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Hoje é dia de todos os Messi

Messi colagem final CALionel Messi: o grande trunfo da Argentina para encerrar o  jejum de exatos  22 anos 

Se ainda estivesse em campo, o vascaíno Carlos Drummond de Andrade diria que hoje jogarão Messi.

A concordância poética traduz melhor do que o rigor gramatical a multiplicidade do craque que pode conquistar o título da Copa América no Estádio Nacional de Santiago e, assim, encerrar o jejum de mais de duas décadas anos vivido pela seleção argentina.

Lionel Messi era um garotinho de seis anos quando a seleção principal da Argentina conquistou um título pela última vez, coincidentemente num 4 de julho, derrotando o México por 2 a 1 na final da Copa América de 1993 em Guayaquil.

Outro torcedor ilustre e bom conhecedor dos caminhos e descaminhos do mundo da bola, o botafoguense Neném Prancha dizia, nunca se sabe o quanto copidescado por João Saldanha ou Sandro Moreyra: um craque é “que nem sorveteria, tem várias qualidades”.

Estava falando de Messi, é claro, embora tenha morrido no Rio 11 anos antes do nascimento do craque em Rosário.

Mais do que Mascherano, Pastore, Agüero e Di Maria, estrelas de primeira grandeza da trupe comandada por Tata Martino, é o múltiplo Messi que carregará, a partir das 17 horas, o peso de repetir o feito de Fernando Redondo, Diego Simeone e Gabriel Batistuta há exatos 22 anos.

O peso jamais encolhe o futebol do melhor jogador do mundo, uma cracaço que enxerga o jogo em 360 graus, povoa todas as faixas do campo de ataque, rouba a bola ao adversário com incrível precisão, alterna a arrancada irresistível e o toque refinado, distribui assistências como se estivesse chupando um chicabom do sorveteiro Nelson Rodrigues.

E faz gols, muitos gols, embora nesta Copa América tenha feito apenas um, e de pênalti, no 2 a 2 da estreia contra o Paraguai.

Os chilenos devem imaginar o risco que estarão correndo se ele resolver se reencarnar novamente em artilheiro logo hoje que a Argentina precisa tanto de gols.

E não vamos falar do Chile, anfitrião que jamais conquistou o título da Copa América e adversário da Argentina logo mais? Ora, o Chile não tem Messi.

Messi só existe um.

Dois jogos, uma golzinho. Acredite: é a Liga dos Campeões.

É muito chato ver em campo este Atlético de Madrid armado por Diego Simeone para não jogar nem deixar o adversário jogar.

Sem Marcelo, Benzema, Bale e Modrić, o Real também não fez muita coisa no Santiago Bernabéu.

No primeiro tempo, Cristiano Ronaldo, sozinho diante do ótimo goleiro Oblak, perdeu um gol. No segundo, também sozinho diante de Obak, Chicharito perdeu outro.

Foi quase tudo.

Aos 43 do segundo tempo, porém, quando o Atlético tinha um jogador a menos, Cristiano Ronaldo clareou uma jogada na área e rolou para Chicharito fazer 1 a 0 e colocar o Real Madrid nas semifinais da Liga dos Campeões da Europa.

Também estarão nas semifinais a Juventus, que empatou por 0 a 0 com o Monaco, o Barcelona e o Bayern, classificados desde ontem.

Na sexta, 24, a Uefa sorteará o cruzamento dos adversários e a ordem dos jogos.

Assim falam os técnicos de Real x Atlético e Monaco x Juve

A Liga dos Campeões definirá na noite europeia desta quarta-feira, 22, em jogos que os brasileiros poderão acompanhar na televisão a partir das 15h45, os dois semifinalistas que se juntarão ao Barcelona e ao Bayern.

Embora decisivos, Real Madrid x Atlético de Madrid e Monaco x Juventus não são confrontos que tirem a tranquilidade dos treinadores, pelo menos nas declarações que deram ao site da Uefa e, a seguir, são sintetizadas neste blog.

Jogando em casa, o Real Madrid não terá Karim Benzema, Gareth Bale e Luka Modrić, mas Carlo Ancelotti é puro otimismo:

– Não teremos alguns jogadores importantes, mas não poderíamos estar mais motivados. Temos várias opções para substituir os lesionados. O Atlético é muito forte, tem uma das melhores defesas do mundo, mas queremos jogar bom futebol do primeiro ao último minuto. Já disse muitas vezes que, em minha opinião, tenho o melhor elenco do mundo.

Diego Simeone aposta na força defensiva do Atlético de Madrid, que, é sempre bom lembrar, não perdeu nenhum dos sete jogos da temporada 2014/2015 para o rival:

– Queremos desfrutar de mais jornadas como esta. Elas não acontecem todos os dias. São equipes que não sofrem pressão. O que temos é responsabilidade. Estamos concentrados em nossas necessidades. Temos excelentes jogadores nas posições defensivas e sempre tenho problemas em decidir quais são os melhores para cada encontro.

Leonardo Jardim, treinador português do Monaco, mostra comedida confiança em seu time para reverter a em casa a vantagem da Juventus, que venceu em Turim por 1 a 0:

– Precisamos fazer um jogo perfeito, com boa organização defensiva e eficiência no ataque. Temos a tendência de marcar mais gols fora e gostaria que passássemos a fazer o mesmo em casa. Vamos assumir os riscos necessários, mas calculados, marcar gols e não sofrer. É preciso ter cabeça fria.

Massimiliano Allegri, como típico treinador italiano, cai na retranca ao falar das chances da sua Juventus no Estádio Louis II:

– O Monaco é uma equipe fisicamente forte, que defende bem. Será um jogo difícil, como foi o primeiro. A classificação pode vir a se decidir nos detalhes. Acho que vamos ter uma noite longa pela frente.