Arquivo da tag: Cruzeiro

Gol de Marquinhos dá vitória e vantagem ao Cruzeiro

Marquinhos 1 a 0Marquinhos vibra com gol que deixa o Cruzeiro mais perto das semifinais da Libertadores

Era tudo o que o Cruzeiro queria em Buenos Aires na noite desta quinta-feira, 21: aos 36 minutos do segundo tempo, o garoto Gabriel Xavier ganhou a bola de graça numa saída errada do River e tocou para o gol, Barovero salvou, mas  Marquinhos aproveitou o rebote e fez 1 a 0.

Estava garantida uma ótima vantagem para o jogo de volta no Mineirão, quarta-feira que vem, dia 27.

No primeiro tempo, embora o Cruzeiro tenha começado bem, o jogo pendeu um pouco mais para o River, menos nervoso e mais consciente. Fábio fez uma grande defesa numa bola enfiada para Teo Gutiérrez entrar livre na área. Foi a grande chance dos argentinos em todo o jogo.

No segundo tempo, o Cruzeiro voltou melhor, com os nervos dominados, chegou muito perto de abrir o placar aos 18 minutos na primeira boa jogada criada por Gabriel Xavier, que rolou a bola para Willian ajeitar à sua feição e tocar para o gol no contrapé de Barovero. Vangioni salvou o gol em cima da na linha.

Estava provado que o Cruzeiro poderia bater o River no Monumental de Nuñez e cuidar em casa de garantir a vaga nas semifinais das Libertadores.

Mais uma Marcelo Oliveira mostrou que sabe o que está fazendo. Ao trocar o garoto Arrascaeta, em noite muito apagada, pelo garoto Gabriel Xavier, abriu os caminhos para a vitória.

Segundo a Globo, o Cruzeiro só interessa aos mineiros

Duas vezes campeão da Libertadores, em 1976 e em 1997, quatro vezes campeão da Copa do Brasil, três vezes campeão brasileiro neste milênio, o Cruzeiro faz hoje um  jogo cheio de atrativos contra o River Plate em Buenos Aires, valendo vaga nas semifinais da mais importante competição de clubes das Américas, mas a Globo vai mostra-lo somente em Minas Gerais.

Parece que o atual campeão brasileiro é um time paroquial. O resto do Brasil não quer ver seu campeão em campo?

Ironicamente, nos bastidores, executivos importantes da Rede Globo agem incessantemente em defesa dos torneios eliminatórios, como se o mata-mata fosse a salvação do futebol brasileiro e não uma muleta para salvar no Ibope os pontinhos que andam perdendo em audiência.

Eles querem acabar com os pontos corridos até no Brasileirão, mas não estão nem aí para um jogo tão importante das fases de mata-mata da Libertadores!

É verdade que a Globo se transformou na maior fonte de receita dos grandes clubes brasileiros, mas o futebol pode faturar muito mais se profissionalizar a negociação dos direitos de transmissão de suas competições.

É hora de abrir o leque e formatar exigências.

Não se fala tanto, hoje em dia, em aprender com o futebol europeu? Eis uma boa matéria para as primeiras lições…

Cruzeiro joga em busca da solidez perdida

Leandro Damião: "Não podemos ficar recuados"

Leandro Damião: “Não podemos nos afobar”

Ao remontar o Cruzeiro em 2015, o técnico Marcelo Oliveira não foi ajudado pela sorte: depois de perder meio time para o mercado, ficou também sem Dedé, no estaleiro desde o fim do ano passado. O zagueiro poderia finalmente se firmar diante de sua desconfiada torcida e dar equilíbrio à defesa que ainda não foi vazada em casa nos jogos da Libertadores, mas nem sempre tem correspondido fora.

E é da defesa que o bicampeão brasileiro mais precisará no jogo desta noite, contra o River Plate. Se não levar gol em Buenos Aires, o Cruzeiro mandará em vantagem o jogo de volta, no Mineirão, daqui a uma semana. É verdade que a dupla Bruno Rodrigo e Manoel tem se saído bem melhor do que Léo e Paulo André, mas ainda não passa a devida confiança ao resto do time.

Em compensação, o goleiro Fábio está pegando tudo. Não se pode, porém, deixar apenas em suas mãos a responsabilidade por um bom resultado neste primeiro jogo entre argentinos e brasileiros na briga por uma das quatro vagas nas semifinais da Libertadores.

Como prega e exige o próprio Marcelo, a tarefa de defender é de todos. O Cruzeiro tem de voltar a se locomover mais agrupado em campo.

É o modelo que deu certo nas duas últimas temporadas, é uma exigência universal do futebol de nossos dias e é a receita para não deixar os zagueiros no confronto direto com os atacantes adversários e não isolar Leandro Damião na linha de frente.

Na verdade, é o que falta a este Cruzeiro para retomar a solidez mostrada pelos times de 2013 e 2015, mesmo que ainda seja cedo para compará-los em qualidade técnica. E é o que permitirá ao Cruzeiro Também procurar o ataque no Monumental de Nuñez, como bem lembrou Leandro Damião, já em Buenos Aires:

– Não devemos pensar só em defender. Quando tivermos a posse de bola, todo mundo também tem de atacar. O River Plate é um time muito tradicional na Libertadores. Temos de tentar jogar como fizemos contra o São Paulo, mas não podemos nos afobar. É preciso lembrar sempre que a vaga é decidida em dois jogos.

O protagonista e o assistente

Robinho e Geuvânio 175Robinho dá a palavra a Geuvânio, após Santos 1 x 0 Cruzeiro: “Hoje, o protagonista é ele”

Ele também já foi menino da Vila e não é ainda um velhinho, mas um trintão que se dá muito bem com a meninada e sabe que é dela que a bola gosta mais. Não é à toa que, nos últimos tempos, Robinho trocou o drible pelo passe, a arrancada pelo lançamento.

Virou garçom o moleque que, em outras eras, se servia tão bem da assistência que lhe davam os mais velhos. Pois hoje, na Vila, a assistência foi dele para que o garoto Geuvânio, 23 anos, marcasse o golaço da vitória santista por 1 a 0 sobre o bicampeão Cruzeiro.

Muito se pode falar sobre o jogo, em que o Santos foi sempre superior, mas o que realmente interessa é o golaço do garoto, muito parecido com aquele que o veterano  D’Alessandro marcou no Internacional 3 x 1 Atlético Mineiro da quarta-feira pela Libertadores.

O colorado trabalhou mais a jogada antes da finalização venenosa. Ao receber a bola de Robinho, no finalzinho do primeiro tempo, o santista simplificou a jogada, pois pressa combina com juventude, e, ao chutar a gol, abusou do veneno com tal convicção que nem se deu ao trabalho de acompanhar com os olhos a trajetória da bola.

Ele sabia onde ela ia pousar. Também sabia o experiente Fábio, que nem se deu ao trabalhode se mover em direção à bola. Simplesmente ficou olhando o caminho por ela percorrido até cair docemente em suas redes.

Alguém tinha de ver, do começo ao fim, o golaço de Geuvânio.

Foi o que definiu o jogo, tanto que, no final, Robinho encurtou as entrevistas para dar a palavra ao garoto:

– Hoje o protagonista é ele.

Boca é punido e River vai enfrentar Cruzeiro

Driussi: internado hoje com inflamação cerebral

Driussi: internado hoje com inflamação cerebral que pode ser meningite

Demorou, mas aconteceu em dose um pouco mais reduzida o que o presidente Daniel Angelici esperava: o Boca Juniors foi punido.

Depois de horas e horas de reunião da comissão disciplinar da Conmebol, agora é oficial: o Boca está fora da Libertadores da América de 2015 – e recebeu mais algumas sanções de pequeníssima monta.

O River Plate, que venceu a primeira partida entre os dois pelas oitavas de final e estava empatando a segunda por 0 a 0 quando quatro de seus jogadores foram atingidos por jatos de gás jogados pela torcida anfitriã, acaba de ser declarado vencedor pelo placar de 3 a 0 e, assim, será o adversário do Cruzeiro nas quartas de final.

O primeiro jogo deve ser disputado na quinta-feira em Buenos Aires.

O Cruzeiro já fretou um avião e fez reservas num hotel de Buenos Aires. O River terá, no mínimo, um desfalque: o atacante Sebastián Driussi, umas vítimas do gás de pimenta, está internado num hospital com uma inflamação que pode ser meningite.

Entre as sanções adicionais impostas ao Boca, será cobrada uma multa de US$ 200 mil, que devem ser depositados “na conta bancária que a Conmebol indique para essa finalidade”.

E quem pagará o prejuízo do River e do Cruzeiro?

Será demais esperar que os lamentáveis acontecimentos da quinta-feira na Bombonera tenham como desdobramento, depois da decisão anunciada há pouco em Assunção, uma nova e rigorosa atitude da Conmebol em relação à violência e à conduta antidesportiva de torcedores, jogadores, técnicos e dirigentes em jogos da Libertadores?

Ou logo estaremos de volta à impunidade de sempre?

E pra Conmebol: tudo? Nada.

Espera-se em todo o vasto mundo da bola que a Conmebol anuncie na tarde deste sábado, 16, a eliminação do Boca Juniors e a consequente confirmação do River Plate como adversário do Cruzeiro nas quartas de final da Libertadores.

O Cruzeiro, que enfrenta amanhã o Santos na Vila Belmiro pelo Brasileirão, já fretou um avião e reservou hotel em Buenos Aires, onde pretende desembarcar na terça e jogar na quinta.

Cabe uma ressalva: da Conmebol pode-se esperar tudo; quase sempre, nada.

Como ensinava o Barão de Itararé, que batia um bolão com as palavras: “De onde menos se espera, daí é que não sai nada”.

Cruzeiro espera adversário argentino: ou Boca ou River

Foi grande o sofrimento no Mineirão, torcedor cruzeirense?

Prepare-se para mais: amanhã, Boca e River definem na Bambonera o adversário do Cruzeiro nas quartas de final da Libertadores.

Qualquer que seja o adversário argentino, a ida das quartas para as semifinais será uma parada duríssima para este Cruzeiro aguerrido, veloz, mas ainda pouco criativo e nada contundente.

Hoje pelas oitavas, Cruzeiro e São Paulo fizeram um jogo pegado, de muita correria e poucas chances de gol, todas criadas pelo Cruzeiro.

O São Paulo foi a Belo Horizonte para empatar. Depois de levar o gol, marcado por Leandro Damião aos 9 minutos do segundo tempo, cuidou de não perder a chance de levar a decisão da vaga para os pênaltis.

E levou. Em vão. Deu Cruzeiro, após seis cobranças de cada time, por 6 a 4.

Depois dos dois 1 a 0 em 180 minutos de bola corrida, o tricolor Paulo Henrique Ganso já tinha o discurso ensaiado para se conformar com a desclassificação nos pênaltis:

– Faz parte do futebol…

Cruzeiro x São Paulo: entre a dança e o balanço

Marcelo x MiltonNão é fácil a vida de técnico no país do futebol.

Chega, arruma o time, ganha os canecos em jogo, perde as estrelas que fez brilhar e tem de rearrumar o desarrumado como se fosse simples continuar tocando a bola em frente sem um Éverton Ribeiro, um Ricardo Goulart, um Lucas Silva, um Dedé, ainda que provisoriamente, e companhia menos ilustre.

E o tempo para remontar a equipe com os substitutos dos que foram embora carregando consigo canecos e faixas de campeão?

É só aproveitar o intervalo entre um jogo e outro do Campeonato Mineiro, da Libertadores, do Campeonato Brasileiro e, daqui a pouco, da Copa do Brasil.

É pouco?

É o que têm Marcelo Oliveira e seus companheiros de profissão empregados nos grandes clubes do Brasil.

Que o Cruzeiro não é mais aquele já dissemos neste blog há quase dois meses, como você pode verificar clicando aqui.

Nem por isso o Cruzeiro em formação desmerece a atenção da torcida e, menos ainda, a dos adversários.

É um time que pode perfeitamente descontar hoje a derrota para o São Paulo por 1 a 0 no primeiro jogo das oitavas de final e assim garantir, no Mineirão, a classificação para as quartas da Libertadores.

Se continuar na Libertadores, Marcelo Oliveira continuará no emprego. Se dançar no Mineirão, vai balançar na Toca da Raposa.

Não é justo, mas é a realidade do futebol brasileiro.

O são-paulino Milton Cruz, que recebe (recebe?) salário de interino e vem tendo aproveitamento superior ao de 99,9% dos efetivos, vive experiência parecida.

Vencendo, continuará no comando técnico do time. Perdendo no jogo das 19h30 a vaga nas quartas de final da Libertadores, muito provavelmente ganhará um novo chefe na continuação do Campeonato Brasileiro.

Não é fácil a vida de técnico no país do futebol.

A Justiça entra em campo contra o racismo

Danilo Larangeira, atualmente na Udinese, vai ter de pagar 100 salários mínimos a Manoel Carvalho, do Cruzeiro, por tê-lo chamado de “macaco do caralho” e cuspido nele no jogo Palmeiras 1 x 0 Atlético Paranaense, pela Copa do Brasil, em 15 de abril de 2010.

A decisão da 8ª câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo foi publicada hoje no Migalhas, site que cobre com absoluta competência o dia a dia da Justiça.

Em primeira instância, a condenação do ex-palmeirense por injúria racial  tinha sido de um ano de reclusão, em regime aberto, “substituída por prestação pecuniária equivalente a 500 salários-mínimos”.

O tribunal reduziu o valor após o recurso do zagueiro, mas não aceitou sua alegação de que “a tal situação ocorreu após entraves normais de uma partida de futebol”.

O desembargador Lauro Mens de Mello, relator do processo, deixou claro o fato de a injúria ocorrer durante uma disputa de bola não afasta o crime:

– Muito fácil a prática de injúria racial e depois a alegação de que tudo não se passava de um impulso praticado durante partida de futebol.

Fica a lição para os racistas que infestam nossos campos de futebol – e até os salões do Superior Tribunal de Justiça Esportiva.

O presidente viajou à toa: Robinho está livre

Foto de Robinho: Ricardo Saibun/Santos FC

                                    Foto de Robinho: Ricardo Saibun/Santos FC

O presidente Modesto Roma poderia ter poupado o dinheiro da viagem à  Itália, com o propósito declarado de negociar com o Milan a liberação de Robinho, pois o jogador e o clube italiano “já assinaram a rescisão” do contrato que venceria no meio do ano que vem – informou, hoje cedo, sua advogada e representante, Marisa Alija, ao ESPN.com.br.

O problema é que agora as despesas com Robinho ficam totalmente por conta do Santos, que não lhe paga há algum tempo. Parte do salário do jogador ainda era paga pelo Milan.

Será que Robinho, agora livre para assinar com quem quiser, continuará no Santos?

A resposta interessa muito ao Flamengo e ao Cruzeiro.