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Um título à moda da casa

David Braz 1 a 0 aSantistas festejam com David Braz, que abriu o caminho da vitória no jogo e nos pênaltis

Quando a bola começou a rolar neste Campeonato Paulista, o Santos era dos grandes o menos favorito ao título de campeão.

E daí?

Mescla bem sucedida de veteranos bons de bola como Robinho, Renato e Ricardo Oliveira com revelações como Geuvânio e Gustavo Henrique e uma promessa em fase de amadurecimento, como Lucas Lima, o Santos do quase interino Marcelo Fernandes é merecidamente o campeão paulista de 2015.

Perdeu o primeiro jogo da decisão com o Palmeiras por 1 a 0 no Allianz Parque, mas venceu hoje na Vila por 2 a 1, com gols de David Braz e Ricardo Oliveira, e foi soberano nos pênaltis – cravando 4 a 2. Nem foi preciso bater o quinto. Os quatro cobradores santistas marcaram: pela ordem, David Braz, Gustavo Henrique, Victor Ferraz e Lucas Lima.

Foi a sétima final seguida do Santos no Paulistão. É o quarto título conquistado desde 2009, quando começou a era Neymar.

O Palmeiras está cheio de campeões… pelo Santos

O Palmeiras ganhou o caneco pela última vez em 2008, mas não faltam campeões paulistas em seu elenco, todos pelo Santos, o adversário na finalíssima de domingo, dia 3:

  • Zé Roberto (em 2007)
  • Arouca (em 2010, 2011 e 2012)
  • Robinho (em 2011)
  • Maikon Leite (em 2010 e 2011)
  • Alan Patrick (em 2010 e 2011)
  • Aranha (em 2011 e 2012)

Tudo é dúvida na final do Paulistão

Repete-se nas finais do Campeonato Paulista, que mostram hoje o primeiro capítulo no Allianz Parque, o fenômeno que os cariocas acompanharão no Maracanã: as terceira e quarta forças são as primeiras.

No Rio, antes que a bola começasse a rolar, apostava-se no Fla-Flu como final do campeonato; no Paulistão, palpiteiros de diferentes espécies cravavam Corinthians e São Paulo nas finais.

Como a bola cultiva segredos que escapam até aos boleiros, quanto mais aos palpiteiros, Santos e Palmeiras decidirão o título paulista, e Botafogo e Vasco, o carioca.

Convém, portanto, não apostar em favorito no Palmeiras x Santos de logo mais, até porque ninguém sabe sequer a escalação dos times.

Oswaldo de Oliveira está brincando de esconde-esconde com Valdivia, e seu antigo auxiliar, Marcelo Fernandes, repete a brincadeira com Robinho.

Importa lembrar, porém, que o Santos ainda não foi derrotado no Paulistão quando contou com Robinho, e o Palmeiras chegou até aqui contando com Valdivia apenas nos quatro últimos jogos, em nenhum deles durante todos os 90 minutos.

Aparentemente, Robinho faz mais falta ao Santos do que Valdivia ao Palmeiras remontado por Oswaldo.

Aparentemente, repita-se.

De verdade, se é que Robinho e Valdivia realmente não entrarão em campo, a gente só vai saber depois que a bola tiver rolado os 90 minutos no Parque.

O tempo paaaaassa… e as estrelas estão fora do clássico

O Palmeiras dificilmente terá Valdivia e muito provavelmente o Santos não terá Robinho no clássico que abrirá neste domingo as finais do Paulistão de 2015.

Na única vez que Santos e Palmeiras decidiram o título paulista, de 1959, numa melhor de quatro pontos disputada em janeiro de 1960, ainda jogavam Djalma Santos, Julinho Botelho, Zito, Coutinho e Pepe.

E como jogavam!

O Santos tinha também um tal de Pelé, que acabara de fazer 19 anos e já era campeão do mundo. Aliás, ele marcou o gol santista no primeiro jogo, 1 a 1, passou em branco no segundo, 2 a 2, e voltou a marcar no terceiro, 2 a 1 para o campeão Palmeiras.

O que vale o clássico Corinthians x Santos?

() SPOCorinthians de Tite:  liderança e bom futebol – Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Vale pouco o Corinthians x Santos das 16 horas deste domingo em Itaquera: a liderança geral da primeira fase do Campeonato Paulista e, consequentemente, uma pequena vantagem a partir das quartas de final.

Líder folgado do Grupo 2, com 35 pontos, o Corinthians já sabe que mandará em seu estádio a partida contra a Ponte Preta pelas quartas. O Santos, líder do Grupo 4 com 30 pontos, receberá na Vila Belmiro a Penapolense ou o XV de Piracicaba.

Para ultrapassar o Corinthians nesta primeira fase, a equipe do técnico Marcelo Fernandes terá de vencer o clássico e o Rio Claro na última rodada e torcer por mais um tropeço corintiano, diante do XV em Piracicaba.

A vantagem em jogo no clássico de hoje valerá nas semifinais e na final, que terão tanto o cruzamento de times como o mando de campo definidos por índice técnico.

Nas semifinais, a equipe com melhor aproveitamento enfrentará a quarta colocada, também em jogo único, e, evidentemente, a segunda receberá a terceira.

A final será disputada em jogos de ida e volta. O time de melhor campanha joga a segunda partida em casa.

Regulamento à parte, o jogo desta tarde dará aos santistas a oportunidade de se reencontrar com o ídolo Robinho, que não participou do frustrante 2 a 2 com o São Bento no meio de semana, e aos corintianos a possibilidade de conferir se a esfuziante atuação do time nos 4 a 0 sobre o Danubio pela Libertadores traduz o que será a nova era Tite ou se limitou a uma simples exibição de força diante de um adversário fraquinho, fraquinho.

Em resumo: o clássico vale pela chance de se ver um bom futebol. Não é pouco.

Agora, é pensar na Libertadores

a a ha ha A provocação dos torcedores são-paulinos nas redes sociais não resistiu a três minutos de jogo no Allianz Parque. O #Mito falhou em dose dupla: apertado pela marcação ao tentar sair da área com a bola dominada, Rogério Ceni acabou dando a bola na medida para Robinho e voltou devagar demais para tentar a defesa no chute por cobertura do palmeirense. A bola quase raspou no travessão para cair dentro do gol.

Estava desenhado o que seriam os 87 minutos restantes. O Palmeiras se sentiu aliviado, esqueceu o tabu de mais de um ano sem vencer um grande rival paulista e continuou dominando o meio de campo e o jogo desta quarta-feira. Era nitidamente superior com 11 contra 11 em campo. Aos sete minutos, as coisas ficaram ainda mais fáceis: Rafael Toloi chutou Dudu em lance longe da bola e foi expulso.

Daí em diante, o jogo virou um baile verde, mais ao estilo Iron Maiden do que Beatles, como é do gosto de Oswaldo de Oliveira. Muricy Ramalho teve de tirar Pato para cobrir com Edson Silva o rombo na zaga tricolor e o que era fácil ficou facílimo para os palmeirenses. Rafael Marques fez 2 a 0 pouco depois e 3 a 0 no comecinho do segundo tempo.

A uns 15 minutos do fim, o São Paulo ficou com dez: Michel Bastos deu um carrinho violento em Arouca e também foi expulso.

O Palmeiras quebrou em grande estilo o incômodo tabu e, mesmo em fase de formação, já pode pensar no título paulista. O São Paulo viverá dias acalorados até a próxima quarta-feira, quando enfrentará o San Lorenzo em Buenos Aires precisando, no mínimo, de um empate para continuar na briga por uma vaga nas oitavas de final da Liberdadores. É o que importa de verdade.