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Os gêmeos que a bola está separando

Fábio e Rafael: o Manchester é passado

Fábio e Rafael: depois de oito anos, o Manchester é passado

Os gêmeos Rafael e Fábio Pereira da Silva, petropolitanos nascidos em 1990, trocaram o Fluminense pelo Manchester United em 2008, antes de completarem 18 anos.

De lá para cá, o lateral direito Rafael fez 170 jogos e marcou cinco gols pelo Manchester.

Fábio, lateral esquerdo, jogou só 22 vezes pelo Manchester, pois passou uma temporada no Queens Park Rangers e outra no Cardiff City, do País de Gales.

Os dois frequentaram com certa assiduidade a lista de convocações das seleções de base e chegaram a ser convocados para amistosos da seleção principal do Brasil, mas nunca se firmaram de verdade no Manchester.

Agora, vão tentar a sorte em novos ares. Fábio, mais uma vez por empréstimo, está voltando para o Cardiff, que disputa a Segunda Divisão do Campeonato Inglês. Rafael assinou um contrato de quatro anos com o Lyon, que pagou 3 milhões de euros ao Manchester.

Libertadores: éramos cinco, somos um

Gabriel Xavier agarra Gonzalo Martínez , é expulso e sai  aplaudido

Gabriel Xavier agarra Gonzalo Martínez , é expulso e sai aplaudido

Éramos cinco quando começou a Libertadores. Depois de alguns sustos na fase de grupos, os cinco chegaram às oitavas.

Como a tabela determinava dois cruzamentos locais, somente três dos cinco poderiam chegar às quartas: o Cruzeiro tirou o São Paulo, o Internacional tirou o Atlético Mineiro, o Corinthians tropeçou na própria incompetência e foi tirado pelo paraguaio Guaraní.

Nas quartas, então, éramos dois: Cruzeiro e Inter.

O Inter foi à Colômbia, perdeu para o Independiente Santa Fe, mas virou a parada no Beira-Rio nesta quarta-feira e está nas semifinais.

O Cruzeiro foi à Argentina, venceu o River Plate e voltou para Belo Horizonte precisando apenas de um empate. Parecia que seríamos dois nas semifinais. Parecia. O Cruzeiro acaba de ser trucidado pelo River no Mineirão.

Placar: 3 a 0 para o River.

E, no palco em que a Alemanha enfiou 7 a 1 no Brasil, o Cruzeiro não caiu de quatro por que, a três minutos do final, o garoto Gabriel Xavier agarrou o argentino Gonzalo Martínez por trás para evitar que ele invadisse sozinho a área do goleiro Fábio.

Levou o cartão vermelho e saiu aplaudido pela torcida.

Cruzeiro joga em busca da solidez perdida

Leandro Damião: "Não podemos ficar recuados"

Leandro Damião: “Não podemos nos afobar”

Ao remontar o Cruzeiro em 2015, o técnico Marcelo Oliveira não foi ajudado pela sorte: depois de perder meio time para o mercado, ficou também sem Dedé, no estaleiro desde o fim do ano passado. O zagueiro poderia finalmente se firmar diante de sua desconfiada torcida e dar equilíbrio à defesa que ainda não foi vazada em casa nos jogos da Libertadores, mas nem sempre tem correspondido fora.

E é da defesa que o bicampeão brasileiro mais precisará no jogo desta noite, contra o River Plate. Se não levar gol em Buenos Aires, o Cruzeiro mandará em vantagem o jogo de volta, no Mineirão, daqui a uma semana. É verdade que a dupla Bruno Rodrigo e Manoel tem se saído bem melhor do que Léo e Paulo André, mas ainda não passa a devida confiança ao resto do time.

Em compensação, o goleiro Fábio está pegando tudo. Não se pode, porém, deixar apenas em suas mãos a responsabilidade por um bom resultado neste primeiro jogo entre argentinos e brasileiros na briga por uma das quatro vagas nas semifinais da Libertadores.

Como prega e exige o próprio Marcelo, a tarefa de defender é de todos. O Cruzeiro tem de voltar a se locomover mais agrupado em campo.

É o modelo que deu certo nas duas últimas temporadas, é uma exigência universal do futebol de nossos dias e é a receita para não deixar os zagueiros no confronto direto com os atacantes adversários e não isolar Leandro Damião na linha de frente.

Na verdade, é o que falta a este Cruzeiro para retomar a solidez mostrada pelos times de 2013 e 2015, mesmo que ainda seja cedo para compará-los em qualidade técnica. E é o que permitirá ao Cruzeiro Também procurar o ataque no Monumental de Nuñez, como bem lembrou Leandro Damião, já em Buenos Aires:

– Não devemos pensar só em defender. Quando tivermos a posse de bola, todo mundo também tem de atacar. O River Plate é um time muito tradicional na Libertadores. Temos de tentar jogar como fizemos contra o São Paulo, mas não podemos nos afobar. É preciso lembrar sempre que a vaga é decidida em dois jogos.

O protagonista e o assistente

Robinho e Geuvânio 175Robinho dá a palavra a Geuvânio, após Santos 1 x 0 Cruzeiro: “Hoje, o protagonista é ele”

Ele também já foi menino da Vila e não é ainda um velhinho, mas um trintão que se dá muito bem com a meninada e sabe que é dela que a bola gosta mais. Não é à toa que, nos últimos tempos, Robinho trocou o drible pelo passe, a arrancada pelo lançamento.

Virou garçom o moleque que, em outras eras, se servia tão bem da assistência que lhe davam os mais velhos. Pois hoje, na Vila, a assistência foi dele para que o garoto Geuvânio, 23 anos, marcasse o golaço da vitória santista por 1 a 0 sobre o bicampeão Cruzeiro.

Muito se pode falar sobre o jogo, em que o Santos foi sempre superior, mas o que realmente interessa é o golaço do garoto, muito parecido com aquele que o veterano  D’Alessandro marcou no Internacional 3 x 1 Atlético Mineiro da quarta-feira pela Libertadores.

O colorado trabalhou mais a jogada antes da finalização venenosa. Ao receber a bola de Robinho, no finalzinho do primeiro tempo, o santista simplificou a jogada, pois pressa combina com juventude, e, ao chutar a gol, abusou do veneno com tal convicção que nem se deu ao trabalho de acompanhar com os olhos a trajetória da bola.

Ele sabia onde ela ia pousar. Também sabia o experiente Fábio, que nem se deu ao trabalhode se mover em direção à bola. Simplesmente ficou olhando o caminho por ela percorrido até cair docemente em suas redes.

Alguém tinha de ver, do começo ao fim, o golaço de Geuvânio.

Foi o que definiu o jogo, tanto que, no final, Robinho encurtou as entrevistas para dar a palavra ao garoto:

– Hoje o protagonista é ele.

Fábio estrila, mas agora é tarde

Fabio: sem chance na Seleção

Fabio: sem chance na Seleção

Sempre muito discreto, na vida como debaixo do gol, o goleiro estrilou após a derrota de ontem para o São Paulo, em rápida entrevista a um grupo de repórteres no Morumbi:

– Infelizmente, eu não tenho influência nos bastidores, não tenho amizades. Dentro de campo, ano a ano, eu venho mostrando o que posso fazer, mas infelizmente eu não tenho reconhecimento da Seleção. Os critérios são diferentes comigo.

Fábio realmente foi injustiçado ao longo da carreira e por muito tempo fez por merecer uma convocação, mas foi chamado apenas em 2003 e 2004, por Carlos Alberto Parreira, para ser reserva de Júlio César na Copa das Confederações e na Copa América, e em 2011, por Luís Felipe Scolari, para alguns amistosos.

O ótimo goleiro do Cruzeiro nunca entrou em campo pela Seleção, demorou demais para reclamar e, aos 34 anos, a cinco meses de fazer 35, está um tanto velhinho para estrear com a camisa amarela.

Fábio pede atenção ao Cruzeiro na Libertadores

Fábio

Fábio: “Não existe adversário fácil”

Foto: Washington Alves/Lightpress

A fase não é das melhores. Marcelo Oliveira ainda tenta remontar o Cruzeiro depois de perder mais da metade do time campeão brasileiro de 2014. Os resultados colhidos até agora na Libertadores nem de longe empolgam os torcedores: 0 a 0 com o Universitario Sucre na Bolívia, outro 0 a 0 com o Huracán em Belo Horizonte e, enfim, 2 a 0 sobre o Mineros na Venezuela.

Como o Grupo 3 é fraquinho de doer, a pífia campanha do campeão brasileiro bastou-lhe para garantir, até aqui, o primeiro lugar, embora igualado em pontos, cinco para cada um, com  o Universitario Sucre. Separa-os um golzinho de saldo – os brasileiros fizeram dois, os bolivianos fizeram um.

O adversário desta noite será o mais fraquinho de todos, o venezuelano Mineros, que tem só um ponto depois de três rodadas e muito provavelmente dará adeus logo mais a qualquer chance de continuar na Libertadores. O Cruzeiro tem de vencer e deveria golear para recuperar no Mineirão a magia do bom futebol exibido nas duas últimas temporadas.

O treino de ontem deixou a impressão de que o zagueiro Léo, o volante Willians e o atacante Willian voltarão ao time, uma boa notícia para a torcida ainda assustada com a derrota para o Tombense ali mesmo, no Mineirão, onde o Cruzeiro venceu apenas um dos seis jogos disputados em 2015, tendo empatado os outros quatro.

Ressabiado, o goleiro Fábio, única estrela de primeira grandeza que o Cruzeiro segurou nesta temporada, pede cuidado com o fraquinho Mineros e invoca o Tombense como argumento:

– Temos de vencer, mas nós vimos na rodada passada do Campeonato Mineiro que não existe adversário fácil.