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O juiz espanhol José de la Mata conseguiu o que os marcadores não conseguem: parar Neymar em campo.

Visivelmente desligado do jogo, como se ecoasse em sua cachola a decisão do magistrado de abrir um processo na Espanha para investigar os valores  de sua transferência do Santos para o Barcelona, Neymar teve uma atuação decepcionante no Estádio Monumental de Santiago.

Consequência: sem Neymar, o Brasil não jogou nada e, 24 anos após ter pedido pela última vez para a Colômbia, lá mesmo no Chile, igualmente em jogo da Copa América, voltou a ser derrotado, agora por 1 a 0, gol do zagueiro Murillo em jogada de bate-rebate dentro da área de Jefferson, bem característica das peladas.

A Colômbia, superior em boa parte do primeiro tempo, não exigiu do goleiro brasileiro nenhuma outra defesa durante todo o jogo. O Brasil só deu trabalho a Ospina numa bola que ele teve de dividir atabalhoadamente com Elias e sobrou para Firmino, com o gol escancarado, chutar para fora.

Muito pouco para dois times que desembarcaram no Chile como candidatos ao título.

O Brasil teve mais posse de bola e, portanto, mais terreno para exibir a própria incompetência e ficou em segundo lugar no Grupo C (com três pontos, saldo zero e dois gols marcados), à frente da Colômbia (que tem a mesma pontuação, saldo igualmente zerado e só fez até agora o gol desta noite) e atrás da Venezuela, que amanhã enfrentará o Peru, mas já tem pelo menos um golzinho de saldo.

O grupo se define no domingo com os confrontos Colômbia x Peru e Brasil x Venezuela.

Neymar estará fora de combate e não por responsabilidade do juiz José de la Mata, mas do árbitro chileno Enrique Osses, que lhe mostrou com algum rigor o segundo cartão amarelo da competição durante a partida e, com inteira justiça, o cartão vermelho ao final.

Neymar e Murillo: desentendimento durante o jogo

Neymar e Murillo: desentendimento durante o jogo

Depois de nada jogar e de já se ter desentendido com Murillo, Neymar queria mais briga e acabou encontrando no colombiano Bacca um contendor à altura. Enrique Osses puniu os dois.

Foi, então, que James Rodríguez finalmente apareceu no gramado do Estádio Monumental de Santiago. Elegantemente, tirou Neymar da confusão. Não era mesmo a noite dos craques.

Brasil x Colômbia ou Neymar x James Rodríguez?

Neymar e James Rodriguez: desforra em Santiago?

Neymar e James Rodriguez: em jogo, vaga nas quartas e sobrevivência na Copa

Ele vai fazer 24 anos oito dias depois da decisão da Copa América, competição que a sua Colômbia venceu uma única vez, em 2001, derrotando o México na final em Bogotá.

James David Rodríguez Rubio era uma criança de dez anos e batia sua bolinha no Envigado FC, cuja camisa viria a vestir em 2006 ao estrear como profissional na Segunda Divisão da Colômbia.

Cinco anos depois, já reconhecido como um dos maiores talentos do futebol colombiano, viu das arquibancadas – ou terá sido das tribunas? – o Brasil de Fernandinho, Casemiro, Willian e Philippe Coutinho, que podem ser seus adversários hoje em Santiago, ganhar o Mundial Sub-20 lá na Colômbia ao vencer Portugal por 3 a 2.

A Colômbia e seu camisa 10 tinham caído fora da disputa nas quartas de final ao perder para o México, que seria derrotado pelo Brasil nas semifinais.

No ano passado, o craque colombiano viveu em campo a tristeza de perder para o Brasil de David Luiz, Fernandinho e Neymar a classificação para as semifinais da Copa do Mundo. Até fez gol, em cobrança de pênalti, mas o Brasil venceu o jogo por 2 a 1, com gols dos zagueiros Thiago Silva e David Luiz.

Será o jogo desta noite, que pode classificar antecipadamente o Brasil para as quartas de final da Copa América e colocar em risco a sobrevivência da Colômbia na competição, uma oportunidade para o artilheiro da Copa do Mundo de 2014 acertar as contas com o Brasil de Neymar, meio ano mais novo do que ele?

É o que o colombiano mais quer, mesmo consciente das dificuldades:

– Não vai ser fácil. Neymar está em um nível incrível. Para ganhar do Brasil, precisamos estar atentos a tudo e atuar em nosso nível máximo.

A última vez que a seleção colombiana derrotou a brasileira foi numa Copa América disputada no Chile, a de 1991, no dia seguinte ao nascimento de James Rodríguez.

Em Viña del Mar, a Colômbia de Higuita, Valderrama e Rincón venceu por 2 a 0, gols de De Ávila e Iguarán, o Brasil que estava sendo remontado por Paulo Roberto Falcão e tinha Taffarel, Mazinho, Ricardo Rocha, Branco, Mauro Silva e Raí, todos tetracampeões do mundo em 1994.

E para ganhar nvamente da Colômbia, Neymar?

James é um grande jogador, inteligente, vamos tomar todas as precauções com ele para vencer.

Seleção faz sucesso na telinha da Globo

Informação do jornalista Flávio Ricco em sua coluna  sobre televisão no UOL:

A Globo teve 45% de participação em São Paulo e 50% no Rio com a transmissão de Brasil x Peru. E mais: 50% de crescimento no histórico do horário.

Em outra nota da coluna, com o título Tudo mudado:

Por causa de Brasil x Colômbia, a programação da Globo estará bem modificado na faixa noturna. O “Jornal Nacional” vai das 20h00 às 20h25, e “Babilônia”, das 20h25 às 20h50.

Aguero é o protagonista de Argentina 1 x 0 Uruguai

No gol de Aguero, sete uruguaios de olho em três argenitnos

No gol de Aguero, oito uruguaios de olho em três argenitnos

Valeu pela meia hora final.

Depois que Aguero, o destaque da partida, fez 1 a 0 para a Argentina aos 11 minutos do segundo tempo, o Uruguai descobriu que também precisava jogar, e o que até então era um exercício solo dos argentinos passou a ser um confronto entre as duas tradicionais escolas do futebol sul-americano.

Ficou claro desde o início que era pura balela de Óscar Tabárez aquele papo de que o Uruguai não ia se prender à defesa. O gol de Aguero, que se antecipou à marcação e cabeceou para as redes a bola cruzada por Zabaleta, é um bom retrato do que foi a partida até ali: além do ótimo goleiro Muslera, sete uruguaios guardavam a área contra apenas três argentinos.

Os argentino tinham, então, 70% da posse de bola. Parecia jogo de time grande contra pequeno.

Depois do 1 a 0, o Uruguai foi à luta e teve de jogar de igual para igual, pois o time não tem velocidade suficiente para optar pelos contra-ataques, a arma predileta dos times que enfrentam a Argentina. E, atacando, os uruguaios criaram boas chances de gol e poderiam ter saído com um empate.

Foi justa, no entanto, a vitória argentina na noite de Aguero como protagonista e Lionel Messi como coadjuvante.

Agora, empatada em primeiro lugar no Grupo B da Copa América com o Paraguai, a Argentina vai descontar na Jamaica as dificuldades que sofreu os dois primeiros jogos, deixando para uruguaios e paraguaios decidirem entre si quem fechará a primeira fase em segundo lugar.

Goleiro da Jamaica decide o jogo

Duwayne Kerr: erro bobo

Duwayne Kerr: erro bobo derrota Jamaica

Essa história de goleiro sair da grande área jogando é para quem sabe. Não é o barato do jamaicano Duwayne Kerr, como se viu aos 35 minutos do primeiro tempo de Paraguai 1 x 0 Jamaica.

O camisa 1 jamaicano saiu para cortar de cabeça um lançamento longo de Victor Cáceres que fatalmente lhe chegaria às mãos dentro da área. Ao cabecear para a frente, acertou a bola no joelho do paraguaio Benítez que vinha em disparada para lhe dar combate. Resultado: a bola voltou pelo alto e caiu no gol.

Estava definido o placar do jogo.

Pelo menos ate que se encerre Argentina x Uruguai, daqui a pouco, o Paraguai lidera o Grupo B da Copa América, com quatro pontos.  A Jamaica permanece a zero.

Argentina x Uruguai: os professores escondem o jogo

Martino x Tabarez: jogo de disfarces

Martino x Tabárez: jogo de disfarces antes da partida decisiva em La Serena

Se a História ganhasse jogo, o Uruguai já teria uma noite de tranquilidade assegurada em La Serena.

Campeã em 15 das 43 edições da Copa América, líder do Grupo B nesta 44ª edição após vencer a Jamaica por 1 a 0, a Celeste vai encarar a Argentina, que ganhou o título 14 vezes e agora, após o 2 a 2 na estreia, está empatada com o Paraguai na vice-liderança do grupo.

Como nem sempre a qualidade do futebol se reflete no placar, é bom lembrar que a Argentina jogou bem melhor do que o Uruguai na primeira rodada. O empate com os paraguaios deveu-se mais a um certo fastio de suas estrelas após as facilidades encontradas na primeira metade do jogo e aos renitentes problemas de sua defesa do que à falta de organização e criatividade nas manobras de ataque. Os uruguaios, ao contrário, ficaram em dívida com o futebol no 1 a 0 sobre os jamaicanos.

Óscar Tabárez jura que não, mas dificilmente o Uruguai abdicará de jogar fechadinho hoje à noite, defendendo o 0 a 0 que o deixará em ótimas condições para seguir em frente na Copa América, principalmente se na partida anterior o Paraguai não conseguir vencer a Jamaica.

Da Argentina, espera-se volúpia igual à mostrada no primeiro tempo contra o Paraguai, com mais cuidados defensivos, é claro. Se Tabárez diz que não buscará o empate e “se isso acontecer, será por conta do desenrolar do jogo”, Gerardo Martino faz, curiosamente, discurso quase inverso:

– Não vivemos esse jogo contra o Uruguai como se estivéssemos jogando as quartas de final ou a semifinal. As partidas decisivas começam mais para frente.

Os professores estão escondendo o jogo. Espera-se que os jogadores mostrem tudo em campo.

Não está tão fácil quanto o Chile imaginava

Valdivia: gol anulado erradamente

Valdivia: gol anulado erradamente

A tabela não poderia ser mais camarada com os anfitriões: estreia contra o fraquinho Equador, segundo jogo contra o mediano México e decisão do grupo contra a Bolívia de sempre. Dando tudo certo, ou Brasil ou Argentina cairia no meio do caminho e assim estaria escancarado o caminho do Chile até a final.

O problema é que as coisas começaram a embolar já na segunda rodada do Grupo A desta Copa América, com a vitória da Bolívia sobre o Equador por 3 a 2 e, surpresa das surpresas, o 3 a 3 entre Chile e o México meio reserva no jogo de fundo da noite.

Assim, Chile e Bolívia chegarão à última rodada da fase de grupos empatados em pontos, ambos com quatro, e postos em ordem de classificação pelo saldo de gols. O México, com dois pontos, também continua na briga, até porque dois dos terceiros colocados em cada grupo chegarão às quartas de final. O Equador, zerado,  é o único do quarteto que já pode ir tratando de arrumar as malas da viagem de volta para casa.

É verdade que o árbitro peruano Víctor Carrillo do 3 a 3 em Santiago tirou parte da vantagem que a tabela da Copa América tinha generosamente oferecido aos anfitriões, anulando um gol de Valdivia e outro de Aléxis Sanchez, que lhes dariam justa vitória sobre os mexicanos.

É igualmente verdade que o time comandado pelo argentino Jorge Sampaoli adota um modelo quase suicida de jogo, quase sempre com muitos jogadores à frente da linha da bola, o que se configura em irrecusável convite ao contra-ataque dos adversários.

E o México soube aproveitar o terreno despovoado entre a vanguarda e a retaguarda chilena para ameaçar muitas vezes o gol de Bravo. O futebol moderno, mesmo o praticado pelos times muito ofensivos, pede compactação. O Chile, ao contrário, espalha seus jogadores entre as duas áreas.

Os argentinos saem perdendo de goleada

Encerrada a primeira rodada da fase de grupos, os resultados não são nada favoráveis aos treinadores argentinos que comandam seis das 12 seleções nesta Copa América.

Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru têm, somados, cinco pontos.

Bolívia, Brasil, Jamaica, México, Uruguai e Venezuela têm, no total, 11 pontos.

Com exceção da Jamaica, comandada pelo alemão Winfried Schäfer, o grupo que está goleando por 11 a 5 emprega treinadores nacionais.

O Brasil tem Neymar

Neymar 164 xNeymar criou chances, acertou o travessão, marcou  um gol e fez a assistência para outro

Ele tem crédito acumulado em amistosos e em variadas edições do quase amistoso Superclássico das Américas, mas fez bobagem com o pé esquerdo ao estrear numa competição com a camisa 1 da Seleção.

O goleiraço Jefferson falhou clamorosamente logo aos 2 minutos de Brasil x Peru ao presentear  Cueva com a bola que, mal agradecido, o meia devolveu para o gol.

Não é fácil levar um gol logo de cara no primeiro jogo de uma Copa América, mas o Brasil tem Neymar.

Nem deu tempo para sofrer com o susto inicial. Dois minutos depois, como se estivessem no Barça, Daniel Alves cruzou com absoluta precisão uma bola no meio da área para Neymar, de cabeça, decretar o 1 a 1.

O Brasil passou a comandar o jogo, fez um primeiro tempo vibrante, mas voltou meio acomodado no segundo como se fosse senhor do tempo e pudesse resolver a parada quando e como quisesse.

Aos 22, Dunga tirou Tardelli, inofensivo, para a entrada de Douglas Costa. Aos 29, trocou Fred por Firmino.

A Seleção se reanimou um pouco, mas só conseguiu os 2 a 1 aos 46 minutos, com Douglas Costa mandando para as redes de Gallese mais uma boa bola rolada por Neymar.

Para sorte de Jefferson, o Brasil tem Neymar.

Neymar costurou, arrematou, criou inúmeras chances de gol para os companheiros, acertou o travessão num chute de fora da área, fez um gol e uma assistência. O 2 a 1 foi Neymar.

E, por isso, o Brasil já lidera o Grupo C da Copa América.