Maria Antonieta, nossa copeira mais vascaína do que a Fátima Bernardes, não gostou da nota Semana de aflição para Vasco, Figueirense e Avaí que este blogueiro aqui postou na segunda-feira e, depois de passar a terça fazendo e refazendo contas, se chegou hoje para reclamar:
– Qual é, chefinho? Que história é essa de que “o Coritiba está quase salvo” e “o Vasco não tem mais como alcançá-lo”? Você não faz as contas antes de escrever, não?
E, como se estivesse ensinando tabuada a uma criança da sua Cachoeira do Riacho do Sangue natal, tratou de me mostrar as contas que ela fez:
– Para a gente se salvar da Segundona, basta ganhar do Curitiba por oito gols de diferença e o Corinthians não perder para o Avaí. Sem essa de precisar do Fluminense… eles podem apanhar de quanto quiserem do Figueirense, não é problema nosso.
O otimismo ou, melhor, a fé desta gente vascaína comove o mais empedernido materialista e, nas rodadas recentes do Brasileirão, tem removido barreiras quase irremovíveis.
Dê uma espiadinha nas redes sociais e você verá que nossa Maria Antonieta não é uma crente solitária.
Ídolos, como Geovani, Edmundo e Mauro Galvão, e torcedores famosos, como Camila Pitanga, Fátima Bernardes e Bruno Mazzeo (que postou em sua conta no Twitter: #EuEscolhiAcreditar desesperadamente), estão tão crentes quanto a nossa Maria Antonieta de que o Vasco, sabe-se lá por que milagre, vai escapar da terceira descida à Segundona em menos de uma década.
Além da matemática muito otimista, nossa Maria Antonieta alega um motivo futebolístico para apostar no milagre:
– O Riascos está com fome de gol?
– O Riascos? Por quê?
– Até agora, ele ficou em jejum quase completo. Fez só quatro golzinhos no campeonato… Tá com fome, claro.
Tão convencida está de que Riascos vai matar a própria fome e empanturrá-la de felicidade no domingo, Maria Antonieta já cuida dos ingredientes para preparar e enviar ao ‘artilheiro’ colombiano, na segunda-feira, uma fornada de brioches.
– E se o Riascos continuar de jejum no domingo? – quis saber um engraçadinho da minoria não vascaína da redação.
– Nunca mais eu faço um brioche na vida.
– E como é que a gente fica, Maria Antonieta?
– Não tem brioche? Comam pãozinho.
Uma vez Maria Antonieta, sempre Maria Antonieta.