Arquivo mensal: abril 2015

Olha a Libertadores aí, gente

Cinco times brasileiros, os melhores da temporada passada, não terão tempo para festa nem para luto nesta segunda-feira, 20, que se segue ao domingão que definiu as finais dos mais importantes campeonatos estaduais do país da bola.

Estarão todos envolvidos, alguns correndo risco de vida, em jogos decisivos da Libertadores.

Começa daqui a pouco para o Cruzeiro a batalha que fecha a fase de grupos da competição. Cansado de guerra, derrotado pelo rival Atlético, o campeão brasileiro abre a rodada de vida ou morte já amanhã.

São os seguintes os jogos do meio de semana:

Terça-feira, 21

Cruzeiro x Universitario Sucre – às 20h30, no Mineirão

Quarta-feira, 22

Internacional x The St rongest – às 17H30, no Beira-Rio

Atlético Mineiro x Colo-Colo – às 19h45, no Independência

São Paulo x Corintians – às 22 horas, no Morumbi

A festa é dos torcedores no domingão das semifinais

Tite abraça Oswaldo no ItaquerãoFesta verde no Itaquerão: Owaldo Oliveira recebe o abraço de TiteImagem: Beneclick

No Mineirão, de virada, o Atlético venceu por 2 a 1 o Cruzeiro, que jogou metade do segundo tempo com dez, e vai decidir o título mineiro com o vencedor de Caldense x Tombense, que começa às 18h30.

No Beira-Rio, o Internacional despachou o Brasil de Pelotas sem muita dificuldade, chegou a abrir 3 a 0, mas fechou a conta em 3 a 1. Mais um Gre-Nal decidirá o Gauchão.

No Maracanã, graças a um pênalti marcado como rigor incomum pelo árbitro Rodrigo Nunes de Sá, o Vasco venceu o Flamengo por 1 a 0 e vai fazer com o Botafogo uma final que o Campeonato Carioca viveu pela última vez em 1997.

No Itaquerão, o Palmeiras fez 1 a 0, o Corinthians virou para 2 a 1, o Palmeiras chegou ao 2 a 2 e a decisão da primeira vaga nas finais do Paulistão foi para os pênaltis.

O Palmeiras venceu por 6 a 5, tirando das finais o único time invicto em todo o campeonato. O adversário será definido daqui a pouco na Vila Belmiro: Santos ou São Paulo.

A torcida fez a festa no domingão das semifinais: 48.221 pagantes no Maracanã, 40.362 no Mineirão, 38.457 no Itaquerão, 23.530 no Beira-Rio. A conta não inclui milhares de penetras, convidados especiais e profissionais em serviço.

ATUALIZAÇÃO

No Ronaldão, em Poços de Caldas, o Caldense venceu o Tombense por 2 a 0 e, como foi o time de melhor campanha na primeira fase do  Campeonato Mineiro, vai à final com o Atlético com a vantagem de jogar por dois empates e e fazer a finalíssima em casa. Público: 4.534 pagantes.

Na Vila Belmiro, diante de um público de 13.459 pagantes, o Santos aproveitou muito bem os enormes espaços dados pelo São Paulo, mandou no jogo em sucessivas arrancadas do seu campo de defesa até o gol de Rogério Ceni, chegou aos 2 a 0 e, só no finalzinho, permitiu o gol tricolor. Os 2 a 1 garantem aos santistas o mando de campo na finalíssima do Paulistão com o Palmeiras.

Depois de muita enrolação, um domingo de definições

A cabeça dos torcedores mais felizes está na Libertadores, que vai chegando ao momento de depuração em que sobreviverão apenas os mais fortes, mas palmeirenses, são-paulinos, santistas, flamenguistas e vascaínos têm os jogos das semifinais dos campeonatos estaduais para se divertir ou sofrer neste domingo.

E mesmo corintianos, atleticanos, cruzeirenses e colorados gostariam de ir em frente nas competições estaduais, mesmo que isso custe aos times uma dose extra de cansaço nas batalhas vindouras pela Libertadores da América.

Em Minas, rolou muito trololó antes de Cruzeiro x Atlético porque o Cruzeiro jogará terça pela Libertadores e queria antecipar o clássico do Mineirão para o sábado.

 O Cruzeiro tem razão de estrilar, mas estrilou muito tarde, como bem lembrou o capitão Fábio, tranquilo fora de campo como costuma ser debaixo do gol: “aceitamos a tabela no início do campeonato e agora não podemos reclamar”.

O jogo será hoje, às 16 horas, e o Cruzeiro precisa apenas do empate para decidir o título mineiro com Caldense ou Tombense, que se enfrentarão mais tarde.

No Rio Grande do Sul, um 0 a 0 com o Brasil de Pelotas classificará o Internacional para a final com o Grêmio, que ontem tirou o Juventude do caminho. Se der novo 1 a 1, a decisão vai para os pênaltis. Empate com mais de dois gols classifica o Brasil. Se alguém vencer, é óbvio que irá para a final.

No Rio, às 16 horas, o Vasco tem de vencer o Flamengo para fazer a final com o Botafogo, que ontem bateu o Flu nos pênaltis. O Vasco não venceu o Fla  em nenhum dos últimos 11 confrontos. Espera-se mais um grande público no Maracanã.

Em São Paulo, confronto duplo definirá os dois finalistas:

  • Às 16 horas, em Itaquera, o cansado Corinthians receberá o descansado Palmeiras. Vai em frente quem vencer. Em caso de empate, decisão nos pênaltis. O Itaquerão deve lotar.
  • Na Vila Belmiro, às 18h30, o Santos de Robinho receberá o São Paulo de Ganso. Vale na Vila o que vale no Itaquerão: quem vencer vai à final. Se der empate, a emoção vai para os pênaltis.

E assim, depois de muitas semanas de enrolação, com joguinhos inexpressivos em estádios vazios, vão chegando ao fim os campeonatos estaduais – e estamos falando apenas dos mais importantes do país do futebol. Nesta reta final, temos um domingo com algumas emoções. Ainda bem.

Como é mesmo o nome dela?

Foto: @VeroBoquete/Twitter

Foto: @VeroBoquete/Twitter

Começaram ontem as semifinais da Liga das Campeãs da Europa com a derrota em casa do Wolfsburg para o Paris Saint-Germain por 0 a 2.

O confronto de hoje, Frankfurt x Brøndby, novamente na Alemanha, tem um sabor todo especial para uma jogadora espanhola de 28 anos, companheira de Marta no sueco Tyresö, derrotado na final de 2014 pelo Wolfsburg.

Meia e atacante, fã declarada da brasileira quatro vezes eleita a melhor jogadora do mundo, ela mesma candidato ao título no ano passado, a espanhola confessa ao site da Fifa:

– Aquela final ainda dói por tudo que o Tyresö significava para mim. Sempre carregarei esta frustração, mas agora ela vai me servir de motivação e me dará um gás extra.

Mais conhecida no mundo da bola pelo sobrenome do que pelo prenome, a estrela espanhola se chama Verónica Boquete e revelou, em antiga entrevista à jogadora e blogueira portuguesa Sandra Costa, como descobriu o significado do seu nome do lado de cá do Atlântico:

– Quando cheguei ao Chicago Red Stars nos Estados Unidos, em 2010, a Formiga e a Cristiane jogavam lá. Nos primeiros dias, elas não disseram nada. Depois, quando tínhamos mais intimidade, elas me perguntaram se eu sabia o que quer dizer o meu sobrenome no Brasil. E eu: “Não, em espanhol significa buraco, não é nada demais”. Aí elas me disseram o significado em português, e eu: “Nãããooo!”

E brincou:

– Ainda bem que não tive de jogar no Brasil…

Pois é: capitã da seleção espanhola, Boquete terá o nome muitas vezes repetido por narradores brasileiros durante o mês de junho. Afinal, Brasil e Espanha, além de Coréia e Costa Rica, estão no mesmo grupo da Copa do Mundo de Futebol Feminino que será disputada no Canadá.

Bota vai disputar o título carioca

Bota 2 x 1 FluFernandes, Bill e Jean: gols nos 90 minutos de bola em movimento – Montagem: Beneclick

No jogo, com a bola em movimento jogo: Botafogo 2 x 1 Fluminense. Vitória justíssima. O Bota perdeu Elvis aos 15 segundos, entrou  Gegê e, como se nada tivesse mudado, o time foi tocando a bola em busca do gol.

Aos 5 minutos, Fernandes fez 1 a 0. Aos 22, em jogada iniciada por Gegê, Bill fez 2 a 0.

Só dava Bota no Engenhão.

Depois dos 30 minutos, o Flu reagiu um pouco e, aos 42, o garoto Kenedy cavou um pênalti que Jean converteu em gol.

Renan garante Bota nos pênaltis - Imagem: Beneclick

Renan garante Bota nos pênaltis – Imagem: Beneclick

Os 2 a 1 levavam a decisão de uma das vagas na final do Campeonato Carioca para a cobrança de pênaltis ou, como preferem os muito especialistas, para a cobrança em série de tiros livres da marca penal.

No segundo tempo, um pouco menos movimentado, o Flu equilibrou o jogo, alguns velhinhos do Bota começaram a sofrer com cãibras e os 2 a 1 levaram mesmo a decisão para os pênaltis.

Deu Botafogo: 9 a 8.

Todos os jogadores que estavam campo tiveram que bater o seu pênalti. Os goleiros decidiram a parada: Diego Cavalieri perdeu, Renan fez.

Merecidamente, o Bota de Renan está na final – contra Flamengo ou  Vasco, vai-se saber amanhã.

GP do Bahrein tira alegria de Massa

Massa: cara fechada após treino no Bahrein - Reprodução/SporTV

Massa: cara fechada após treino no Bahrein – Reprodução/SporTV

GP do Barhein

Depois do quinto lugar no GP da China, o mais destacado piloto brasileiro da atualidade, nem por isso tão destacado assim, ouviu de Rob Smedley, seu chefe na Williams: “Esse é o melhor Felipe Massa que vemos desde 2008”.

Massa respondeu, agradecido: “O que posso dizer é que estou muito feliz com a maneira como estamos trabalhando com a equipe, com meu engenheiro, com todos”.

Encerrado o treino de classificação para GP do Bahrein, com Massa em sexto lugar, atrás do companheiro Valtteri Bottas, com quem vai dividir amanhã a terceira fila no grid de largada, não era bem de felicidade a expressão do piloto brasileiro. É o que escancara a imagem.

Gauchão define finais com novidade fora de campo

Até que enfim o Grêmio de Felipão pode repetir uma escalação nesta temporada.

Se resolver mesmo não tirar do jogo o meia Douglas, que já tem dois cartões amarelos e talvez devesse se resguardar para as finais do Gauchão, o técnico deve escalar contra o Juventude, logo mais, a equipe que venceu o Campinense pela Copa do Brasil na quarta-feira: Marcelo Grohe; Matías Rodríguez, Geromel, Rhodolfo e Marcelo Oliveira; Fellipe Bastos, Maicon, Giuliano, Douglas e Luan; Braian Rodríguez.

Jogando em casa, às 16 horas deste sábado, basta ao Grêmio um empate  para ir à final, contra o Inter ou o Brasil de Pelotas, que se enfrentarão amanhã.

De olho na torcida - Foto: Divulgação

De olho na torcida –  Divulgação

Aliás, a grande novidade das semifinais do Gauchão está guardada para o jogo do domingo: depois de receber do Brasil um banco de dados com a imagem de seus sócios, o Inter usou um software de reconhecimento facial para identificar os torcedores que brigaram durante o 1 a 1 em Pelotas e vai barrá-los no Beira-Rio.

Serão 289 câmeras de olho nos arruaceiros. Coisa de FBI! É mais uma contribuição que o Internacional está dando ao futebol brasileiro. Espera-se que o exemplo frutifique pelos estádios do Brasil afora.

O futebol do Rio está sumindo do mapa

Esqueça-se o Corinthians, que vendeu 115.092 ingressos em três jogos da Libertadores no Itaquerão, e lidera com folga a lista dos clubes brasileiros que mais arrecadaram na bilheteria em  2015 – R$ 25.082.953 no total.

Vamos, então, ao segundo da lista: o Palmeiras que faturou R$ 19.144.660 e, como o Flamengo, está disputando o campeonato estadual e a Copa do Brasil. O terceiro é o próprio Fla, que faturou nas bilheterias, até agora, R$ 6.835.717.

Os dados levantados por Rodolfo Rodrigues em seu blog Futebol em Números, publicado no UOL, escancaram a distância econômica entre São Paulo e Rio.

A média de público é menos desigual: Corinthians – 31.335 por jogo; Palmeiras,  27.739;  Flamengo, 18.103.

Não se esqueça também: o futebol paulista terá sete dos 40 times que disputarão a  segunda fase da Copa do Brasil e o Rio será representado apenas por Flamengo, Botafogo e Vasco. O Fluminense, graças ao sexto lugar no Brasileirão de 2014, entrará diretamente nas oitavas de final.

E tem mais: Corinthians e São Paulo estão na Libertadores com os mineiros Atlético e Cruzeiro e o gaúcho Internacional. Os times que foram eliminados até entrarão com o Flu nas oitavas da Copa do Brasil.

O futebol do Rio que se cuide!

Vaia é assédio moral, diz o doutor

Imagem: Beneclick

        Imagem: Beneclick

Declaração do doutor Roberto Hallal ao repórter Ricardo Napolitano, do jornal O Dia  sobre as vaias da torcida vascaína que levaram o jogador Bernardo às lágrimas durante os 3 a 2 sobre o Rio Branco do  Acre, em São Januário, na noite da quarta-feira, 15 de abril, pela Copa do Brasil.

– Falam de injúria racial, mas esquecem que o que  mais se pratica em estádios de futebol é o assédio moral, que é tão grave quanto o racismo. E o jogador não é preparado para isso. É desse tipo de coisa que surge a depressão, o desânimo com a profissão, o luto, que é um termo que utilizamos na área.

Bernardo é aquele meia que chegou ao Vasco em 2011 e, embora talentoso, nunca se firmou na equipe, passou uma temporada no Santos e outra no Palmeiras sem mostrar muito serviço, voltou para São Januário e continua sendo apenas a promessa que pintou nos juniores do Cruzeiro. É mais chegado às baladas do que aos treinos.

Roberto Hallal é aquele psicanalista que, após cuidar do botafoguense Jobson, apareceu ao seu lado numa entrevista coletiva em março de 2012 para anunciar:

– A situação do Jobson é promissora. O estado dele me faz ter a certeza de que vale a pena investir no ser humano. Se continuar como está, que o Neymar se prepare para ter um novo companheiro no ataque da Seleção.