conviver nos últimos dias com uma inoportuna proposta do Grêmio para trocar o Rio por Porto Alegre e um timinho fraco por outro. Resolveu ficar onde está, mas certamente perdeu a concentração para o jogo tão importante desta noite contra os reservas do Internacional.

Além de não conseguir o que queria, o cartola gremista Romildo Bolzan atrapalhou o trabalho de Doriva e, atrapalhado como todo bom cartola, acabou ajudando o Inter. Os colorados agradecem.

Em São Januário, quem rola a bola é o apóstolo

Na véspera de decidir com o Botafogo o título carioca, depois de 12 anos de jejum, o Vasco não treinará em São Januário.

No sábado, 2 de maio, Doriva vai levar a garotada e os velhinhos para treinar na Urca.

A casa dos vascaínos estará tomada pelos fieis da Igreja Mundial do Poder de Deus que participarão de um culto capitaneado pelo Valdemiro Santiago.

Doriva não é o único a perder o sono com o Vasco

Doriva contra Bota 1Doriva tenta, contra o Botafogo, interromper  jejum vascaíno de 12 anosImagem: Beneclick

Não foi exatamente o time que venceu o Botafogo numa noite de quinta-feira e conquistou antecipadamente o título carioca de 1970, mas estes eram os titulares do técnico Tim naquela temporada: Andrada; Fidélis, Moacir; Renê e Eberval; Alcir e Buglê; Luiz Carlos; Valfrido, Silva e Gilson Nunes.

Com a gloriosa exceção do goleiro Andrada e do ponta de lança Silva, eram majoritariamente jogadores medianos, alguns ruins de doer. Não é um time que dê saudade aos vascaínos, mas foram estes onze que encerraram um jejum de 12 anos, pois o último título carioca tinha sido conquistado em 1958.

Naquele 17 de setembro de 1970, o Maracanã recebeu 59.110 pagantes para ver a vitória vascaína por 2 a 1 sobre um adversário que contava com o zagueiro Leônidas, o volante Nei Conceição e dois atacantes fora de série – Jairzinho e Paulo Cesar Caju, campeões do mundo no México três meses antes.

Não é difícil imaginar as dificuldades do mitológico Tim para armar aquele Vasco contra um adversário que lhe era tão superior tecnicamente.

Grande craque nos anos 1930/40, Elba de Padua Lima era um técnico tão excepcional que tinha dado ao Bangu o título carioca de 1966 e levaria a seleção do Peru a disputar em 1982 sua última Copa do Mundo, mas sofreu muito com aquele Vasco de 1970.

Conta-se que, certa madrugada, encontrando-o diante dos botões espalhados na mesa de jantar em que costumava ensaiar variações antes de treiná-las com os jogadores em campo, sua filha não se conteve:

– Papai, vem dormir, já está tarde demais…

– Minha filha, você diz isso porque não sabe o que é treinar um time com o Valfrido de centroavante!

Sem comparar o técnico atual a Tim, que era incomparável, nem os atacantes atuais ao Valfrido, fico imaginando quantas noites de sono tem custado a Doriva comandar este Vasco que hoje encara o Botafogo na tentativa de outros 12 anos de jejum.

Doriva não é o único que perde o sono com este Vasco tão mediano que vem comandando competentemente desde o começo do ano. Aqui em casa mesmo, há mais de um vascaíno insone.