Se a História ganhasse jogo, o Uruguai já teria uma noite de tranquilidade assegurada em La Serena.
Campeã em 15 das 43 edições da Copa América, líder do Grupo B nesta 44ª edição após vencer a Jamaica por 1 a 0, a Celeste vai encarar a Argentina, que ganhou o título 14 vezes e agora, após o 2 a 2 na estreia, está empatada com o Paraguai na vice-liderança do grupo.
Como nem sempre a qualidade do futebol se reflete no placar, é bom lembrar que a Argentina jogou bem melhor do que o Uruguai na primeira rodada. O empate com os paraguaios deveu-se mais a um certo fastio de suas estrelas após as facilidades encontradas na primeira metade do jogo e aos renitentes problemas de sua defesa do que à falta de organização e criatividade nas manobras de ataque. Os uruguaios, ao contrário, ficaram em dívida com o futebol no 1 a 0 sobre os jamaicanos.
Óscar Tabárez jura que não, mas dificilmente o Uruguai abdicará de jogar fechadinho hoje à noite, defendendo o 0 a 0 que o deixará em ótimas condições para seguir em frente na Copa América, principalmente se na partida anterior o Paraguai não conseguir vencer a Jamaica.
Da Argentina, espera-se volúpia igual à mostrada no primeiro tempo contra o Paraguai, com mais cuidados defensivos, é claro. Se Tabárez diz que não buscará o empate e “se isso acontecer, será por conta do desenrolar do jogo”, Gerardo Martino faz, curiosamente, discurso quase inverso:
– Não vivemos esse jogo contra o Uruguai como se estivéssemos jogando as quartas de final ou a semifinal. As partidas decisivas começam mais para frente.
Os professores estão escondendo o jogo. Espera-se que os jogadores mostrem tudo em campo.