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Tite já tem programa para as férias

Submetido a uma série de perguntas enviadas por internautas a pedido do Estadão, Tite teve o seguinte diálogo virtual como a corintiana Lívia Karina:

– Como você vai aproveitar as férias?

– Já pedi para o pessoal da informática pegar os melhores momentos de cada jogo que a gente fez no ano. Vou ficar fazendo churrasco em casa e curtindo alguns jogos emblemáticos que a gente fez para relembrar a temporada.

Não falta muito para que Tite, ótimo meia em seus tempos de boleiro, resolva seguir como técnico o conselho que Neném Prancha dava aos goleiros:

…deve dormir com a bola. Se for casado, dorme com as duas.

Dona Rose não vai gostar.

Vascaínos se dividem entre a alegria e a preocupação

Alegria maior a torcida vascaína não tem desde a conquista do título carioca em 3 de maio: serão 11 dias sem perder nenhum jogo no Brasileirão, pois, depois da derrota desta quarta-feira para o Corinthians por 3 a 0, o time só voltará a campo no segundo domingo de agosto, dia 9, para enfrentar o Joinville no Maracanã.

Até lá, o Vasco vai ficar treinando, treinando, treinando, o que talvez deva preocupar os seus torcedores.

Treinar muito é para quem sabe, ensinava Neném Prancha, filósofo da bola que se dividia entre o Botafogo e o futebol de praia em Copacabana:

– Time ruim, quanto mais treina, pior fica.

Hoje é dia de todos os Messi

Messi colagem final CALionel Messi: o grande trunfo da Argentina para encerrar o  jejum de exatos  22 anos 

Se ainda estivesse em campo, o vascaíno Carlos Drummond de Andrade diria que hoje jogarão Messi.

A concordância poética traduz melhor do que o rigor gramatical a multiplicidade do craque que pode conquistar o título da Copa América no Estádio Nacional de Santiago e, assim, encerrar o jejum de mais de duas décadas anos vivido pela seleção argentina.

Lionel Messi era um garotinho de seis anos quando a seleção principal da Argentina conquistou um título pela última vez, coincidentemente num 4 de julho, derrotando o México por 2 a 1 na final da Copa América de 1993 em Guayaquil.

Outro torcedor ilustre e bom conhecedor dos caminhos e descaminhos do mundo da bola, o botafoguense Neném Prancha dizia, nunca se sabe o quanto copidescado por João Saldanha ou Sandro Moreyra: um craque é “que nem sorveteria, tem várias qualidades”.

Estava falando de Messi, é claro, embora tenha morrido no Rio 11 anos antes do nascimento do craque em Rosário.

Mais do que Mascherano, Pastore, Agüero e Di Maria, estrelas de primeira grandeza da trupe comandada por Tata Martino, é o múltiplo Messi que carregará, a partir das 17 horas, o peso de repetir o feito de Fernando Redondo, Diego Simeone e Gabriel Batistuta há exatos 22 anos.

O peso jamais encolhe o futebol do melhor jogador do mundo, uma cracaço que enxerga o jogo em 360 graus, povoa todas as faixas do campo de ataque, rouba a bola ao adversário com incrível precisão, alterna a arrancada irresistível e o toque refinado, distribui assistências como se estivesse chupando um chicabom do sorveteiro Nelson Rodrigues.

E faz gols, muitos gols, embora nesta Copa América tenha feito apenas um, e de pênalti, no 2 a 2 da estreia contra o Paraguai.

Os chilenos devem imaginar o risco que estarão correndo se ele resolver se reencarnar novamente em artilheiro logo hoje que a Argentina precisa tanto de gols.

E não vamos falar do Chile, anfitrião que jamais conquistou o título da Copa América e adversário da Argentina logo mais? Ora, o Chile não tem Messi.

Messi só existe um.