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A novela continua: um homem cheio de dúvidas

Juan Carlos Osorio ainda não sabe se fica no São Paulo, se vai imediatamente para o México ou se espera o final do Brasileirão para assumir de vez o comando técnico da seleção mexicana.

Dá para entender por que é tão bipolar o comportamento do São Paulo em campo.

Diminuiu bastante no Morumbi o contingente dos que acreditam na permanência do treinador colombiano.

Osorio promete o próximo capítulo da novela para quarta-feira, quando os jogadores do São Paulo voltam às gravações, perdão, aos treinos.

Nem a Globo, nos tempos em que dava grande audiência, espichava tanto suas novelas.

O presidente acredita no técnico, mas o técnico…

Os sinais cada vez mais claros de que o técnico Juan Carlos Osorio prepara as malas para deixar o Morumbi e tocar vida nova no México são rebatidos pelo presidente Carlos Miguel Aidar com um argumento simples:

– Ele tem contrato conosco até 2016, é um homem de palavra e eu acredito na palavra dele.

Pelo que se tem ouvido em suas entrevistas recentes, parece que Osorio é que não acredita na palavra do presidente são-paulino.

Um colombiano dividido entre o São Paulo e o México

Juan Carlos Osorio: admiração e tolerância da torcida

Juan Carlos Osorio: admiração e tolerância da torcida

Já há são-paulino lamentando que Juan Carlos Osorio, na entrevista coletiva após a vitória sobre o Vasco pela Copa do Brasil, tenha confessado que pode aceitar o convite para comandar a seleção mexicana:

– Uma possibilidade de Copa do Mundo é algo diferente. Tenho objetivos como qualquer um. Meu coração e minha mente estão aqui, mas não posso falar o que vai acontecer amanhã.

Simpático, embora franco, carismático a seu modo, o treinador colombiano tem angariado fãs na torcida tricolor e na mídia brasileira em proporção que não se casa com o desempenho do time sob seu comando no Campeonato Brasileiro.

Em 22 jogos, o São Paulo de Osorio conquistou 32 pontos – 48,5% dos 66 disputados. Este percentual o colocaria atrás do Santos, que hoje é o oitavo colocado no Brasileirão com um rendimento de 49,4%.

Quando Osorio assumiu o comando técnico, na sexta rodada, o São Paulo já tinha vencido o Flamengo, o Joinville e o Santos, empatado com o Internacional e perdido para a Ponte Preta. Somava dez pontos – 66,6% dos 15 disputados. Tal aproveitamento lhe valeria hoje a vice-liderança do Brasileirão.

Em sua coluna na Folha desta quarta-feira (para assinantes do jornal ou do UOL), depois de analisar o trabalho de Osorio com a serena lucidez de sempre, o craque Tostão registra: “Há também uma excessiva tolerância com o técnico colombiano, por ser estrangeiro, como se todos fossem mais bem preparados e mais modernos, e também porque estamos carentes de um treinador diferente”.

A simpatia e a franqueza de Juan Carlos Osorio explicam a admiração mais ou menos generalizada por um trabalho de resultado apenas mediano. Se ganhar a Copa do Brasil, o colombiano será idolatrado no Morumbi. Se não conquistar o caneco, não haverá carente que o segure no emprego.

– Todos aqui sabem da realidade do futebol brasileiro: três ou quatro maus resultados, e eu seguramente não estarei aqui.

Osorio já sabe como a bola rola pelos campos de cá. Talvez seja diferente no México.

Osorio chama o time à responsabilidade

Juan Carlos Osorio: desafio aos atletas

Juan Carlos Osorio: desafio aos atletas

Juan Carlos Osorio parece decidido a repassar ao time as cobranças que lhe são feitas desde que assumiu o comando técnico do São Paulo.

Depois de atribuir o futebol ruim na derrota por 3 a 0 para o Santos à “ausência de jogadores de qualidade”, o treinador disse hoje, no CT do clube, o que espera desta temporada quando puder contar com Carlinhos, Breno, Lucão, Rodrigo Caio e Luís Fabiano:

– Podemos competir na Copa do Brasil e pela quarta vaga no Campeonato Brasileiro.

Em seguida, tratou de ressalvar:

– Honestamente, acho que depende de como os atletas vão assumir esse desafio.

E passou a bola:

– Sempre assumo a responsabilidade da escalação, mas creio que há o momento em que os jogadores têm de assumir a responsabilidade do campo.

A Copa é do Sul e do Sudeste

O mapa encolheu.

Dos 27 estados e mais o Distrito Federal que entraram na Copa do Brasil, vão continuar quatro estados do Sul e do Sudeste:

Rio Grande do Sul, com Internacional, que venceu Ituano há pouco por 2 a 1, e Grêmio, que acaba de vencer o Coritiba por 3 a 1

Santa Catarina, com Figueirense

São Paulo, com Santos, Palmeiras e São Paulo

Rio, com Vasco e Fluminense.

Na segunda-feira, 31 de agosto, a CBF sorteará os cruzamentos das quartas de final.

A sorte pode, então, determinar o andamento da competição, pelo menos em parte.

Antes que as bolinhas do sorteio indiquem os próximos confrontos, estão na briga pelo título, em ordem decrescente de favoritismo, o Grêmio, o Santos, o Palmeiras, o Fluminense, o São Paulo e o Internacional.

Vasco e Figueirense já chegaram longe demais, a menos que sejam sorteados para se enfrentarem por uma vaga nas semifinais.

Um torce aqui, outro reza acolá

Ataíde Gil Guerreiro, vice-presidente de futebol do São Paulo, confessou há pouco, em entrevista coletiva no CT da Barra Funda, que está “torcendo muito para que não venha uma proposta pelo Pato” até o dia 31, quando se fecha o mercado europeu de transferências.

Roberto Andrade, presidente do Corinthians, tem repetido, nos últimos tempos, que “reza dia e noite para receber uma proposta pelo Pato”.

E assim os dirigentes administram o futebol brasileiro: uns torcem, outros rezam.

São Paulo faz bem em tentar Valdivia?

Não será fácil para o São Paulo contratar Valdivia, negociação informada em primeira mão por Neto na edição de ontem do seu programa Os Donos da Bola, na Band.

Se o Al Wahda, dos Emirados Árabes, concordar em abrir mão do pré-contrado firmado com o jogador, será um bom negócio para o São Paulo?

Os números do site Futdados  respondem:

Desde que voltou ao Palmeiras em 2010, o meia chileno ficou de fora de 57,14% dos jogos da equipe.

O Palmeiras jogou 343 vezes de lá para cá. Nos 147 jogos de que participou, Valdivia marcou 17 gols e fez a assistência para outros 23.

Em 2015, dos 41 jogos do Palmeiras, ele atuou em dez, não fez nenhum gol, deu o passe para dois.

Do jeito que Atlético e Corinthians queriam

Depois de cumprir suas obrigações no meio de semana, adicionando três pontos à própria contabilidade na linha de frente do Brasileirão, o Atlético Mineiro e o Corinthians puderam curtir sem sobressaltos a folga de fim de semana.

Foram-lhes favoráveis todos os resultados dos adversários que vinham logo atrás na tabela. O único que não perdeu distância na soma de pontos e até chegou mais perto na ordem de classificação foi o Fluminense, que ontem venceu o Grêmio.

Além da equipe gaúcha, que continua com os mesmos 27 pontos com que entrou na 16ª rodada, se afastaram um pouco mais do líder e do vice-líder o Palmeiras, derrotado de manhã pelo Atlético Paranaense, e o Sport, que ficou no 0 a 0 com o Cruzeiro na partida encerrada há pouquinho na Arena Pernambuco.

O São Paulo já tinha sido empurrado para baixo pelo próprio líder no jogo da quarta-feira.

A lista de candidatos ao título vai perdendo as cores e se desenha cada vez mais em p&b.