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A bola não perdoa

Está sentindo cheiro de queimado?

É a língua de um palpiteiro que eu conheço muito bem.

Como era de esperar, o Fluminense venceu o Barra Mansa por 4 a 2 e o Grêmio bateu o São Paulo-RS por 2 a 0, mas nos outros dois jogos das 18h30, ambos pelo Campeonato Paulista, os pequenos se deram bem: o São Bento empatou por 2 a 2 com o Santos na Vila Belmiro e, em Campinas, o Red Bull derrotou o Palmeiras por 2 a 0.

É muito jogo para nenhuma surpresa

Faltam os jogos das 18h30, mas assim rolou a bola nos principais campeonatos regionais do País até agora:

  • Em São Paulo, Bragantino 0 x 1 Corinthians e São Paulo 3 x 0 Linense.
  • No Rio, Flamengo 2 x 0 Bonsucesso e Vasco 1 x 1 Botafogo.
  • Em Minas, Atlético 3 x 0 Vila Nova e URT 0 x 2 Cruzeiro.
  • No Rio Grande do Sul, União Frederiquense 0 x 1 Internacional.

Ou seja: com exceção do empate mais ou menos óbvio no Campeonato Carioca, a vitória mais do que óbvia de todos os grandes nos jogos contra pequenos.

Alguém espera alguma novidade nos confrontos Santos x São Bento, Red Bull x Palmeiras, Fluminense x Barra Mansa e Grêmio x São Paulo-RS de logo mais?

O adeus de um craque incomparável

Alex - 28.3.2015Imagem: Beneclick

Poucas horas depois da conquista do título brasileiro de 2003, perguntei ao maior craque do melhor Cruzeiro de todos os tempos:

– O Alex teria vaga naquele time?

E Tostão me respondeu, de pronto:

– Ele teria de jogar na minha posição ou na do Dirceu e acho que está no mesmo nível da gente. Como jogávamos com um volante, o Piazza, dois meias, o Dirceu Lopes e eu, dois pontas e um centroavante, poderíamos também tentar uma mudança tática para encaixar o Alex sem tirar um de nós dois.

Haverá elogio maior ao regente daquele Cruzeiro campeão de 2003?

Os craques sempre se rendem ao talento incomum deste meia que, em três passagens anteriores pelo Palmeiras, brilhara com igual intensidade e por isso será homenageado hoje à noite, em reconhecimento raro no nosso futebol, com um jogo oficial de despedida no Allianz Parque. Devidamente autorizado por Ademir da Guia, a quem se achou no dever de pedir permissão, Alex vestirá a camisa 10.

Basta conferir uma pequena parte da lista de craques que confirmaram presença na festa para entender a importância de Alex na história do nosso futebol: além do próprio Ademir, estarão lá Djalminha, Edmundo, Evair, Felipe, Gamarra, Júnior, Leonardo, Marcos, Rivaldo, Zico e Zinho.

Os muito palmeirenses que me perdoem, mas, dentre os vários textos que já escrevi sobre este craque marcado por certa aura intelectual, hoje acentuada pelo ar grave que lhe impõem os óculos de grau e pela lúcida atuação como um dos líderes do Bom Senso, reproduzo, a seguir, A bola pequenina do craque Alex, publicado no site NoMínimo uns quatro meses antes de ele se sagrar campeão brasileiro de 2003. Continuar lendo

Agora, é pensar na Libertadores

a a ha ha A provocação dos torcedores são-paulinos nas redes sociais não resistiu a três minutos de jogo no Allianz Parque. O #Mito falhou em dose dupla: apertado pela marcação ao tentar sair da área com a bola dominada, Rogério Ceni acabou dando a bola na medida para Robinho e voltou devagar demais para tentar a defesa no chute por cobertura do palmeirense. A bola quase raspou no travessão para cair dentro do gol.

Estava desenhado o que seriam os 87 minutos restantes. O Palmeiras se sentiu aliviado, esqueceu o tabu de mais de um ano sem vencer um grande rival paulista e continuou dominando o meio de campo e o jogo desta quarta-feira. Era nitidamente superior com 11 contra 11 em campo. Aos sete minutos, as coisas ficaram ainda mais fáceis: Rafael Toloi chutou Dudu em lance longe da bola e foi expulso.

Daí em diante, o jogo virou um baile verde, mais ao estilo Iron Maiden do que Beatles, como é do gosto de Oswaldo de Oliveira. Muricy Ramalho teve de tirar Pato para cobrir com Edson Silva o rombo na zaga tricolor e o que era fácil ficou facílimo para os palmeirenses. Rafael Marques fez 2 a 0 pouco depois e 3 a 0 no comecinho do segundo tempo.

A uns 15 minutos do fim, o São Paulo ficou com dez: Michel Bastos deu um carrinho violento em Arouca e também foi expulso.

O Palmeiras quebrou em grande estilo o incômodo tabu e, mesmo em fase de formação, já pode pensar no título paulista. O São Paulo viverá dias acalorados até a próxima quarta-feira, quando enfrentará o San Lorenzo em Buenos Aires precisando, no mínimo, de um empate para continuar na briga por uma vaga nas oitavas de final da Liberdadores. É o que importa de verdade.