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Arbitragem: CBF diz que confia em todos, mas pune alguns

No começo da tarde desta quinta-feira, ainda atordoada com a avalanche de críticas ao desempenho dos árbitros em alguns jogos da véspera, a Comissão de Arbitragem da CBF divulgou uma nota oficial em defesa dos criticados. Alguns pontos da nota:

♦ O percentual de acerto dos árbitros chega a 90%.

♦ Sabemos que os erros repercutem mais porque mexem com a emoção de jogadores, dirigentes e torcedores.

♦ A Comissão de Arbitragem confia na honestidade de todos eles e não duvida da lisura de suas atuações.

Mais para o fim da tarde, a Comissão de Arbitragem confessou que alguns “desempenhos analisados por Delegados Especiais e Assessores de Vídeo” foram considerados “abaixo do padrão estabelecido” e anunciou que resolveu afastar “por tempo indeterminado”:

♦ o árbitro Emerson Sobral e o bandeirinha Bruno César, de Ponte Preta 1 x 2 Cruzeiro;

♦ os bandeirinhas Elan Vieira e Marlon Rafael, de Atlético Paranaense 1 x 0 Atlético Mineiro;

♦ o bandeirinha  Fábio Pereira, de Corinthians 2 x 0 Fluminense;

♦ o bandeirinha Marcelo Barison, de Goiás 1 x 0 Palmeiras.

E para Marcelo de Lima Henrique nada?

Fifa não indica nenhum juiz brasileiro para Mundial

Não há nenhum brasileiro entre os 21 árbitros e 42 assistentes indicados hoje pela Fifa para atuar no Mundial Sub-17 que será disputado em campos do Chile entre 17 de outubro e 8 de novembro.

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, também não irá ao Chile. Deve ser em protesto contra a escala da Fifa.

Palmas para Dilma que ela merece

Dilma: veto acertado

Dilma: veto irrita árbitros

Bombardeada por todos os lados, a presidente Dilma Rousseff virou alvo também da tal Associação Nacional dos Árbitros de Futebol porque, muito acertadamente, vetou o artigo da Medida Provisória 671, transformada em lei pelo Congresso, que repassava às equipes de arbitragem 0,5% do direito de arena devido a quem faz o espetáculo em campo – os jogadores, claro.

O árbitro está lá para fazer “cumprir as regras do jogo”. São pagos para soprar o apito. Embora alguns sejam bastante exibidinhos, eles não fazem o espetáculo. Muitas vezes, atrapalham.

Agora, estão ameaçando fazer greve se não receberem parte do dinheiro que, por direito, é dos donos do espetáculo.

Você conhece alguém que liga a televisão num jogo de futebol para ver o árbitro?

A bola rola pouco no Brasileirão

O levantamento é da própria CBF: nas 13 primeiras rodadas do Campeonato Basileiro, o tempo médio de bola em movimento foi de 55,05 minutos por jogo.

São três minutos a mais em comparação com o Brasileirão de 2014, mas quase cinco minutos menos do que o mínimo recomendado pela Fifa.

Fred detona Flamengo e agradece ao garoto Gerson

Após marcar terceiro gol, Fred reverencia Gerson

Após marcar terceiro gol, Fred reverencia Gerson

Alguma coisa está acontecendo no futebol brasileiro além da tradicional troca de treinadores: pela segunda vez consecutiva, o Flamengo é prejudicado pela arbitragem.

Na terceira rodada do Brasileirão, o Fla de Vanderlei Luxemburgo foi derrotado pelo Avaí com um gol ilegal; agora há pouco, pela quarta rodada, o Fla de Cristóvão Borges perdeu por 3 a 2 para o Fluminense, que abriu o placar com um pênalti inventado por Sandro Meira Ricci.

Foram dois gols de Fred e um, contra, de Pará  num clássico marcado por mais uma bela atuação do garoto Gerson, que, contundido, teve de sair de campo aos 6 minutos do segundo tempo, bem na hora em que o árbitro, como se quisesse compensar o pênalti mal marcado, tinha expulsado erradamente o lateral Giovanni.

Antes de sair, ainda na comemoração do terceiro gol tricolor, Gerson foi reverenciado por Fred, que se ajoelhou no gramado do Maracanã para beijar seus pés em agradecimento à bola redondinha que dele recebeu.

O garoto que fez 18 anos no dia 20 deixou o Flu vencendo por 3 a 1, mas o Fla ainda conseguiu diminuir para 3 a 2 aos 40 minutos.

A vitória deixa o Flu em oitavo lugar, a um pontinho só do G-4, e afunda o Flamengo na zona de rebaixamento, uma posição à frente do lanterninha Joinville, mas atrás de Cruzeiro, que perdeu por 2 a 1 para o Figueirense no outro jogo da noite, e Vasco, que já tinha sido trucidado à tarde pelo Atlético Mineiro.

A Turquia dará as ordens na festa de Juve e Barça

Cüneyt Çakir vai apitar Juventus x Barcelona

Cüneyt Çakir vai apitar Juventus x Barcelona

Fique de olho no apito quando começar a rolar a bola no Estádio Olímpico de Berlim daqui a 19 dias, um sábado, 6 de junho: o árbitro, os bandeirinhas, os dois auxiliares que ficam atrás da linha do gol e mais um árbitro reserva, pois a Uefa é precavida, serão todos turcos.

A exceção é o quarto árbitro – o sueco  Jonas Eriksson.

Cüneyt Çakir, de 38 anos, com quase dez de carreira internacional, será o árbitro do Juventus x Barcelona que dedidirá o título da Liga dos Campeões da Europa.

Na Copa do Mundo de 2014, ele apitou dois jogos que acabaram em 0 a 0: Brasil x México, na fase de grupos, e a semifinal Holanda x Argentina. Os argentinos ganharam nos pênaltis o direito de perder o título mundial para os alemães na final.

E foi ele também o árbitro de Corinthians 1 x 0 Chelsea na final do Mundial de Clubes de 2012.

Não é nada, não é nada, o futebol turco estará na finalíssima da Liga dos Campeões da Europa.

Torcida do Boca agride time do River e jogo não termina

Delegado da Conmebol confabula com árbitro

Delegado da Conmebol confabula com árbitro

De volta ao batente, Tostão contou em sua coluna do domingo na Folha que tentou ver alguns jogos da Libertadores em seus dias de férias em Roma, mas não encontrou nenhum canal europeu que os mostrasse.

Você tentou ver o Boca x River desta quinta-feira que deveria ter definido o rival do Cruzeiro nas quartas de final da Libertadores?

Então, entendeu por que a mais importante competição de clubes do futebol das Américas não interessa às televisões da Europa. Por razões parecidas, a tevê brasileira também não mostra os jogos do futebol de várzea.

Lá na Bambonera, o River ia segurando o 0 a 0 que lhe bastava para a classificação após ter vencido em casa por 1 a 0, mas seus jogadores foram bombardeados com gás pimenta por torcedores do Boca no caminho de volta ao campo após o intervalo e, é claro, o jogo não foi reiniciado.

Durante infindáveis minutos, árbitro, delegado da Conmebol, dirigentes e técnicos das duas equipes e os aspones das mais variadas procedências ficaram discutindo o que fazer.

Boa parte da torcida foi embora, sabendo que não havia condições para que a bola voltasse a rolar. Bastava ver a imagem de alguns jogadores do River atingidos e queimados pelo spray.

Demorou quase duas horas até que o senhor Darío Herrera decidisse não prosseguir o jogo, quando o regulamento da competição limita em 45 minutos o prazo para que o árbitro tome uma decisão.

É a nova escola sul-americana de arbitragem, como deixou claro o ex-árbitro Leonardo Gaciba, que comenta a atuação de seus coleguinhas no SporTV, ao dizer que mais importante do que a regra é o bom senso para evitar a irritação dos anfitriões e dos torcedores.

Gaciba repete na telinha o comportamento comum a quase todos os árbitros brasileiros com o apito: mais do que a regra, vale a acomodação. O negócio é fazer média.

Os europeus sabem o que estão perdendo.