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Brasileirão derruba os profetas

Zé Roberto e Valdivia festejam vitoria palmeirense

Zé Roberto e Valdivia festejam vitoria palmeirense

Se o Campeonato Brasileiro terminasse hoje, seria a falência dos videntes, profetas e palpiteiros.

Ainda faltam o Fla-Flu e Figueirense x Cruzeiro, mas os resultados não influirão no G-4, que assim está desenhado: em primeiro, com nove pontos, o Atlético Paranaense; pela ordem, seguem-se Sport, Ponte Preta e Goiás, todos com oito.

No Z-4 é que a ordem pode ser mexida depois dos jogos da noite.

O Brasileirão vai fechar a quarta rodada mais ou menos embolado, com uma diferença de oito pontos entre o líder Atlético Paranaense e o lanterninha Joinville, mas já põe em risco a renovação que Tite vem sendo forçado a fazer no Corinthians, que perdeu em casa para o Palmeiras de Zé Roberto e Valdivia por 2 a 0. Outros grandes também começam a ser pressionados a reagir imediatamente se não quiserem ficar para trás na briga pelo título e até pelas vagas na Libertadores de 2016.

Os jogos da manhã e da tarde melhoraram estatisticamente o desempenho dos visitantes, que, depois de duas vitórias no sábado, conquistaram mais uma neste domingo, que registrou outros três empates – Santos 2 x 2 Sport, Internacional 0 x 0 São Paulo e Goiás 1 x 1 Grêmio.

O Inter ainda está com a cabeça na Libertadores, que só voltará após a Copa América, mas o Atlético Mineiro voltou com força ao Brasileirão e trucidou o Vasco no Independência fazendo 3 a 0 logo no primeiro tempo para se resguardar no segundo.

Seria demais querer que o fraquinho Vasco limpasse a barra dos visitantes no Independência.

Doriva tem de vencer o Internacional

Doriva: semana complicada

Doriva: semana complicada

A cinco dias de fazer 43 anos, Dorival Guidoni Júnior, paulista da pequena Nhandeara, está vivendo no Rio de Janeiro as primeiras agruras como treinador de futebol e precisa conduzir o seu Vasco a uma vitória sobre o Internacional às 18h30 deste sábado, dia 23, para não sair de São Januário de mal com a torcida que, há três semanas, o saudava como comandante do campeão carioca.

Depois de quatro empates seguidos, dois pelo Brasileirão, dois pela Copa do Brasil, três deles por 0 a 0, não falta vascaíno disposto a apupar o ‘retranqueiro’ que deu forma ao Ituano campeão paulista de 2014 e a este Vasco que, depois do título carioca, tem como aspiração mais viável em 2015 escapar do retorno à Segundona em 2016.

Doriva vai fazendo competente sua parte no esforço para manter o Vasco pelo menos naquela parte cinzenta da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro em que não estão os candidatos a uma vaga na Libertadores nem os condenados ao rebaixamento. Com alguma sorte, dá até para sonhar com uma vaga na Copa Sul-Americana.

Ele não escolheu o time que está treinando, não bate nem desperdiça pênaltis, não chuta a gol e, portanto, pode se dar por satisfeito quando vê o Vasco dominando os jogos, embora o domínio não se reflita no placar. E seu trabalho conta até agora com o reconhecimento do presidente Eurico Miranda, que tem muitos defeitos, mas não o de se intrometer no dia a dia dos treinamentos.

Doriva é o 12º treinador a tentar dar um jeito no Vasco de 2010 para cá – e o segundo a conquistar um caneco; o outro foi Ricardo Gomes, campeão da Copa do Brasil em 2011.

Por que diabos, então, Doriva vive seus primeiros dias de agruras como treinador empregado em um grande clube?

Como não é bobo, o jovem treinador já deve ter sacado que as limitações do elenco vascaíno, exceção feita ao goleiro Martín Silva e a alguns jovens promissores que ele pouco tem escalado nos jogos importantes, vão afligi-lo até o fim da temporada e progressivamente aumentarão a impaciência dos nunca pacientes torcedores vascaínos.

Se não bastassem os problemas caseiros, o técnico do Vasco ainda teve de conviver nos últimos dias com uma inoportuna proposta do Grêmio para trocar o Rio por Porto Alegre e um timinho fraco por outro. Resolveu ficar onde está, mas certamente perdeu a concentração para o jogo tão importante desta noite contra os reservas do Internacional.

Além de não conseguir o que queria, o cartola gremista Romildo Bolzan atrapalhou o trabalho de Doriva e, atrapalhado como todo bom cartola, acabou ajudando o Inter. Os colorados agradecem.

Visitantes assustam os anfitriões no Brasileirão

Diego Oliveira: gol de empate nos acréscimos

Diego Oliveira: gol de empate nos acréscimos

Até agora, os visitantes têm assustado seus anfitriões nos jogos primeira rodada do Campeonato Brasileiro.

Ontem, sábado, o Atlético Mineiro empatou com o Palmeiras; o Coritiba abriu o placar contra a Chapecoense, que só conseguiu concretizar a virada no segundo tempo; o Joinville foi  entregar os pontos ao Fluminense a três minutos do final.

Hoje, inaugurando a matinê do Brasileirão 2015, a Ponte Preta também aprontou em Porto Alegre. Depois de sair perdendo para o Grêmio por 2 a 0, chegou ao empate no segundo tempo, levou o terceiro gol, mas acabou empatando por 3 a 3 com um gol de Diego Oliveira aos 49 minutos.

O gremista Giuliano lamentou:

– Foi um empate muito amargo. Esses pontos vão fazer falta demais depois.

Lamentações à parte, o Dia das Mães não é a data mais propícia para um jogo às 11 horas, tanto que apenas 11.920 torcedores pagaram ingresso na Arena do Grêmio, mas o novo horário parece agradar ao público, pelo menos durante os meses de frio.

No calor dos últimos meses do ano, porém, não dá para imaginar torcedores e atletas felizes com o rolar da bola ao meio dia.

Um fim de semana de campeões em todo o mundo da bola

Daqui a pouco, sai o campeão paulista. A Vila Belmiro espera a decisão do título na cobrança de pênaltis, após o Santos ter vencido o Palmeiras por 2 a 1 nos 90 minutos de bola em movimento.

Rafael Silva: um gol em cada jogo da decisão

Rafael Silva: um gol em cada jogo da decisão carioca

No Rio, a festa já se espalhou pela cidade. Depois de 12 anos de jejum, o torcedor pode comemorar: ao vencer o Botafogo por 2 a 1 no Maracanã, de novo com um gol já nos descontos, o Vasco é novamente campeão carioca. Rafael Silva, que garantira o 1 a 0 no primeiro jogo, abriu o caminho da vitória no finalzinho do primeiro tempo, Gilberto fechou o placar depois que o Botafogo tinha chegado ao empate aos 29 do segundo.

Em Varginha, a valente e bem montada Caldense não resistiu à superioridade técnica do Atlético, que venceu a finalíssima por 2 a 1 e volta a dar atenção à Libertadores da América com a faixa de campeão mineiro no peito.

Em Porto Alegre, no Beira-Rio, o Internacional venceu por 2 a 1 e ficou com a ‘Copa do Mundo’ que o Grêmio estava disputando. Talvez isso conte mais para os colorados do que o pentacampeonato gaúcho. E Felipão perdeu pela primeira vez uma final para o Inter, que agora vai cuidar da vida na Libertadores.

E em Salvador se deu o milagre que nem os torcedores do Bahia esperavam, tanto que apenas 20.904 pagaram ingresso para comemorar os 6 a 0 sobre o Vitória da Conquista na Fonte Nova. E assim, depois de perder o primeiro jogo por 3 a 0, o vice da Copa do Nordeste se sagrou campeão baiano.

Fora do país do futebol, dois grandes europeus também se sagraram campeões nacionais neste fim de semana.

Na Inglaterra, com três rodadas de antecedência, o Chelsea conquistou o título ao derrotar por 1 a 0 o Crystal Palace e assim compensa em parte a frustração pela eliminação precoce da Liga dos Campeões da Europa.

No sábado, faltando quatro rodadas para o final do campeonato, os italianos conheceram a nova campeã, velha campeã, aliás, pois se trata da tetracampeã Juventus. Bastou-lhe a vitória por 1 a 0 sobre a Sampdoria, em Gênova. Agora, a Juve está livre para se dedicar apenas aos duros embates com o Real Madrid pela vaga na final da Liga dos Campeões.

As defesas dão o tom às finais

Mais do que fazer gols, evitá-los foi a receita do sucesso dos finalostas nos mais importantes campeonatos estaduais do país do futebol.

É o que mostram os números dos times que levam vantagem nas finalíssimas deste domingo, 3 de maio:

  • Em Minas, a Caldense sofreu apenas quatro gols nos 14 jogos disputados até agora; o Atlético sofreu nove.
  • Em São Paulo, o Palmeiras levou 12 gols em 18 jogos; o Santos, 14.

O Campeonato Carioca parece uma leve exceção: Vasco e Botafogo empatam em número de gols sofridos, cada qual com 13 em 18 jogos.

Não se esqueça, porém, que o Vasco levou cinco gols do Friburgense, ainda na primeira fase – aquilo que os economistas gostam de chamar ‘um ponto fora da curva’.  Dado o desconto estatístico, é claramente do Vasco a melhor defesa carioca ao longo do campeonato.

Que se cuide, então, o Internacional ao receber o Grêmio no Beira-Rio. Na única final em que nenhum time entra com vantagem, o confronto das defesas pode ser crucial: em 18 jogos, os colorados sofreram 12 gols; os gremistas, somente nove.

Finais começam com muito público e poucos gols

Leandro Pereira: gol do Palmeiras - Foto: Cesar Greco/Divulgação

Leandro Pereira: gol do Palmeiras – Foto: Cesar Greco/Divulgação

Rafael Silva: gol do Vasco - Imagem: Beneclick

Rafael Silva: gol do Vasco – Imagem: Beneclick

Dois golzinhos em 360 minutos de jogo! E a bola rolou muito neste domingo – de Belo Horizonte a Porto Alegre, com escalas no Rio e em São Paulo.

O Palmeiras fez 1 a 0, gol de Leandro Pereira, poderia ter feito 2 a 0 se Dudu não desperdiçasse um pênalti e vai à Vila Belmiro precisando apenas empatar com o Santos para conquistar o título paulista no próximo domingo.

Quando o juiz já estava levando o apito à boca para encerrar o jogo, o Vasco fez 1 a 0, gol de Rafael Silva, e será  campeão carioca de 2015 se também empatar com o Botafogo na finalíssima.

O Atlético não saiu do 0 a 0 com a Caldense e terá de vencer em Varginha se ainda estiver sonhando com o título mineiro.

Grêmio e Internacional também não saíram do 0 a 0 e quem vencer no Beira-Rio será campeão gaúcho. Empate com gols dará o título ao Grêmio. Um novo 0 a 0 levará a decisão para a cobrança em série de pênaltis.

A tão pouco se resume a primeira rodada das finais dos quatro campeonatos estaduais mais importantes do país do futebol.

E não foi por falta de apoio da torcida que os ataques mostraram tão pouco no primeiro domingo das finais.

O Mineirão recebeu 53.772 pagantes; a Arena do Grêmio, 43.681; o Allianz Parque, 39.479; o Maracanã, 39.379 (e, como sempre acontece em grandes jogos no Rio, mais de 6 mil entraram sem pagar).

Inter pensa na Libertadores, Grêmio joga Copa do Mundo

Diego Aguirre: segundo Gre-Nal - Imagem: Beneclick

Diego Aguirre: segundo Gre-Nal – Imagem: Beneclick

Finalmente vivendo alguns dias de merecida paz no comando técnico do Internacional, Diego Aguirre disfarça, disfarça, mas não consegue esconder de todo que dá mais importância aos jogos com o Atlético Mineiro por uma vaga nas quartas de final da Libertadores do que ao duplo Gre-Nal que definirá o campeão gaúcho da temporada.

Tudo indica que o uruguaio não escalará todos os titulares amanhã, dia 26, na Arena do Grêmio, mas o discurso é outro:

– Seria muito importante marcar um gol lá É similar ao que acontece na Libertadores. É a mesma definição de confronto em mata-mata. Então, obviamente precisamos fazer um bom jogo e tentar encaminhar a classificação. Claro, marcar um gol seria bom; dois, melhor ainda.

No Grêmio, Felipão é certeza absoluta:

– Será aquele mesmo time dos últimos jogos. Não tem surpresa nenhuma.

Para os colorados, o título do Gauchão não vale tanto quanto a Libertadores, mas, “para o Grêmio, o Campeonato Gaúcho é Copa do Mundo”, como fez questão de dizer, durante a semana, o goleiro Marcelo Grohe.

Este Gre-Nal que aos corações gremistas se assemelha à decisão de uma Copa do Mundo é o primeiro do treinador Diego Aguirre, mas será o segundo em sua carreira de futebolista: na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1988, ele entrou em campo quando o Inter tinha um homem a menos e foi peça fundamental na vitória, de virada, por 2 a 1.

É claro que não se pode comparar as finais deste Gauchão àquele que ficou conhecido como Gre-Nal do século, mas também este duplo embate de 2015 carrega um ingrediente histórico. O título gaúcho será decidido pela 25ª vez num Gre-Nal. E o jogo está empatado: 12 a 12.

Gauchão define finais com novidade fora de campo

Até que enfim o Grêmio de Felipão pode repetir uma escalação nesta temporada.

Se resolver mesmo não tirar do jogo o meia Douglas, que já tem dois cartões amarelos e talvez devesse se resguardar para as finais do Gauchão, o técnico deve escalar contra o Juventude, logo mais, a equipe que venceu o Campinense pela Copa do Brasil na quarta-feira: Marcelo Grohe; Matías Rodríguez, Geromel, Rhodolfo e Marcelo Oliveira; Fellipe Bastos, Maicon, Giuliano, Douglas e Luan; Braian Rodríguez.

Jogando em casa, às 16 horas deste sábado, basta ao Grêmio um empate  para ir à final, contra o Inter ou o Brasil de Pelotas, que se enfrentarão amanhã.

De olho na torcida - Foto: Divulgação

De olho na torcida –  Divulgação

Aliás, a grande novidade das semifinais do Gauchão está guardada para o jogo do domingo: depois de receber do Brasil um banco de dados com a imagem de seus sócios, o Inter usou um software de reconhecimento facial para identificar os torcedores que brigaram durante o 1 a 1 em Pelotas e vai barrá-los no Beira-Rio.

Serão 289 câmeras de olho nos arruaceiros. Coisa de FBI! É mais uma contribuição que o Internacional está dando ao futebol brasileiro. Espera-se que o exemplo frutifique pelos estádios do Brasil afora.

Números retratam os campeonatos estaduais

Foi uma tarde de poucos gols, pouco público e muitos cartões nos jogos disputados por seis grandes times grandes e dois pequenos em fases decisivas dos quatro principais campeonatos estaduais do País.

No Maracanã, Vasco 0 x 0 Flamengo: 21.289 pagantes, dez cartões amarelos. No próximo  domingo, dia 19, tem reprise, novamente no Maracanã.

Na Vila Belmiro, Santos 3 x 0 XV de Piracicaba: 11.260 pagantes, seis cartões amarelos. O Santos pega o São Paulo na semifinal do Paulistão,  Corinthians e Palmeiras fazem o outro jogo.

No Independência, Atlético 1 x 1 Cruzeiro: 16.153 pagantes, dez cartões amarelos, um vermelho. No dia 19, tem reprise no Mineirão.

Em Caxias, Juventude 0 x 1 Grêmio: nove cartões amarelos.  Público: ainda não foi divulgado. No sábado, 18, reprise na Arena do Grêmio.

O futebol brasileiro precisa ser amplamente debatido ou vai afundar no brejo. Para lá já está se dirigindo.

Quem dá bola para a Copa do Brasil?

A Copa do Brasil é a segunda mais importante competição de clubes do País, reúne num imenso caldeirão times de A a Z, de Norte a Sul, vale uma vaga na Libertadores e veste o figurino do mata-mata que tanto agrada a executivos globais e cartolas de variadas espécies.

Mesmo assim, a Copa do Brasil toca cada vez menos a alma do torcedor, tão mal promovida que é no dia a dia.

Hoje serão disputados 16 jogos, nem todos com forte apelo para o distinto público, mas estarão em campo equipes capazes de mobilizar a torcida pelo Brasil afora – como o Vasco, o Botafogo, o Grêmio, o Bahia – e muitas outras com grande torcida regional.

Pouca gente, porém, vai dar atenção a tantos jogos, numa noite em que o Corinthians e o São Paulo entram em campo pela Libertadores, a mais importante competição de clubes das Américas.