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Um caso de amor com a bola

Neymar e a bola

Ele gosta da bola tanto quanto a bola gosta dele.

Dele, bem se poderia dizer o que Armando Nogueira disse do Rei Pelé, que é seu íolo e também seu fã: “Se não tivesse nascido homem, teria nascido bola”.

Tem dificuldade para se desgrudar dela. Trata-a com requinte de amante, apaixonadamente, como se tivesse lido o francês Jean Giraudoux, que escreveu certa vez: “A bola não admite truques, só efeitos sublimes”.

Em campo, reinventa a geometria: depois de embalá-la sinuosamente, dá-lhe curso em linha reta para fazê-la adormecer nas redes do goleiro adversário.

É sempre surpreendente, menos para parceiros tão especiais quanto Lionel Messi e, especialmente neste histórico 2 a 3 diante do Bayern, Luis Suárez. Afinal, os três desenham o futebol na mesma prancheta.

Neymar da Silva Santos Júnior é o nome dele.

Escreve nos campos uma bela história desde que estreou como profissional pelo Santos em 2009, com apenas 17 anos, é campeão da Libertadores, da Copa do Brasil, tricampeão paulista, e agora está iniciando uma nova série de títulos com a camisa do Barcelona.

Pouca importa a derrota desta terça-feira em Munique. Neymar bancou a ida do Barça à final da Liga dos Campeões da Europa no dia 6 de junho em Munique, contra o vencedor do Real Madrid x Juventus de amanhã.

O Bayern chegou a ensaiar um milagre, marcando logo aos sete um dos três gols necessários para não morrer nos 90 minutos, mas ele tratou logo desfazer a alegria alemã. Aos 15, empatou; aos 29, virou.

Agora a um gol do parceiro Messi na lista de artilheiros, Neymar é o primeiro jogador em toda a história do Barcelona a marcar gols nos dois jogos das semifinais da Liga dos Campeões da Europa.

Nada mais natural que, encerrado o primeiro tempo, tenha ficado mais um pouquinho em campo para dar à bola, com as mãos, o tratamento especial que nunca lhe nega com os pés.

Pouco importa que, no segundo tempo, o Bayern tenha virado o placar do jogo. A história do jogo levará para sempre a assinatura do brasileiro Neymar.

O que os números não explicam

Messi, Neymar e Suárez dispensam explicações

Messi, Neymar e Suárez dispensam explicações

Segundo levantamento da Uefa, o Bayern tem mais posse de bola, troca mais passes, finaliza mais, acerta mais o gol, marca mais gols, comete mais faltas, leva mais cartões amarelos e vermelhos do que o Barcelona nos jogos da Liga dos Campeões.

Se você quiser conferir os números, clique aqui.

Os números explicam muito, mas não explicam tudo no futebol.

Um time com Messi, Neymar e Suárez dispensa explicações…

O poder de fogo dos argentinos na Copa América

Gerardo Martino anunciou hoje a primeira lista da Argentina para a Copa América, com 30 nomes, dos quais somente 23 irão ao Chile.

Impressiona o poder de fogo do ataque argentino.

Estão convocados Carlitos Tévez, artilheiro do Campeonato Italiano, com 20 gols, e Sérgio Aguero, artilheiro do Campeonato Inglês, com 25.

O vice-artilheiro do Campeonato Espanhol, um tal de Lionel Messi, também está na lista. Ele marcou 40 gols em 35 rodadas, dois a menos do o matador-mor Cristiano Ronaldo, que já fez 32.

Messi é também o artilheiro da Liga dos Campeões da Europa, com 10 gols.

Nosso Neymar fez 22 gols no Campeonato Espanhol e sete na Liga.

O Barça fica pertinho do título espanhol

Barça grita no Twitter para festejar Neymar

Barça grita no Twitter para festejar Neymar

Quando terminou o primeiro tempo, o Valencia vencia por 2 a 0 e o Real Madrid tinha acertado três vezes a trave do brasileiro Diego Alves, que ainda se deu ao trabalhou de defender um pênalti cobrado por Cristiano Ronaldo.

O resultado era mais do que um desastre. Deixaria o Real a cinco pontos de distância do líder Barcelona, que um pouco antes tinha vencera a Real Sociedad sem precisar forçar muito a barra, principalmente depois de Neymar abrir o placar aos 5 minutos do segundo tempo, coincidentemente aos 50 minutos de jogo.

Foi o 50º gol do craque brasileiro pelo Barça. O clube festejou imediatamente em sua conta no Twitter:

Minuto 50: GOOOOOOOOOL DEL BARÇA. GOOOOOOOOOOL DE NEYMAR (1-0)  #FCBlive

Em Madri, o Real voltou a fazer força no segundo tempo até diminuir a desvantagem com um gol de Pepe aos 10 minutos e finalmente chegar aos 2 a 2 a sete minutos do final.

Não era isso que o campeão europeu queria, mas pelo menos a distância para o Barcelona na briga pelo título espanhol ficou em quatro pontos.

Mesmo assim, é muito. Faltam só duas rodadas e ao Barça basta vencer um jogo.

O próximo é parada dura, duríssima, contra o Atlético, em Madri. O último é moleza pura, em Barcelona contra o Deportivo La Coruna, penúltimo colocado.

A bola é sul-americana na Liga dos Campeões da Europa

É majoritariamente sul-americana a seleção europeia da semana, escolhida hoje no site da Uefa, com os argentinos Mascherano, Messi e Tévez, os brasileiros Daniel Alves e Neymar e o chileno Vidal.

Eu não disse que Liga dos Campeões da Europa até parece um aperitivo da Copa América que vem aí?

A porção europeia da seleção da semana da Uefa tem os italianos Bonucci, Chiellini e Marchisio, o alemão Neuer e o croata Rakitić.

O Barça tem Messi. E nada lhe falta.

Messi abraça Neymar, após detonar o Bayern em  apenas 17 minutos

Messi abraça Neymar, após detonar o Bayern em apenas 17 minutos

Já se tinham passado 30 minutos do segundo tempo e estava claro, claríssimo, que Barcelona e Bayern não faziam o jogaço  que todo o mundo da bola estava esperando desde que o sorteio da Uefa os indicou como adversários nas semifinais da Liga dos Campeões da Europa.

Acontece que o futebol tem mistérios que só aos craques cabe desvendar.

Aos 31, Messi fez 1 a 0.

Aos 35, Messi fez 2 a 0. Se o futebol fosse feito mais de justiça do que de espetáculo, o gol deveria valer em dobro, tão fantástico foi o corte em Boateng e o toquinho sobre Neuer.

E muito provavelmente para corrigir a injustiça matemática, quando já estávamos aos 48 minutos do segundo tempo em Barcelona, Messi resolveu enfiar uma bola para que, depois de gingar levemente diante de Neuer, Neymar fizesse 3 a 0.

Bastaram 17 minutos e um Messi em campo para que tivéssemos um jogaço.

Precisava mais?

O Bayern que se cuide também em Munique.

Os filhos do sr. Iomar duelam em Barcelona

Rafinha e ThiagoRafinha, do Barça, e Thiago Alcântara, do Bayern: luta de irmãos por vaga na final da Liga

Um dos filhos do senhor Iomar do Nascimento, paraibano de Santa Rita que fez 49 anos há menos de um mês, estará na final, em Berlim, daqui a 30 dias – ou Thiago Alcântara do Nascimento, com a camisa do Bayern, ou Rafael Alcântara do Nascimento, com a camisa do Barcelona.

Papai Iomar é o Mazinho, lateral esquerdo e volante que brilhou no Vasco e no Palmeiras, jogou na Itália e na Espanha, foi tetracampeão do mundo em 1994 e, nesta quarta-feira, dividirá o coração de torcedor entre o Barça e o Bayern no primeiro jogão entre os dois (mostrado por várias emissoras brasileiras, a partir das 15h45 de Brasília, como você pode conferir em nosso canal Ao Vivo) por uma das vagas na final do dia 6 de junho.

Thiago é um dos protagonistas do Bayern, embora tenha começado no Barça, como o irmão Rafinha, que ainda é coadjuvante no elenco em que brilham o argentino Lionel Andrés Messi, o brasileiro Neymar da Silva Santos Júnior e o uruguaio Luis Alberto Suárez Díaz.

E não estamos falando de uma competição sul-americana.

Trata-se da Liga dos Campeões da Europa, a mais importante competições entre clubes do futebol mundial. Ontem, já foi assim: o argentino Carlos Alberto Martínez Tévez fez e desfez em Turim e garantiu a vitória da Juventus por 2 a 1 sobre o Real Madrid, aplainando o caminho rumo a Berlim para o confronto com um dos filhos do senhor Iomar do Nascimento.

Até parece que a Liga dos Campeões é apenas um aperitivo da Copa América que vem aí. Não é, não. É muito mais, mas essa é outra história, que envolve dinheiro, poder e capacidade gerencial, coisas sobre as quais estaremos sempre conversando por aqui.

Guardiola que se cuide

Pelo menos uma alegria Pep Guardiola terá na quarta-feira ao retornar ao Camp Nou: o telão do estádio vai exibir um vídeo em homenagem ao seu passado de ídolo como jogador e treinador do Barcelona.

Em seguida, o Barça de Messi, Neymar e Suárez entrará em campo com disposição de trucidar o Bayern, que hoje é comandado por Guardiola e tem boas razões para se preocupar com o resultado de seu primeiro jogo nas semifinais da Liga dos Campeões da Europa.

Suárez vai a Córdoba: três gols nos 8 a 0 - Foto: fcbarcelona.com/

Suárez vai a Córdoba: três gols nos 8 a 0 – Foto: fcbarcelona.com/

Problemas não faltam nestes dias que antecedem a partida contra o Barcelona. Robben, Ribéry, Badstuber e David Alaba continuam fora de combate, Lewandowski também pode desfalcar o time alemão.

É verdade que, nas quartas de final, Guardiola também teve se se virar sem quase todos eles, contando apenas com Lewandowski para massacrar o Porto por 6 a 1 no jogo que garantiu o Bayern na semifinal.

A ninguém ocorrerá, no entanto, comparar o bom time português ao Barcelona cada vez mais infernal que acaba de aplicar a segunda goleada consecutiva na campanha rumo ao título espanhol, enfiando 8 a 0 no lanterninha Córdoba após os 6 a 0 da terça-feira no Getafe. No jogo deste sábado, em Córdoba, Neymar andou longe de brilhar, fez apenas um, em cobrança de pênalti, mas Messi fez dois e Luis Suárez, que anda em fase iluminada, fez três.

Pep Guardiola corre o sério risco de voltar para Munique na quarta com uma única lembrança agradável: a homenagem que o Barcelona lhe prestará no telão do Camp Nou.

Como apanham os brasileiros!

O quarteto que mais sofreu faltas até agora na Liga dos Campeões da Europa tem três brasileiros, segundo levantamento da Uefa :

  • Neymar: jogou 756 minutos, sofreu 32 faltas, cometeu dez.
  • Casemiro: jogou 701 minutos, sofreu 24 faltas. Em troca, cometeu 25.
  • Alex Sandro: jogou 810 minutos, sofreu 23 faltas e cometeu 22.

Ninguém apanhou mais na Liga do que o belga Hazard, do Chelsea, que sofreu 33 faltas nos 654 minutos em que esteve em campo. E só cometeu sete.

Dos quatro que mais apanharam, apenas o brasileiro Neymar continua na competição. E é o único que não recebeu nenhum cartão amarelo.