Suárez, Neymar e Messi: para tenta alegria, é preciso correr muito – Imagem: Beneclick
Já vão longe os tempos em que os craques decretavam e as arquibancadas aplaudiam: ‘quem corre é a bola”.
Hoje em dia, quem corre é o craque.
E os craques correm muito, como se vai poder ver daqui a pouco na definição dos dois primeiros semifinalistas da Liga dos Campeões da Europa, tanto no Bayern x Porto quanto no Barça x PSG.
Mais claro favorito do quarteto que hoje estará em campo para começar a decidir as quartas de final da Liga, o Barça é ótimo exemplo do quanto têm de correr os craques no futebol atual.
Considerando apenas os jogos na Liga dos campeões, eis os números de seu trio ofensivo no levantamento, geralmente confiável, da própria Uefa:
- Messi: nove jogos, 787 minutos em campo, 74.074 metros percorridos – 94,12 metros por minuto.
- Neymar: 666 minutos em campo, 79.646 metros percorridos – 119,58 metros por minuto.
- Suárez: 527 minutos em campo, 63.021 metros percorridos – 119,58 metros por minuto.
O PSG tem craques que correm mais ainda. Por exemplo:
- Cavani: nove jogos, 840 minutos em campo, 103.117 metros percorridos – 122,75 metros por minuto.
- Matuidi: nove jogos, 786 minutos em campo, 102.035 metros percorridos – 129,81 metros por minuto.
Para ter uma ideia mais precisa do que significam tais distâncias, lembre-se: o comprimento máximo de um campo de futebol, definido pela Regra 1, é de 120 metros.
Atualmente, os craque percorrem por minuto praticamente a extensão do campo e quem se movimenta menos, supercraque no caso, corre 8.5 quilômetros por partida, um absurdo para cracaços da era Pelé que se admiravam com jogadores como Zagallo e Zito que, incansáveis, chegavam a percorrer 3 quilômetros durante os 90 minutos de um jogo difícil.
O futebol mudou e nada mudou tanto quanto a velocidade do jogo. É o que mostram os números da mais importante competição de clubes em todo o mundo da bola.