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Olha a Libertadores aí, gente

Cinco times brasileiros, os melhores da temporada passada, não terão tempo para festa nem para luto nesta segunda-feira, 20, que se segue ao domingão que definiu as finais dos mais importantes campeonatos estaduais do país da bola.

Estarão todos envolvidos, alguns correndo risco de vida, em jogos decisivos da Libertadores.

Começa daqui a pouco para o Cruzeiro a batalha que fecha a fase de grupos da competição. Cansado de guerra, derrotado pelo rival Atlético, o campeão brasileiro abre a rodada de vida ou morte já amanhã.

São os seguintes os jogos do meio de semana:

Terça-feira, 21

Cruzeiro x Universitario Sucre – às 20h30, no Mineirão

Quarta-feira, 22

Internacional x The St rongest – às 17H30, no Beira-Rio

Atlético Mineiro x Colo-Colo – às 19h45, no Independência

São Paulo x Corintians – às 22 horas, no Morumbi

A festa é dos torcedores no domingão das semifinais

Tite abraça Oswaldo no ItaquerãoFesta verde no Itaquerão: Owaldo Oliveira recebe o abraço de TiteImagem: Beneclick

No Mineirão, de virada, o Atlético venceu por 2 a 1 o Cruzeiro, que jogou metade do segundo tempo com dez, e vai decidir o título mineiro com o vencedor de Caldense x Tombense, que começa às 18h30.

No Beira-Rio, o Internacional despachou o Brasil de Pelotas sem muita dificuldade, chegou a abrir 3 a 0, mas fechou a conta em 3 a 1. Mais um Gre-Nal decidirá o Gauchão.

No Maracanã, graças a um pênalti marcado como rigor incomum pelo árbitro Rodrigo Nunes de Sá, o Vasco venceu o Flamengo por 1 a 0 e vai fazer com o Botafogo uma final que o Campeonato Carioca viveu pela última vez em 1997.

No Itaquerão, o Palmeiras fez 1 a 0, o Corinthians virou para 2 a 1, o Palmeiras chegou ao 2 a 2 e a decisão da primeira vaga nas finais do Paulistão foi para os pênaltis.

O Palmeiras venceu por 6 a 5, tirando das finais o único time invicto em todo o campeonato. O adversário será definido daqui a pouco na Vila Belmiro: Santos ou São Paulo.

A torcida fez a festa no domingão das semifinais: 48.221 pagantes no Maracanã, 40.362 no Mineirão, 38.457 no Itaquerão, 23.530 no Beira-Rio. A conta não inclui milhares de penetras, convidados especiais e profissionais em serviço.

ATUALIZAÇÃO

No Ronaldão, em Poços de Caldas, o Caldense venceu o Tombense por 2 a 0 e, como foi o time de melhor campanha na primeira fase do  Campeonato Mineiro, vai à final com o Atlético com a vantagem de jogar por dois empates e e fazer a finalíssima em casa. Público: 4.534 pagantes.

Na Vila Belmiro, diante de um público de 13.459 pagantes, o Santos aproveitou muito bem os enormes espaços dados pelo São Paulo, mandou no jogo em sucessivas arrancadas do seu campo de defesa até o gol de Rogério Ceni, chegou aos 2 a 0 e, só no finalzinho, permitiu o gol tricolor. Os 2 a 1 garantem aos santistas o mando de campo na finalíssima do Paulistão com o Palmeiras.

Depois de muita enrolação, um domingo de definições

A cabeça dos torcedores mais felizes está na Libertadores, que vai chegando ao momento de depuração em que sobreviverão apenas os mais fortes, mas palmeirenses, são-paulinos, santistas, flamenguistas e vascaínos têm os jogos das semifinais dos campeonatos estaduais para se divertir ou sofrer neste domingo.

E mesmo corintianos, atleticanos, cruzeirenses e colorados gostariam de ir em frente nas competições estaduais, mesmo que isso custe aos times uma dose extra de cansaço nas batalhas vindouras pela Libertadores da América.

Em Minas, rolou muito trololó antes de Cruzeiro x Atlético porque o Cruzeiro jogará terça pela Libertadores e queria antecipar o clássico do Mineirão para o sábado.

 O Cruzeiro tem razão de estrilar, mas estrilou muito tarde, como bem lembrou o capitão Fábio, tranquilo fora de campo como costuma ser debaixo do gol: “aceitamos a tabela no início do campeonato e agora não podemos reclamar”.

O jogo será hoje, às 16 horas, e o Cruzeiro precisa apenas do empate para decidir o título mineiro com Caldense ou Tombense, que se enfrentarão mais tarde.

No Rio Grande do Sul, um 0 a 0 com o Brasil de Pelotas classificará o Internacional para a final com o Grêmio, que ontem tirou o Juventude do caminho. Se der novo 1 a 1, a decisão vai para os pênaltis. Empate com mais de dois gols classifica o Brasil. Se alguém vencer, é óbvio que irá para a final.

No Rio, às 16 horas, o Vasco tem de vencer o Flamengo para fazer a final com o Botafogo, que ontem bateu o Flu nos pênaltis. O Vasco não venceu o Fla  em nenhum dos últimos 11 confrontos. Espera-se mais um grande público no Maracanã.

Em São Paulo, confronto duplo definirá os dois finalistas:

  • Às 16 horas, em Itaquera, o cansado Corinthians receberá o descansado Palmeiras. Vai em frente quem vencer. Em caso de empate, decisão nos pênaltis. O Itaquerão deve lotar.
  • Na Vila Belmiro, às 18h30, o Santos de Robinho receberá o São Paulo de Ganso. Vale na Vila o que vale no Itaquerão: quem vencer vai à final. Se der empate, a emoção vai para os pênaltis.

E assim, depois de muitas semanas de enrolação, com joguinhos inexpressivos em estádios vazios, vão chegando ao fim os campeonatos estaduais – e estamos falando apenas dos mais importantes do país do futebol. Nesta reta final, temos um domingo com algumas emoções. Ainda bem.

Gauchão define finais com novidade fora de campo

Até que enfim o Grêmio de Felipão pode repetir uma escalação nesta temporada.

Se resolver mesmo não tirar do jogo o meia Douglas, que já tem dois cartões amarelos e talvez devesse se resguardar para as finais do Gauchão, o técnico deve escalar contra o Juventude, logo mais, a equipe que venceu o Campinense pela Copa do Brasil na quarta-feira: Marcelo Grohe; Matías Rodríguez, Geromel, Rhodolfo e Marcelo Oliveira; Fellipe Bastos, Maicon, Giuliano, Douglas e Luan; Braian Rodríguez.

Jogando em casa, às 16 horas deste sábado, basta ao Grêmio um empate  para ir à final, contra o Inter ou o Brasil de Pelotas, que se enfrentarão amanhã.

De olho na torcida - Foto: Divulgação

De olho na torcida –  Divulgação

Aliás, a grande novidade das semifinais do Gauchão está guardada para o jogo do domingo: depois de receber do Brasil um banco de dados com a imagem de seus sócios, o Inter usou um software de reconhecimento facial para identificar os torcedores que brigaram durante o 1 a 1 em Pelotas e vai barrá-los no Beira-Rio.

Serão 289 câmeras de olho nos arruaceiros. Coisa de FBI! É mais uma contribuição que o Internacional está dando ao futebol brasileiro. Espera-se que o exemplo frutifique pelos estádios do Brasil afora.

Noite colorada na Libertadores

Torcida do Inter 1Torcida do Internacional faz festa em Santiago do ChileImagem: Beneclick

O melhor que o Corinthians fez na noite desta quinta-feira  foi finalmente estrear o telão em LED de 30 x 7.5 metros no setor oeste do Itaquerão. No gramado, o time mostrou pouco diante do San Lorenzo, não saiu do 0 a 0 e deixou mais uma vez a impressão de que pode ter alcançado um bom nível técnico e físico muito cedo e agora estaria pagando o custo da antecipação.

De qualquer maneira, o 0 a 0, embora frustrante, garantiu o Corinthians nas oitavas de final da Libertadores. Pior para o São Paulo, que ficou com a obrigação de vencer o Corinthians no Morumbi para se classificar sem depender do resultado do San Lorenzo, também em casa, contra o Danúbio.

Em compensação, em Santiago, o Internacional mostrou que está em ascensão, goleou a Universidad de Chile por 4 a 0, ainda se deu ao luxo – ou descaso – de perder um pênalti e precisa apenas empatar com o The Strongest em Porto Alegre para fechar a primeira fase como o primeiro colocado do Grupo 4.

Embora o time boliviano esteja a apenas um ponto do Inter, só venceu em casa, na altitude de La Paz. Fora, perdeu os dois jogos que disputou, como deve perder no Beira Rio.

É hora da torcida entrar em campo

Imagem: Beneclick/Foto original: Tânia Rêgo/ABr

Imagem: Beneclick/Foto original: Tânia Rêgo/ABr

Que o futebol brasileiro tem jeito fora de campo, e assim se reajeitará naturalmente do lado de dentro, comprova, um pouco abaixo, a nota Um balanço duplamente revelador (que os muito preguiçosos podem ler simplesmente clicando aqui).

Que está difícil dar um jeito no futebol brasileiro comprova a situação aflitiva de quase todos os nossos times na Libertadores. E o que estamos acompanhando em 2015 parece até reprise do que vimos em 2014, com a esperança agora de que as coisas não desandem tanto como então desandaram.

Em 2014, o Cruzeiro caiu nas quartas, o Atlético e o Grêmio ficaram nas oitavas, o Flamengo e o Botafogo nem saíram da fase de grupos.

Em 2015, a esta altura da Libertadores, o Corinthians é exceção no quinteto brasileiro que disputa vaga nas oitavas de final: quer vencer hoje o campeão San Lorenzo no Itaquerão com a esperança, um tanto remota, de ainda fechar a primeira fase como o melhor time da competição. De quebra, a vitória corintiana ajudará o São Paulo.

O Cruzeiro, o Atlético Mineiro e o São Paulo vão ter de suar até o último minuto da última rodada da primeira fase para ir às oitavas. O Internacional, embora irregular até agora, depende das próprias forças para fechar a fase em primeiro lugar no Grupo 4. Basta vencer hoje a Universidade de Chile em Santiago e, no dia 22, The Strongest em Porto Alegre.

O futebol brasileiro não caiu tanto tecnicamente a ponto de justificar situação tão aflitiva de algumas de suas melhores equipes em duas Libertadores consecutivas. Uma explicação óbvia para este mau início, embora não única, é o calendário do nosso futebol. Mal começa a temporada, após pouco tempo de preparação, os times entram nos campeonatos estaduais e na principal competição continental.

O futebol tem de ser administrado com a competência que o Flamengo mostrou no ano passado no trato às contas por receber e a pagar. O calendário é igualmente um problema de gestão, para o qual se espera especial atenção da diretoria que, nesta quinta-feira, está assumindo o poder na CBF.

Marco Polo Del Nero, o novo presidente, tem a oportunidade de oxigenar o debate para recolher da sociedade ideias, sugestões e propostas que revigorem nestas primeiras décadas dos anos 2000 o país do futebol que ela construiu durante boa parte dos 120 anos que hoje nos separam do dia em que Charles Miller pôs a bola para rolar num campinho do Brás.

Sobram problemas, mas não faltarão soluções se a imensa torcida brasileira entrar novamente em campo.

O diabo veste vermelho

Dedo

O Internacional lidera o Campeonato Gaúcho, dois pontos à frente do Grêmio, e é o segundo colocado em seu grupo na Libertadores, com o mesmo número de pontos do líder Emelec, mas vive dias de turbulência.

O técnico Diego Arrigue vem enfrentando diariamente a ira de torcedores insatisfeitos com o rendimento técnico do time e o boicote de dirigentes que morrem de saudade de Abel Braga e até de Celso Roth.

Jogadores têm sido igualmente perseguidos pela porção mal humorada da nação colorada, um tipo de relação com o time que até recentemente não se via no Beira-Rio.

Na noite desta quarta-feira, dia 1º, o time penou para vencer por 1 a 0  Ypiranga em jogo  adiado desde a sexta rodada do Gauchão, e mais uma vez enfrentou a ira de parte da torcida no Beira Rio.

O lateral Fabrício, que nunca foi um exemplo de serenidade, perdeu a paciência aos 18 minutos do segundo tempo, quando o meia Anderson já tinha sido expulso e o placar ainda não saíra do 0 a 0, e reagiu às vaias com gestos obscenos, segundo o registro dos meios de comunicação brasileiros, generalizando o  que os franceses especificam elegantemente como le doigt d’honneur.

Descrevendo, para facilitar o entendimento: Fabrício agitou as duas mãos em direção à torcida, exibindo em cada uma o dedo médio levantado ao mesmo tempo em que recolhia para si os demais.

Foi expulso do jogo pelo árbitro Luís Teixeira e suspenso das atividades no Inter pelo presidente Vitorio Piffero. Até segunda ordem, não sabe se continuará vestindo o vermelho da discórdia.

É muito jogo para nenhuma surpresa

Faltam os jogos das 18h30, mas assim rolou a bola nos principais campeonatos regionais do País até agora:

  • Em São Paulo, Bragantino 0 x 1 Corinthians e São Paulo 3 x 0 Linense.
  • No Rio, Flamengo 2 x 0 Bonsucesso e Vasco 1 x 1 Botafogo.
  • Em Minas, Atlético 3 x 0 Vila Nova e URT 0 x 2 Cruzeiro.
  • No Rio Grande do Sul, União Frederiquense 0 x 1 Internacional.

Ou seja: com exceção do empate mais ou menos óbvio no Campeonato Carioca, a vitória mais do que óbvia de todos os grandes nos jogos contra pequenos.

Alguém espera alguma novidade nos confrontos Santos x São Bento, Red Bull x Palmeiras, Fluminense x Barra Mansa e Grêmio x São Paulo-RS de logo mais?