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Flu e Corinthians fazem o dever de casa

O Fluminense mostrou mais uma vez que é uma exceção no atual futebol carioca e, ao vencer o Santos no Maracanã por 2 a 1, instalou-se no G-4 do Brasileirão entre o Atlético Mineiro, vice-líder, e o Grêmio, quarto colocado, todos os três com 20 pontos, dois a menos do que o líder Sport.

Foi uma vitória merecida, embora o Santos não tenha jogado mal, mas, desde que Robinho saiu do time para servir à Seleção, esta tem sido a sina do time de Marcelo Fernandes: atuações razoáveis e resultados ruins.

E, assim, Lucas Lima, Geuvânio e o artilheiro amargam o 16º lugar, coladinho no Z-4. E o pior é que Robinho não vai voltar!

No Flu, a dúvida está no futuro: e se a Juventus levar o garoto Gérson?

Um pouco mais cedo, o Corinthians também fez o dever de casa em Itaquera, bateu a Ponte por 2 a 0 e está ali na beiradinha do G4 com 19 pontos, em sexto lugar, perdendo para o Atlético Paranaense apenas no saldo de gols. A Ponte também não jogou mal, mas vai se distanciando da turma da frente e já está em oitavo lugar, com 16 pontos.

A quarta vitória corintiana nas últimas cinco rodadas sugere que Tite talvez consiga  remontar um time minimamente forte depois de perder Emerson Sheik e Guerrero.

A conferir nas próximas rodadas.

Santos empata em Minas e divide torcida do Atlético

Em Belo Horizonte, num jogo bem disputado, o Santos saiu na frente, o Atlético Mineiro virou ainda no primeiro tempo, o Santos empatou no segundo.

O 2 a 2 ficou melhor para Marcelo Fernandes, que não pode ser cobrado por um resultado bastante satisfatório como visitante, do que para Levir Culpi, que foi surpreendentemente vaiado por parte da pequena torcida que foi ao Independência – 10.536 pagantes.

A outra parte gritou em apoio ao técnico.

O atleticano Guilherme saiu de campo sem entender nada:

– Não vejo motivo para isso tudo. No Campeonato Brasileiro, os times oscilam. O torcedor tem direito de reclamar, mas a gente tem feito nosso trabalho da melhor forma. Futebol é assim.

Atlético x Santos vale o emprego de treinador

Seu time vai mal no Brasileirão, tem um aproveitamento de apenas um terço dos pontos disputados, não pode contar com sua principal estrela nem com um dos zagueiros titulares. Você pega esse time, leva para jogar na casa do adversário, um dos candidatos ao título, e diz ao técnico: “Ou vence ou vai pra rua”.

É mais ou menos o que o Santos está fazendo com Marcelo Fernandes.

Sem Robinho, que está na Seleção, sem David Braz, contundido, o Santos vai enfrentar o Atlético Mineiro às 19h30 no Independência num jogo decisivo para o treinador e para as pretensões da equipe no campeonato.

Depois de acumular duas derrotas e dois empates nas últimas rodadas, dificilmente o Santos ganhará os três pontos em Belo Horizonte.

E assim o Brasileirão que já derrubou Ricardo Drubscky, Luiz Felipe Scolari, Vanderlei Luxemburgo, Marcelo Oliveira, Hemerson Maria, Marquinhos Santos e Oswaldo de Oliveira pode fazer a oitava vítima na abertura da sétima rodada.

Do lado do Atlético, depois de uma certa turbulência em seguida às vissicitudes na Libertadores, Levir Culpi só tem o que comemorar: será sua 257ª partida no comando técnico da equipe, igualando o número de vezes em que já comandou o Cruzeiro.

Retrato fiel da instabilidade que hoje ameaça o treinador santista, é a quarta vez que Levir trabalha no Atlético Mineiro. E foram três no Cruzeiro. Ou seja: mesmo perdendo hoje o emprego, daqui a pouco Marcelo Fernandes poderá estar novamente trabalhando no Santos.

Um título à moda da casa

David Braz 1 a 0 aSantistas festejam com David Braz, que abriu o caminho da vitória no jogo e nos pênaltis

Quando a bola começou a rolar neste Campeonato Paulista, o Santos era dos grandes o menos favorito ao título de campeão.

E daí?

Mescla bem sucedida de veteranos bons de bola como Robinho, Renato e Ricardo Oliveira com revelações como Geuvânio e Gustavo Henrique e uma promessa em fase de amadurecimento, como Lucas Lima, o Santos do quase interino Marcelo Fernandes é merecidamente o campeão paulista de 2015.

Perdeu o primeiro jogo da decisão com o Palmeiras por 1 a 0 no Allianz Parque, mas venceu hoje na Vila por 2 a 1, com gols de David Braz e Ricardo Oliveira, e foi soberano nos pênaltis – cravando 4 a 2. Nem foi preciso bater o quinto. Os quatro cobradores santistas marcaram: pela ordem, David Braz, Gustavo Henrique, Victor Ferraz e Lucas Lima.

Foi a sétima final seguida do Santos no Paulistão. É o quarto título conquistado desde 2009, quando começou a era Neymar.

O que vale o clássico Corinthians x Santos?

() SPOCorinthians de Tite:  liderança e bom futebol – Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Vale pouco o Corinthians x Santos das 16 horas deste domingo em Itaquera: a liderança geral da primeira fase do Campeonato Paulista e, consequentemente, uma pequena vantagem a partir das quartas de final.

Líder folgado do Grupo 2, com 35 pontos, o Corinthians já sabe que mandará em seu estádio a partida contra a Ponte Preta pelas quartas. O Santos, líder do Grupo 4 com 30 pontos, receberá na Vila Belmiro a Penapolense ou o XV de Piracicaba.

Para ultrapassar o Corinthians nesta primeira fase, a equipe do técnico Marcelo Fernandes terá de vencer o clássico e o Rio Claro na última rodada e torcer por mais um tropeço corintiano, diante do XV em Piracicaba.

A vantagem em jogo no clássico de hoje valerá nas semifinais e na final, que terão tanto o cruzamento de times como o mando de campo definidos por índice técnico.

Nas semifinais, a equipe com melhor aproveitamento enfrentará a quarta colocada, também em jogo único, e, evidentemente, a segunda receberá a terceira.

A final será disputada em jogos de ida e volta. O time de melhor campanha joga a segunda partida em casa.

Regulamento à parte, o jogo desta tarde dará aos santistas a oportunidade de se reencontrar com o ídolo Robinho, que não participou do frustrante 2 a 2 com o São Bento no meio de semana, e aos corintianos a possibilidade de conferir se a esfuziante atuação do time nos 4 a 0 sobre o Danubio pela Libertadores traduz o que será a nova era Tite ou se limitou a uma simples exibição de força diante de um adversário fraquinho, fraquinho.

Em resumo: o clássico vale pela chance de se ver um bom futebol. Não é pouco.