Arquivo diário: 17 de abril de 2015

O futebol do Rio está sumindo do mapa

Esqueça-se o Corinthians, que vendeu 115.092 ingressos em três jogos da Libertadores no Itaquerão, e lidera com folga a lista dos clubes brasileiros que mais arrecadaram na bilheteria em  2015 – R$ 25.082.953 no total.

Vamos, então, ao segundo da lista: o Palmeiras que faturou R$ 19.144.660 e, como o Flamengo, está disputando o campeonato estadual e a Copa do Brasil. O terceiro é o próprio Fla, que faturou nas bilheterias, até agora, R$ 6.835.717.

Os dados levantados por Rodolfo Rodrigues em seu blog Futebol em Números, publicado no UOL, escancaram a distância econômica entre São Paulo e Rio.

A média de público é menos desigual: Corinthians – 31.335 por jogo; Palmeiras,  27.739;  Flamengo, 18.103.

Não se esqueça também: o futebol paulista terá sete dos 40 times que disputarão a  segunda fase da Copa do Brasil e o Rio será representado apenas por Flamengo, Botafogo e Vasco. O Fluminense, graças ao sexto lugar no Brasileirão de 2014, entrará diretamente nas oitavas de final.

E tem mais: Corinthians e São Paulo estão na Libertadores com os mineiros Atlético e Cruzeiro e o gaúcho Internacional. Os times que foram eliminados até entrarão com o Flu nas oitavas da Copa do Brasil.

O futebol do Rio que se cuide!

Vaia é assédio moral, diz o doutor

Imagem: Beneclick

        Imagem: Beneclick

Declaração do doutor Roberto Hallal ao repórter Ricardo Napolitano, do jornal O Dia  sobre as vaias da torcida vascaína que levaram o jogador Bernardo às lágrimas durante os 3 a 2 sobre o Rio Branco do  Acre, em São Januário, na noite da quarta-feira, 15 de abril, pela Copa do Brasil.

– Falam de injúria racial, mas esquecem que o que  mais se pratica em estádios de futebol é o assédio moral, que é tão grave quanto o racismo. E o jogador não é preparado para isso. É desse tipo de coisa que surge a depressão, o desânimo com a profissão, o luto, que é um termo que utilizamos na área.

Bernardo é aquele meia que chegou ao Vasco em 2011 e, embora talentoso, nunca se firmou na equipe, passou uma temporada no Santos e outra no Palmeiras sem mostrar muito serviço, voltou para São Januário e continua sendo apenas a promessa que pintou nos juniores do Cruzeiro. É mais chegado às baladas do que aos treinos.

Roberto Hallal é aquele psicanalista que, após cuidar do botafoguense Jobson, apareceu ao seu lado numa entrevista coletiva em março de 2012 para anunciar:

– A situação do Jobson é promissora. O estado dele me faz ter a certeza de que vale a pena investir no ser humano. Se continuar como está, que o Neymar se prepare para ter um novo companheiro no ataque da Seleção.

Noite colorada na Libertadores

Torcida do Inter 1Torcida do Internacional faz festa em Santiago do ChileImagem: Beneclick

O melhor que o Corinthians fez na noite desta quinta-feira  foi finalmente estrear o telão em LED de 30 x 7.5 metros no setor oeste do Itaquerão. No gramado, o time mostrou pouco diante do San Lorenzo, não saiu do 0 a 0 e deixou mais uma vez a impressão de que pode ter alcançado um bom nível técnico e físico muito cedo e agora estaria pagando o custo da antecipação.

De qualquer maneira, o 0 a 0, embora frustrante, garantiu o Corinthians nas oitavas de final da Libertadores. Pior para o São Paulo, que ficou com a obrigação de vencer o Corinthians no Morumbi para se classificar sem depender do resultado do San Lorenzo, também em casa, contra o Danúbio.

Em compensação, em Santiago, o Internacional mostrou que está em ascensão, goleou a Universidad de Chile por 4 a 0, ainda se deu ao luxo – ou descaso – de perder um pênalti e precisa apenas empatar com o The Strongest em Porto Alegre para fechar a primeira fase como o primeiro colocado do Grupo 4.

Embora o time boliviano esteja a apenas um ponto do Inter, só venceu em casa, na altitude de La Paz. Fora, perdeu os dois jogos que disputou, como deve perder no Beira Rio.