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Santos complica a vida no Brasileirão

Vanderlei: defesas salvadoras no 0 a 0 em Florianópolis

Vanderlei: defesas salvadoras no 0 a 0 em Florianópolis

É impressionante, tanto quanto renitente, a incompetência do Santos para fazer valer sua força ofensiva fora de casa.

Foi o que se viu mais uma vez no começo da noite em Florianópolis. Pelo que não jogou no primeiro tempo e pelo pouco que mostrou no segundo, o Santos até pode comemorar o 0 a 0 com o Figueirense.

E deve agradecê-lo em boa parte ao goleiro Vanderlei, que fez duas ou três defesas salvadoras ao longo dos 90 minutos de algum suor e pouca inspiração dos dois times.

Foi o sétimo empate do Santos como visitante em 16 jogos neste Brasileirão, com apenas uma vitória e nove derrotas. Está explicado por que corre sério risco de cair fora do G-4 ainda nesta noite. Basta que o Palmeiras vença o Sport.

Mesmo que se mantenha em quarto lugar, agora com 50 pontos, o Santos complicou muito a sua vida no campeonato.

Em Porto Alegre, o Inter venceu o Joinville por 1 a 0 e também chegou aos 50 pontos, igualmente com 14 vitórias, atrás apenas no saldo de gols. A diferença é grande: o Santos tem 15 de saldo, o Inter tem um de déficit.

Além do Palmeiras, que pode ultrapassá-lo daqui a pouco, o Santos pode ser alcançado na pontuação por mais dois perseguidores, ambos ainda com 47 pontos, no domingo – o São Paulo, que pegará o Coritiba no Couto Pereira, e a Ponte Preta, que enfrentará o vice-líder Atlético Mineiro no Independência.

Para o Santos, pior ainda do que o resultado no Orlando Scarpelli talvez seja a demonstração clara de que Lucas Lima começar a dar sinais de que lhe está pesando fisicamente a maratona de jogos pelo time e pela Seleção e de que o garoto Geuvânio voltou totalmente fora de ritmo.

São fatores que podem pesar até nos jogos finais da Copa do Brasil.

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O problema de Marquinhos Gabriel é o dólar – ou o real?

Marquinhos Gabriel: entre o Santos e o Al-Nassr - Foto: Ricardo Saibun/Santos FC

Marquinhos Gabriel: de volta? – Foto: Ricardo Saibun/Santos FC

Ele tem 25 anos, mas já jogou no Internacional, no Avaí, no Sport, no Bahia, no Palmeiras e no Al-Nassr, que o emprestou ao Santos e agora quer pelo menos U$ 4 milhões para cedê-lo em definitivo.

Marquinhos Gabriel, autor do último gol nos 3 a 1 sobre o São Paulo que praticamente colocaram o Santos na final da Copa do Brasil, quer continuar na Vila em 2016, mas o Al-Nassr o quer de volta.

Dorival Júnior gostaria muito de continuar com o meia gaúcho que aproveitou bem a chance de substituir o sergipano Geuvânio, embora agora tenha de disputar com ele a vaga entre os titulares.

Com o dólar a mais de quatro reais, é praticamente impossível que o Santos o contrate em definitivo, a menos que consiga um bom abatimento na pedida inicial do Al-Nassr.

O mais barato é conseguir a prorrogação do empréstimo por mais um ano, mas isso o Al-Nassr não quer, pois o contrato de Marquinhos Gabriel vence em 2017.

Dirigentes santistas estão tentando, então, convencer o jogador a esticar o contrato com o clube da Arábia Saudita por mais um ano, dando uma folga ao Al-Nassr para deixá-lo mais um ano na Vila.

Marquinhos Gabriel vai acabar pagando pela desvalorização do real.

O artilheiro que não para de fazer gols e perder pênaltis

Ricardo Oliveira: 12 gols no Brasileirão, três (ou quatro?) pênaltis perdidos

Ricardo Oliveira: 12 gols no Brasileirão, três (ou quatro?) pênaltis perdidos

Com dois gols de Ricardo Oliveira e um golaço de Geuvânio, o Santos venceu a Chapecoense na Vila Belmiro por 3 a 1 e entrou em definitivo na lista dos candidatos a uma vaga na Libertadores de 2016.

O Santos tem agora 33 pontos, apenas três a menos do que o Atlético Paranaense, quarto colocado.

Ricardo Oliveira, artilheiro do Brasileirão com 14 gols, cinco a mais do que o corintiano Jadson e o atleticano Lucas Pratto, seus perseguidores imediatos, é o emblema do time incansável e ofensivo rearmado por Dorival Junior a partir da 13ª rodada.

Curiosamente, no entanto, o artilheiro do campeonato não se cansa de perder pênaltis. Hoje, na Vila, chutou mais um, no canto direito do goleiro Danilo, que defendeu a cobrança.

Ricardo Oliveira, sempre chutando no canto direito, já tinha perdido um pênalti no 0 a 0 com o Atlético Paranaense pela 19ª rodada e outro no 1 a 0 sobre o Vasco pela 18ª rodada.

Como se não bastasse, na quinta rodada, também permitiu a defesa de Rogério Ceni na cobrança de um pênalti, mas aproveitou o reporte para fazer o gol que não impediu a derrota santista por 3 a 2.

Nada disso diminui o prestígio do artilheiro com a torcida santista, que mais uma vez o aplaudiu entusiasticamente quando, aos 31 do segundo tempo, ele foi substituído por Nilson.

Dorival Júnior sabia o que estava fazendo. A substituição era mero pretexto para que os 8.047 torcedores reverenciassem mais uma vez o ídolo que não para de fazer gols e perder pênaltis.

Noite feliz para Santos e Avaí no Brasileirão

O Santos cumpriu a obrigação na Vila Belmiro, derrotando o lanterninha Coritiba por 3 a 0, e foi do 15º para o 12º lugar, posição que ainda estará em xeque até a conclusão da rodada neste domingo, mas com folga suficiente para afastar os temores imediatos de  queda para o Z-4.

Foi o quinto jogo do time sob o comando de Dorival Júnior, com três vitórias, um empate e uma derrota, aproveitamento de 66,6% dos pontos em jogo, índice inferior apenas ao que têm o líder Atlético Mineiro e o vice-líder Corinthians ao longo deste Brasileirão.

O placar não foi o único motivo de festa para os 12.657 torcedores que pagaram ingresso na Vila. O meia Lucas Lima e o atacante Geuvânio se destacaram novamente em campo como artífices da vitória.

Geuvânio fez o primeiro gol, participou ativamente do segundo, forçando o lateral Ivan a enviar para a rede de Wilson a bola cruzada por Lucas Lima e fez a assistência para Ricardo Oliveira marcar o terceiro.

Lucas Lima desfilou pelo gramado como regente de todas as jogas ofensivas, determinando o ritmo da festa santista.  Na saída, avisou à concorrência:

  • Ainda estamos muito longe de onde queremos chegar.

Na Ressacada, abrindo a noitada da bola, Ronaldinho Gaúcho bem que tentou, mas não conseguiu vencer a marcação firme e organizada do Avaí para ajudar o Flu. Resultado: 1 a 0 para o Avaí.

A vitória deu ao time catarinense o fôlego que faltou ao veterano craque do Flu. O Avaí dorme neste sábado em 13º, logo atrás do Santos, ambos com 20 pontos, seis além do limite que define o rebaixamento a esta altura do campeonato.

Se amanhã Sport x Atlético Paranaense tiver um vencedor, o Palmeiras vencer o Cruzeiro no Mineirão, o São Paulo vencer o Corinthians no Morumbi e o Grêmio vencer em sua Arena o Internacional, terá custado muito caro a derrota para o Avaí na noite deste sábado: o Fluminense despencará do terceiro para o sétimo lugar no Brasileirão.

Mesmo que tantos resultados adversos não se concretizem, o risco de sair do G-4 é grande. Basta que ocorram dois deles no domingo.

O protagonista e o assistente

Robinho e Geuvânio 175Robinho dá a palavra a Geuvânio, após Santos 1 x 0 Cruzeiro: “Hoje, o protagonista é ele”

Ele também já foi menino da Vila e não é ainda um velhinho, mas um trintão que se dá muito bem com a meninada e sabe que é dela que a bola gosta mais. Não é à toa que, nos últimos tempos, Robinho trocou o drible pelo passe, a arrancada pelo lançamento.

Virou garçom o moleque que, em outras eras, se servia tão bem da assistência que lhe davam os mais velhos. Pois hoje, na Vila, a assistência foi dele para que o garoto Geuvânio, 23 anos, marcasse o golaço da vitória santista por 1 a 0 sobre o bicampeão Cruzeiro.

Muito se pode falar sobre o jogo, em que o Santos foi sempre superior, mas o que realmente interessa é o golaço do garoto, muito parecido com aquele que o veterano  D’Alessandro marcou no Internacional 3 x 1 Atlético Mineiro da quarta-feira pela Libertadores.

O colorado trabalhou mais a jogada antes da finalização venenosa. Ao receber a bola de Robinho, no finalzinho do primeiro tempo, o santista simplificou a jogada, pois pressa combina com juventude, e, ao chutar a gol, abusou do veneno com tal convicção que nem se deu ao trabalho de acompanhar com os olhos a trajetória da bola.

Ele sabia onde ela ia pousar. Também sabia o experiente Fábio, que nem se deu ao trabalhode se mover em direção à bola. Simplesmente ficou olhando o caminho por ela percorrido até cair docemente em suas redes.

Alguém tinha de ver, do começo ao fim, o golaço de Geuvânio.

Foi o que definiu o jogo, tanto que, no final, Robinho encurtou as entrevistas para dar a palavra ao garoto:

– Hoje o protagonista é ele.

Um título à moda da casa

David Braz 1 a 0 aSantistas festejam com David Braz, que abriu o caminho da vitória no jogo e nos pênaltis

Quando a bola começou a rolar neste Campeonato Paulista, o Santos era dos grandes o menos favorito ao título de campeão.

E daí?

Mescla bem sucedida de veteranos bons de bola como Robinho, Renato e Ricardo Oliveira com revelações como Geuvânio e Gustavo Henrique e uma promessa em fase de amadurecimento, como Lucas Lima, o Santos do quase interino Marcelo Fernandes é merecidamente o campeão paulista de 2015.

Perdeu o primeiro jogo da decisão com o Palmeiras por 1 a 0 no Allianz Parque, mas venceu hoje na Vila por 2 a 1, com gols de David Braz e Ricardo Oliveira, e foi soberano nos pênaltis – cravando 4 a 2. Nem foi preciso bater o quinto. Os quatro cobradores santistas marcaram: pela ordem, David Braz, Gustavo Henrique, Victor Ferraz e Lucas Lima.

Foi a sétima final seguida do Santos no Paulistão. É o quarto título conquistado desde 2009, quando começou a era Neymar.