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Palmeiras vira em dois e acaba em quatro

Rafael Marques 286 xRafael Marques,  artilheiro do Palmeiras no Brasileirão, festeja os 4 a 0 sobre o São Paulo

O jogo começou equilibrado, com ligeiro predomínio são-paulino. Aos 18 minutos, Pato ate acertou o poste esquerdo de Fernando Prass.

Foi só o começo.

Aos 31, Egídio começou a aparecer no jogo. Da esquerda, rolou uma bola no meio da área para Leandro Pereira fazer 1 a 0.

Aos 40, Egídio conseguiu um escanteio. Robinho cobrou e, de cabeça, Victor Ramos fez 2 a 0.

Enquanto os palmeirenses faziam gols, os são-paulinos tocavam pacientemente a bola, tentando chegar à área de Prass.

Quem dá muito atenção aos números não vai entender o placar: foram 68% de posse do São Paulo, 32% do Palmeiras.

No segundo tempo, continuou o desequilíbrio, embora em nenhum momento o São Paulo tenha desistido do jogo. Pelo contrário, continuou tocando a bola como se não houvesse sempre um palmeirense à espreita para tomá-la e disparar rumo ao gol de Rogério Ceni.

E Egídio continuou desequilibrando. Parece que nasceu para jogar sob o comando de Marcelo Oliveira.

Aos 13, cruzou rasteiro para Rafael Marques fazer 3 a 0 e se firmar como artilheiro do Palmeiras no Brasileirão, agora com quatro gols.

Aos 26, fez um lançamento longo e cruzado para Cristaldo fechar a conta: 4 a 0 para o Palmeiras.

Rafael Marques resumiu a vitória:

– Conseguimos criar, marcar, e aproveitamos as oportunidades.

O São Paulo, que seria o líder do Brasileirão se tivesse vencido, agora é o ultimo do G-4, com os mesmos 17 pontos que o Grêmio, mas com a vantagem de um gol no saldo.

O Palmeiras é o décimo colocado, pelo menos até que se encerre Internacional x Santos, um dos jogos das 18h30.

Nos outros jogos da tarde, o Atlético Paranaense foi derrotado pela Ponte Preta em Campinas por 2 a 1  e já não pode ser encontrado no G-4. E o Cruzeiro perdeu novamente, desta vez para o Coritiba, por 1 a 0, permanecendo na metade inferior da tabela de classificação.

O Brasileirão embolou de vez: entre o líder Sport e a Ponte Preta, oitava colocada, a diferença é de apenas três pontos.

São Paulo visita Palmeiras pela liderança do Brasileirão

Rogério Ceni: vitória vale liderança

Rogério Ceni: vitória vale liderança

Aos poucos, estão chegando às linhas de frente do Brasileirão os principais candidatos ao título de 2015, como o Atlético Mineiro, que conseguiu um mirradinho 1 a 0 sobre o vice-lanterna Joinville na matinê do Mineirão diante de 55.987 torcedores e, com 17 pontos, instalou-se no G-4, ainda que provisoriamente, como sinaliza a tabela com os jogos marcados para as 16 horas, especialmente:

Palmeiras x São Paulo – que vale a ressurreição verde e pode levar o Tricolor à liderança isolada. Bastará a Rogério Ceni e companhia vencer o clássico.

♦ Ponte Preta x Atlético Paranaense – de todos, o confronto que reúne a dupla com a maior soma de pontos nas oito rodadas disputadas até agora e, em caso de vitória dos paranaenses, pode lhes dar a liderança se o São Paulo não vencer o clássico no Allianz Parque.

♦ Goiás x Fluminense – a chance tricolor de se manter nas cercanias do G-4 ou até mesmo, com uma favorável combinação de resultados, lá se alojar.

Tal qual Coritiba x Cruzeiro, também às 16, os jogos das 18h30, embora reúnam quatro das maiores forças históricas do nosso futebol, mexem apenas com a metade inferior da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro:

♦ Internacional x Santos – a vitória de um ou de outro talvez valha um pulo para a parte de cima da tabela; nada mais do que o nono lugar, porém. No máximo.

♦ Vasco x Flamengo – nem a vitória, que seria a primeira neste Brasileirão, tirará os vascaínos da zona de rebaixamento; os rubro-negros, no entanto, sairão de lá se vencerem o jogo em Cuiabá.

Um sábado inesquecível

Foi um sábado que deixará pelo menos dois registros importantes na história do esporte brasileiro, relativos ambos a eventos em campo e quadro da Europa:

  • Ao conquistar no Estádio Olímpico de Berlim o título de campeão europeu pelo Barcelona, Neymar não apenas realizou um sonho de criança, mas também consolidou a imagem de supercraque, capaz de se superar a cada temporada, batendo sucessivamente recordes pessoais. Aos 23 anos, com os títulos da Libertadores e da Liga dos Campeões da Europa, artilheiro das duas competições, tendo feito gol nas finais de ambas, é o primeiro jogador a também marcar em todos os jogos das quartas, das semifinais e da final na era moderna da competição europeia.
  • Ao vencer, em parceria com o croata Ivan Dodig, os norte-americanos Bob e Mike Bryan por dois sets a 1 (parciais de 6/7, 7/6 e 7/5), Marcelo Melo se transformou no primeiro tenista brasileiro a conquistar o título de duplas do Torneio de Roland Garros, a quadra predileta do nosso Guga em seus bons tempos. Foi a primeira vez que Marcelo Melo, de 31 anos, ganhou um Grand Slam em sua longa carreira.

Também em campos do Brasil, o 6 de junho não foi um sábado qualquer:

  • No Morumbi, Rogério Ceni saudou a estreia do treinador Juan Carlos Osorio com mais um gol, ajudando o São Paulo a vencer o Grêmio por 2 a 0, e já é o décimo artilheiro da história tricolor, com 129 gols no total.
  • Em Santa Catarina, o Corinthians voltou a sentir o gosto da vitória, batendo o Joinville por 1 a 0, e a se aproximar do pelotão de frente no Brasileirão.
  • No Estádio Independência, finalmente o Cruzeiro quebrou um tabu de 11 jogos sem vencer seu grande rival e bateu o Atlético por 3 a 1. Parece ter se afastado definitivamente da zona de rebaixamento.
  • No Maracanã, o Flamengo conseguiu a primeira vitória neste Brasileirão: 1 a 0 na Chapecoense.
  • Na Vila Belmiro, o Santos mostrou mais uma vez que não é fácil a vida sem Robinho e empatou por 2 a 2 com a Ponte Preta, que continua no G4.
  • Na Arena da Baixada, nada de novo: o Vasco perdeu como sempre, agora por 2 a 0, e o Atlético Paranaense continua firme na liderança do Brasileirão, com 15 pontos, dois a mais do que o São Paulo, que pode perder o segundo ugar neste domingo se o Sport vencer o Fluminense no Rio.

Como já cantou o poetinha Vinicius de Moraes, com a sabedoria de bom botafoguense, “há um renovar-se de esperanças porque hoje é sábado”. Menos para os vascaínos, registre-se.

Tudo indica que Rogério vai ficar mais um pouquinho

Rogério Ceni 46Rogério Ceni: para o bem e para o mal, protagonista de São Paulo 3 x 2 Santos

São Paulo 3 x 2 Santos, apesar da fria noite paulistana desta quarta-feira, merecia um público maior do que os 13.847 torcedores que foram ao Morumbi e viram um jogo de reviravoltas e emoções, com um protagonista que se destacou para o bem e para o mal: Rogério Ceni.

O São Paulo dominou o primeiro tempo, fez 1 a 0 numa cobrança de falta graças a uma falha do goleiro Vladimir e acabou cedendo o empate no último minuto na sequência de um pênalti cobrado por Ricardo Oliveira e defendido parcialmente por Rogério Ceni. O próprio Ricardo aproveitou o rebote e decretou o 1 a 1.

 Antes do intervalo, Rogério ainda recebeu um cartão amarelo por reclamar do cartão amarelo que o árbitro Thiago Duarte Peixoto havia mostrado ao seu reserva Renan Ribeiro.

 O segundo tempo começou em toada diferente e logo no primeiro minuto Ricardo Oliveira fez 2 a 1 num chute enviesado e de longe que Rogério aceitou com demasiada facilidade.

Três minutos depois, aproveitando um escanteio, Paulo Miranda empatou.

Era o jogo das bolas paradas. E foi de pênalti que Rogério virou o placar aos 39 minutos, salvando-se das cobranças que certamente lhe fariam se o São Paulo não tivesse vencido. Foi seu 128º gol com a camisa tricolor, número igual ao de outro ídolo histórico, o meia Raí.

Na saída de campo, câmeras e microfones eram todos dele. E Rogério admitiu que pode estender o contrato até o fim do ano, adiando mais uma vez a data de aposentadoria, mas fez uma ressalva:

 – Eu quero ficar pelas minhas qualidades em campo. Não quero ficar por marketing. Quero ajudar o São Paulo Futebol Clube, entidade, mas o principal é que o treinador queira que eu fique dentro de campo.

De um camarote no Morumbi, o colombiano Juan Carlos Osorio acompanhou o jogo em que o São Paulo voltou ao G-4 em companhia do Atlético Mineiro, que goleou o Avaí por 4 a 1, e certamente viu que Rogério é um mito tricolor acima dos próprios erros.

Dificilmente Osório não desejará que ele fique em campo por mais um tempo. Afinal, o São Paulo começa a mostrar que é um dos candidatos ao título brasileiro, embora não pratique o futebol envolvente que vem jogando o Atlético Mineiro.

Estrelas brilham no Morumbi e no Maracanã

Fred 1Na noite das estrelas tricolores, Fred fez os dois gols do Flu – Imagem: Beneclick

No Morumbi, o São Paulo fez 3 a 0 no Red Bull, gols de Rogério Ceni, Pato e Ganso.

O São Paulo já faz companhia ao Corinthians nas semifinais do Paulistão.

No Maracanã, embora tenha jogado melhor e procurado mais a vitória, o Botafogo perdeu por 2 a 1 para o Fluminense, gols de Fred, o 300º e o 301º na carreira de goleador, 150 deles com a camisa tricolor.

Para chegar à final do Campeonato Carioca, o Botafogo precisa vencer o Flu no segundo jogo das semifinais por um golzinho de diferença. O Flu joga pelo empate.

Lá e cá, a noite teve a assinatura das estrelas em todos os gols tricolores.

Chegou o dia da verdade

Ganso e Rogério CeniGanso e Rogério: pela sobrevivência na LibertadoresFoto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Este 1º de abril de 2015 pode ficar para sempre marcado na história do São Paulo.

Ao que parece, bem menos modificado do que sugeriam tantos analistas nos últimos dias, o time comandado por Muricy Ramalho e liderado em campo pelo eterno Rogério Ceni enfrenta o San Lorenzo em Buenos Aires num jogo absolutamente decisivo para as suas pretensões na Libertadores. A transmissão para o Brasil, a partir das 19h45, será da FOX Sports.

Se perder para o atual campeão, o São Paulo terá muitas dificuldades para se classficar.

Se vencer, terá praticamente garantida a classificação para as oitavas de final.

Se empatar, continuará  dependerá apenas dos seus resultados nas próximas duas rodadas da fase de grupo para continuar vivo na Libertadores.

Este 1º de abril de 2015 também pode ficar para sempre marcado na história Paulo Henrique Ganso.

Chegou o dia verdade para o meia que tem jeito de craque, carrega a bola como craque, passa como craque, dribla como craque, mas não tem exibido em campo a confiança que sobra a Rogério Ceni e é a marca definidora do craque.

Agora, é pensar na Libertadores

a a ha ha A provocação dos torcedores são-paulinos nas redes sociais não resistiu a três minutos de jogo no Allianz Parque. O #Mito falhou em dose dupla: apertado pela marcação ao tentar sair da área com a bola dominada, Rogério Ceni acabou dando a bola na medida para Robinho e voltou devagar demais para tentar a defesa no chute por cobertura do palmeirense. A bola quase raspou no travessão para cair dentro do gol.

Estava desenhado o que seriam os 87 minutos restantes. O Palmeiras se sentiu aliviado, esqueceu o tabu de mais de um ano sem vencer um grande rival paulista e continuou dominando o meio de campo e o jogo desta quarta-feira. Era nitidamente superior com 11 contra 11 em campo. Aos sete minutos, as coisas ficaram ainda mais fáceis: Rafael Toloi chutou Dudu em lance longe da bola e foi expulso.

Daí em diante, o jogo virou um baile verde, mais ao estilo Iron Maiden do que Beatles, como é do gosto de Oswaldo de Oliveira. Muricy Ramalho teve de tirar Pato para cobrir com Edson Silva o rombo na zaga tricolor e o que era fácil ficou facílimo para os palmeirenses. Rafael Marques fez 2 a 0 pouco depois e 3 a 0 no comecinho do segundo tempo.

A uns 15 minutos do fim, o São Paulo ficou com dez: Michel Bastos deu um carrinho violento em Arouca e também foi expulso.

O Palmeiras quebrou em grande estilo o incômodo tabu e, mesmo em fase de formação, já pode pensar no título paulista. O São Paulo viverá dias acalorados até a próxima quarta-feira, quando enfrentará o San Lorenzo em Buenos Aires precisando, no mínimo, de um empate para continuar na briga por uma vaga nas oitavas de final da Liberdadores. É o que importa de verdade.