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Sneijder anuncia faca em terra de esfaqueados

Reprodução do Twitter

Reprodução do Twitter

Pegou muito mal para o meia Wesley Sneijder anunciar um requintado jogo de facas com a marca do Galatasaray, seu clube atual, ao se completarem 15 anos da morte de dois torcedores do Leeds United, esfaqueados em Istambul na véspera de um jogo das semifinais da Copa da Uefa.

O craque holandês fez o anúncio infeliz no Twitter.

E no Twitter  teve de se desculpar: “Muito triste. Eu não sabia disso e já tirei a promoção de minha página”.

Por irônica coincidência, Sneijder tem como companheiro no meio de campo do Galatasaray o volante Felipe Melo, aquele que sempre parece jogar com a faca entre os dentes e se despediu da Seleção, aos 28 minutos do segundo tempo da derrota por 2 a 1 para a Holanda nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010, após pisar em Arjen Robben e receber cartão vermelho.

O diabo veste vermelho

Dedo

O Internacional lidera o Campeonato Gaúcho, dois pontos à frente do Grêmio, e é o segundo colocado em seu grupo na Libertadores, com o mesmo número de pontos do líder Emelec, mas vive dias de turbulência.

O técnico Diego Arrigue vem enfrentando diariamente a ira de torcedores insatisfeitos com o rendimento técnico do time e o boicote de dirigentes que morrem de saudade de Abel Braga e até de Celso Roth.

Jogadores têm sido igualmente perseguidos pela porção mal humorada da nação colorada, um tipo de relação com o time que até recentemente não se via no Beira-Rio.

Na noite desta quarta-feira, dia 1º, o time penou para vencer por 1 a 0  Ypiranga em jogo  adiado desde a sexta rodada do Gauchão, e mais uma vez enfrentou a ira de parte da torcida no Beira Rio.

O lateral Fabrício, que nunca foi um exemplo de serenidade, perdeu a paciência aos 18 minutos do segundo tempo, quando o meia Anderson já tinha sido expulso e o placar ainda não saíra do 0 a 0, e reagiu às vaias com gestos obscenos, segundo o registro dos meios de comunicação brasileiros, generalizando o  que os franceses especificam elegantemente como le doigt d’honneur.

Descrevendo, para facilitar o entendimento: Fabrício agitou as duas mãos em direção à torcida, exibindo em cada uma o dedo médio levantado ao mesmo tempo em que recolhia para si os demais.

Foi expulso do jogo pelo árbitro Luís Teixeira e suspenso das atividades no Inter pelo presidente Vitorio Piffero. Até segunda ordem, não sabe se continuará vestindo o vermelho da discórdia.

Fala, Galvão!

Galvão BuenoEm parceria com o jornalista Ingo Ostrovsky, editor-chefe do SporTV, Galvão Bueno resolveu dar uma resposta bem humorada à gente que, nas redes sociais, insiste em mandá-lo calar a boca: um livro de memórias apropriadamente intitulado Fala, Galvão!

Com prefácio do fenômeno Ronaldo, o livro relembra a carreira do narrador e histórias de sua convivência com grandes estrelas do automobilismo e do futebol ao longo de quatro décadas.

A dupla lançará o livro na semana que vem em São Paulo (terça-feira, dia 7, a partir das 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional), em Salvador (quarta-feira, 8, a partir das 19 horas, na Livraria Cultura do Salvador Shopping) e no Rio (quinta-feira, 9, a partir das 19, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon).

O adeus de um craque incomparável

Alex - 28.3.2015Imagem: Beneclick

Poucas horas depois da conquista do título brasileiro de 2003, perguntei ao maior craque do melhor Cruzeiro de todos os tempos:

– O Alex teria vaga naquele time?

E Tostão me respondeu, de pronto:

– Ele teria de jogar na minha posição ou na do Dirceu e acho que está no mesmo nível da gente. Como jogávamos com um volante, o Piazza, dois meias, o Dirceu Lopes e eu, dois pontas e um centroavante, poderíamos também tentar uma mudança tática para encaixar o Alex sem tirar um de nós dois.

Haverá elogio maior ao regente daquele Cruzeiro campeão de 2003?

Os craques sempre se rendem ao talento incomum deste meia que, em três passagens anteriores pelo Palmeiras, brilhara com igual intensidade e por isso será homenageado hoje à noite, em reconhecimento raro no nosso futebol, com um jogo oficial de despedida no Allianz Parque. Devidamente autorizado por Ademir da Guia, a quem se achou no dever de pedir permissão, Alex vestirá a camisa 10.

Basta conferir uma pequena parte da lista de craques que confirmaram presença na festa para entender a importância de Alex na história do nosso futebol: além do próprio Ademir, estarão lá Djalminha, Edmundo, Evair, Felipe, Gamarra, Júnior, Leonardo, Marcos, Rivaldo, Zico e Zinho.

Os muito palmeirenses que me perdoem, mas, dentre os vários textos que já escrevi sobre este craque marcado por certa aura intelectual, hoje acentuada pelo ar grave que lhe impõem os óculos de grau e pela lúcida atuação como um dos líderes do Bom Senso, reproduzo, a seguir, A bola pequenina do craque Alex, publicado no site NoMínimo uns quatro meses antes de ele se sagrar campeão brasileiro de 2003. Continuar lendo

Futuro versus passado num encontro de campeões

Dunga e  Deschamps: descontração antes de França x BrasilFoto: Rafael Ribeiro/CBF

O que estará passando pela cabeça sempre centrada do gaúcho Carlos Caetano Bledorn Verri quando entrar no Stade de France na noite parisiense desta quinta-feira para comandar a Seleção no amistoso contra Les Bleus que, aqui no Brasil, vamos acompanhar a partir das 17 horas?

Se já não bastasse o cenário em que, no dia 12 de julho de 1998, se desfez a primeira versão do sonho do penta, o capitão daquela Seleção vai reencontrar, tão logo desça ao gramado, o homem que capitaneou monsieur Zidane e companhia menos ilustre nos 3 a 0 que deram o primeiro, até agora único, título mundial à França.

É impossível que não passem pela cabeça do nosso Dunga, ao rever Didier Deschamps no Stade de France, as preocupações e decepções vividas naquele domingo inesquecível de 1998. São outros os tempos, são outras as circunstâncias, mas o reencontro dos dois capitães de campanhas memoráveis das seleções que agora treinam será mais do que um embate técnico e tático.

Dunga e Deschamps trabalham hoje para devolver suas seleções ao primeiríssimo nível do futebol mundial, mesclando jovens e veteranos para as batalhas realmente importantes que têm pela frente – a Copa do Mundo de 2018, mais do que tudo, mas, antes de mais nada, a Copa América de daqui a pouco, para o brasileiro, e a Eurocopa do ano que vem, para o francês.

É este ensaio do futuro que veremos hoje em Saint-Denis. Nem por isso a cabeça de Dunga deixará de visitar o passado.

Talvez até recorde um lance que não quis discutir naquele 12 de julho: o empurrão que levou de Zidane no segundo gol francês, já nos descontos do primeiro tempo, e foi solenemente ignorado pelo árbitro marroquino Said Belqola. Confira aqui, a partir de 2min45 do vídeo.

Ainda no Stade de France, perguntei ao nosso capitão:

– O Zidane não fez falta em você antes de cabecear a bola do segundo gol?

E ele me fez outra pergunta:

– Você acha que eu vou comentar isso depois que a gente perdeu por 3 a 0?

Ronaldinho Gaúcho faz a festa no México

Ronaldo de Assis Moreira faz 35 anos neste sábado. Nosso Ronaldinho Gaúcho poderia ficar na história do futebol como um dos maiores jogadores de todos os tempos, mas acabou em Querétaro, nome da cidade e do clube que o abrigam desde setembro do ano passado.

Ontem, tendo entrado em campo já no segundo tempo, ele até ajudou o Querétaro a vencer o Atlas por 2 a 0. Foi a segundo vitória em nove jogos do seu time no Campeonato Mexicano.

Hoje, rola festa o dia inteiro no condomínio onde mora o craque. Não será a primeira nem a segunda e certamente nem a última desde que o craque de outros tempos desembarcou em Querétaro.

Pechincha

LeBron James tenta há meses vender por US$ 17 milhões sua mansão em Coconut Grove, bairro de muitas celebridades em Miami. Não é uma mansão qualquer: tem 1.581 metros quadrados de área construída e conta com um píer para dois iates.

Como não encontrou comprador até agora, o superastro da NBA está baixando a pedida para US$ 15 milhões.